Delírios Utópicos.

Mais que necessário para enfrentar um momento tão ruim como esse que estamos vivendo no Brasil e no mundo do que delirar. Avançar no pensar grande que tanto tenho me referido ao falar de educação, cultura, ciência e tecnologia. Temos pensado pequeno, muito pequeno. Pensado dentro do quadrado, sem criatividade e sem conseguir olhar um palmo além do nosso próprio nariz (ou quem sabe umbigo?).

Não proponho um modelos, mas pistas, possibilidades, potencialidades. Uma dessas, sem dúvida, é Delírios Utópicos de Cláudio Prado. Produzido com esmero pela turma da Mídia Ninja, os vídeos-depoimentos-reportagem-opiniões de Cláudio transitam pela políticas, pelos complotamentos, pela história, pelas drogas, alucinações, costumes, emfim, são cultura política no melhor estilo. Ou melhor, culturas, com esse plural pleno.

O lema de Cláudio Prado é “O sonho não acabou porra nenhuma! Pela liberação das energias utópicas” e, nesse momento histórico, sem dúvida, é algo que precisa ser levado muito a sério e com muito bom humor.

Precisamos refazer nossas práticas, sejam elas as políticas, sejam as da educação, da cultura, enfim, um repensar mais profundo para um radical transformação do planeta que está sendo violentamente atacado, tanto pelas intolerâncias, como por ausência de projetos, d enovo no plural, para a política, cultura, educação, ambiente e tudo mais.

Com Cládio tenho uma história curiosa. Em 2003, estando escalado para participar da II Oficina de Inclusão Digital (OID), atividade organizada pela intensa militância dos ativistas ligados aos movimentos sociais e que contava, na época, com o fundamental apoio do governo Lula que se instalava. Na Cultura, estava Gilberto Gil, Juca Ferreira e toda aquela jovem turma. Um pouquinho antes da finalização da programação da OID, me contaram depois, apareceu um cara se escalando para estar na programação, como assessor de Gil. O cara era Cláudio Prado que depois me contou: “porra, como não ter o MinC nessa porra?!” Pois o resultado é que, no painel final, escalaram Cláudio Prado e eu, imagino que por acharem – e eu concordo! – que tínhamos muito a ver.

No palco, soltamos a franga! Foi mais que divertido.

Cláudio bradava: “Sem Tesão não há Inclusão” e eu, dizia e digo: “a inclusão digital pode acontecer em um ciberparque localizado no meio do muro que liga a escola à rua, constituindo um túnel de passagem, o espaço-tempo da produção cultural, onde poderiam se articular comunicação, educação, saúde, ciência, cidadania, tecnologia, etc. Não como algo à parte, mas integrando a formação do cidadão para a construção de uma nação à prova de futuro”. (Essas frases me foram lembradas por essa matéria de José Murilo no seu post Ecologia Digital (veja aqui).

Bom, como recuerdo daquele encontro que já nos levou a muitos outros encontros, registramos o nosso delírio na em foto, no hall do hotel.

Nelson Pretto e Cláudio Prado
Nelson Pretto e Cláudio Prado

Boas lembranças! Não deixe de acompanhar os Delírios Utópicos de Cláudio Prado. Clique aqui, divirta-se e pense um pouco mais sobre tudo isso!

claudio

 

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