Pois semana fiquei na frente da televisão vendo um programa que mais lembrava os antigos programas de auditório de Silvio Santos ou, vamos logo um pouquinho mais longe, e resgatamos o nosso querido Chacrinha (Oh! Teresinha! Oh! Teresinha, é um sucesso a Discoteca do Chacrinha! Fon, Fon!). Claro, os daqui, sem o charme do nosso velho guerreiro.
no Yahoo Brasil no mês de abril, seguido da febre suína.
No programa de ontem, outra eliminatória, ela ganhou um concorrente de peso. Na verdade, mais de um: são os caras do Flawless que são brilhantes ou melhor impecáveis (significado da palavra) e que passaram para a final que acontecerá no sábado. Já vi que vou ter que ficar na frente da TV.
Por falar no próximo sábado, outro evento, dessa vez em Salvador, vai ser bem legal. è que vão ser lançados lançados dois livros de Massimo Canevacci: "Comunicação Visual" e "Fetichismos Visuais". Veja o convite
São livros que tratam das questões da imagem da comunicação, questões essas que estão presentes no mundo contemporâneo de forma muito intensa. Nos livros Canevacci analisa a o cinema, publicidade, arte,
quadrinhos, esporte, videomusic e tudo mais. E, acrescento eu, importante no mundo de hoje pensar sobre os outodoors, os letreiros luminosos das lojas em quase todas as cidades do mundo e os grafites.
Estive recentemente em Budapest e fiquei impressionado mais uma vez coma quantidade de luminosos nas fachadas das lojas nas ruas principais daquela bela cidade. Eles agridem. Agridem pesado o visual daquela cidade magnifica à beira do Danúbio.
Em Budapest, em Braga, no Porto em Lisboa, cidades por onde passei recentemente, é sempre a mesma coisa.
Que coisa incrível essa poluição visual que se abate sobre o planeta.
São Paulo foi uma corajosa metrópole! Sampa, aquela da esquina da Av. Ipiranga com a São João que, como deliciosa música de Paulo Vanzoline e que Caetano canta de forma belíssima, traz os encantos da cidade e daquele especial pedaço.
Lembro do antigo Bar Brahma – nem sei mais se ele existe! – com seu interior em veludo vermelho, nas cadeiras e no piso, com músicos velhinhos tocando clássicos tradicionais e um pouco de tango, e o chope gelado!
Do lado de fora, o prédio antigo, apagado pelo anuncio luminoso… Hoje, com a nova lei, tudo isso tem que ser muito discreto, valorizando a paisagem…Parabéns Sampa pela iniciativa.
Em Portugal a coisa está estranha mesmo porque, além dos luminosos que por lá também estão, tem os grafites. Uma inundação de grafiteiros que extrapolam o conceito de grafitar e vira vandalismo mesmo. Todos os muros, monumentos, igrejas, museus, portas… "Sujam" a cidade de forma um tanto quanto exagerada. Questão deliciada porque também não queremos os grafiteiros organizados " de fora" como vem acontecendo em Salvador, onde a Prefeitura resolveu contratar grafiteiros para embelezar a cidade…
Muito estranho. O grafite é uma obra espontânea, é uma intervenção urbana e visual que deve ser estimulada e considerada mas, pichar portas de igrejas, palácios, placas de transito, me parece um pouco demais. Enfim, essa não é uma discussão fácil.
Mas Lisboa e Portugal como um todo não é só isso. Lisboa está fervilhando. Em toda a cidade tem coisa acontecendo, como aliás, em todo o país. O Porto com a Casa da Música, a Fundação Serralves, que nesse final de semana organiza o evento Serralves em Festa, comemorando os 20 anos da Fundação e 10 anos do museus, com 48 horas Non-Stop de atividades… Pauleira pura!
Isso me fez lembrar o velho ICBA na Bahia e daí vem minha também lembrança ao seu ex-diretor, no período 1970-1990, Roland Schaffner, que foi homenageado semana passada (20.05.2009) pelo Conselho de Cultura do Estado da Bahia, por proposição do confrade Antonio Godi. Schafnner teve um corajosa atuação, como diretor do Instituto Cultural Brasil-Alemanha (ICBA) e pode ser considerado um dos incentivadores e defensores da livre expressão artística na Bahia. Lembro que era um período difícil da ditadura militar no Brasil e que o IBCBA era o nosos único espaço. Lá íamos tomar nossas cervejas, pensar sobre o futuro e, claro, ver filmes filmes em alemão, sem legendas.É incrível, pois, claro, não eram todos que compreendiam a língua de Goethe mas, no final, quase todos saiam comentado sobre a "riqueza dos diálogos"… eh eh eh eh, era um tempo triste, duro mas, nos divertimos muito… O ICBA – com Schaffner – ajudou muito esse lado mais alegre e nos dava, jovens de 15 a 30 anos, um pouco mais de esperança.