BIOGRAFIA – ROBERT LEPAGE

ROBERT LEPAGE – BIOGRAFIA Nascido em 1957 no Quebéc, a maior províncias do Canadá, Lepage desde muito jovem percebeu seu interesse por todas as formas de arte, dedicando-se ao teatro. Aos 17 anos, em 1975, entra no Conservatório de Artes Dramáticas do Quebéc. Em 1978 fez um estágio em Paris, quando voltou participou em várias criações onde acumulou os papeis de autor, comediante e encenador. Em 1980, entrou no grupo de teatro do Teatro Repère. Ao longo de sua vida concebeu muitas obras dramaturgicas seguidas de muitas premiações. Com o espetáculo La Triologie dês Dragons passa a ser reconhecido internacionalmente. Em 1988, funda sua própria sociedade de gestão social Robert Lepage, inc (RLI). Entre 1989 a 1993, ocupa o lugar de diretor artístico do Teatro Francês do Centro Nacional de Artes de Ottawa. Paralelamente a essa ocupação segue seu percurso artístico apresentando várias peças dentre as quais A Midsummer Night’s Dream, 1992, lhe permite ser o primeiro norte-americano a dirigir uma obra de Shakespeare no Royal National Theatre de Londres. A fundação de uma companhia multidisciplinar, Lê Project Ex Machina, a qual assume a direção artística, marca uma etapa importante em sua carreira, em 1994.  
Em 1995, seu primeiro longa metragem é apresentado na Quinzena de Realizadores do Festival de Cannes. Recebe a medalha dos Oficiais da Ordem Nacional do Quebéc, em 1999, uma de suas coroações mais prestigiadas. Em 2000, seu primeiro longa em versão original inglesa a Possible Words.  Em 2002, faz uma nova equipe com Peter Gabriel (músico do Reino Unido, nasceu em Chobham, 1950, famoso por ser o vocalista, flautista e líder da banda de rock progressivo Gênesis) levando a cena o espetáculo Growing Up Live. Ainda neste ano a França lhe concede a Legião de Honra, é nomeado “Grand Québécois” pela Câmara de Comércio da aglomeração do Quebéc e fica candidato ao “Herbert Whittaker Drama Bench Award” por sua contribuição excepcional ao Teatro Canadense. Em 2003, o governo de Quebéc concedeu-lhe o premio Denise-Pelletier pelo domínio das artes de palco. Assina a concepção e a encenação do espetáculo para o Cirque du Soleil em Las Vegas no ano de 2005. Em 2007, recebe outro premio pelo Festival da União dos Teatros da Europa. 
“Robert Lepage torna-se um homem de Teatro polivalente, exerce com igual mestria as profissões de encenador, cenógrafo, dramaturgo, ator e realizador. Reconhecido pela crítica internacional, cria e leva à cena obras originais que agitam os códigos da realização cênica clássica, nomeadamente pela utilização de novas tecnologias. Ele procura a sua inspiração na história contemporânea, e a sua obra, moderna e insólita, transcende fronteiras”.    
                                                  
TEXTO PESQUISADO NO: http://www.iti-worldwide.org/docs/public/08wtdmessage_portuguese.doc
TRADUÇÃO: Margarida Saraiva – Escola Superior de Teatro e Cinema, Portugal (ITI Cooperating Member)http://pt.wikipedia.org/wiki/Peter_Gabriel
http://www.robertlepage.com/      
POSTADO POR: Milianie Lage Matos – Laboratório de Criação II – Prof(a).: Ivani Santana

O Líquido que se move com Som

[Postado em 31/10/2008 por Carmi Silva]
Protrude Flow: líquido que se move com som


Assim como a tecnologia da AMOEBA, a instalação Protude Flow explora interação com líquido. Na Protrude Flow, o líquido é metal fluido e cria uma interatividade única: os sons que você produz moldam diferentes formas no mercúrio. Você tem o poder de modelar em tempo real um “objeto” fluido, dinâmico e orgânico através de voz e sons.


Ao mesmo tempo em que você “molda” o fluido com sons, ele é filmado e projetado em uma tela por trás da instalação, transformando sua imagem em uma abstração gráfica maior. Veja os movimentos no video abaixo:

ver link: http://www.youtube.com/watch?v=fAbycqD2UmQ

O sensor é um microfone discreto, que captura os sons do ambiente; um computador então converte a amplitude do som em voltagem eletromagnética, que determina a força do campo magnético, transformando a forma do fluido.

A instalação foi apresentada pela primeira vez na SIGGRAPH, em 2001, e era a instalação mais inovadora e impressionante da exposição. Desde então, vem sendo explorada e aperfeiçoada pelos seus criadores, Sachiko Kodama e Minako Takeno.

Daniel Rozin


DANIEL ROZIN
Arte interativa
Daniel Rozin é artista e educador, dedicado à arte digital. Ele se concentra na a imagem ao vivo do visitante, ou melhor, participante de suas instalações. Em algumas você se torna parte do conteúdo da instalação e em outras você é atraído a participar ativamente da criação da peça.

Suas instalações sempre envolvem a imagem do visitante gravada ao vivo e a manipulação ou releitura desta imagem no “espelho” digital ou mecânico à sua frente. Ele é Diretor de Pesquisa e professor do Interactive Telecommunications Program (ITP), da Universidade de Nova York, onde ele pesquisa software, mecânica e eletrônica, ensina, e orienta várias instalações de estudantes. Ele está explorando ao máximo a idéia da presença do visitante transformada em alguma outra coisa. Os pixels podem ser de madeira, de lixo, de lâmpadas, de discos. Ou podem ser de luz, na tela. Um de seus espelhos de “software” esteve na exposição Emoção Art.ficial 3.0, que aconteceu até o dia 24/9 no Itaú Cultural em São Paulo.
Em seu primeiro trabalho, Rozin construiu em 1999 o Wooden Mirror (Espelho de madeira) composto por: 
830 quadrados (peças de madeira), 830 servo motores, controle eletrônico, câmeras de vídeo, computadores, moldura de madeira.
Esta peça explora a linha entre o mundo mecânico e o digital, utilizando um material quente e natural, como madeira, para retratar a noção de resumo digital dos pixels.
Amazing Wooden Mirror
http://www.youtube.com/watch?v=HCSbk9JDwPY
[Postado em 31/10/2008 por Carmi Silva]

Quem é?


André Lemos
Este pesquisador é um dois principais estudiosos sobre a Cibercultura e sua relação com as sociedades contemporânea, no Brasil. Lemos é professor da Faculdade de Comunicação da UFBA, Doutor em Sociologia (Sorbonne). Diretor do Centro Internacional de Estudos Avançados e Pesquisa em Cibercultura, Ciberpesquisa, consultor da Fapesp, CNPq e CAPES.
Autor dos livros Cibercidade II (e-papers, RJ, 2005), “Cibercidades” (e-papers, RJ, 2004), “Olhares sobre a Cibercultura” (Sulina, 2003), “Cultura das Redes” (Edufba, 2002), “Cibercultura. Tecnologia e vida social na cultura contemporânea” (Sulina, 2002, 2004) e “Janelas do ciberespaço” (Sulina, 2000).
Atualmente desenvolve pesquisa sobre o tema “Cibercidades” com apoio do CNPq (pesquisador nível 1). É membro do júri internacional do prêmio Best of Blogs (BoB), da “Deutsche Welle”, Alemanha e do “International Advisory Board” do Prêmio “Ars Electronica”, para a área de “Digital Communities”, Áustria. Foi presidente da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação – COMPÓS – de 2003 a 2005.
Centro Internacional de Estudos e pesquisa em Cibercultura
http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/
[Postado em 31/10/2008 por Carmi Silva]

Videos com Interatividade

[Postado em 31/10/2008 por Carmi Silva]
Links para vídeos com Interatividade

Museu da Língua Portuguesa 
http://www.youtube.com/watch?v=0FidwVWpsSw 
Trend Hunter – Interactive Wall Projection
http://www.youtube.com/watch?v=ct80Lae7mYE&feature=related
Multi Touch Music Wall
http://www.youtube.com/watch?v=-qmmdGonQW4&feature=related
presence [a.k.a soft & silky]
http://www.youtube.com/watch?v=aPXVLy1wJiM&feature=related
Daniel Rozin — Circles Mirror Interactive Art
http://www.youtube.com/watch?v=lP5yeOMlsYQ&feature=related
Interactive projection at scopitone 07
http://www.youtube.com/watch?v=AHO5rdFopcE&feature=related
Interactive Installation Prototype
http://www.youtube.com/watch?v=dpnb4HV2g2A&feature=related
Thermoesthesia (interactive art)
http://www.youtube.com/watch?v=MPEVrYJUbLY&feature=related
ACCESS – an interactive art installation by Marie Sester
http://www.youtube.com/watch?v=678EaXPekFo&feature=related
Interactive media performance :
http://www.youtube.com/watch?v=Y3VmHoT_UDg&feature=related
playmodes : video dance interactive installation
http://www.youtube.com/watch?v=GsF6Q5tY4kw&feature=related

(Video)performance – Laura Pacheco

Não há como falarmos de videoperformance sem nos remeter a videoarte e a fervilhante produção artística dos anos 60. No começo deste período, a videoarte era fundamentalmente performance. Isso implica em estar à margem dos circuitos estabelecidos, dos cânones que imperavam e, inclusive, dos locais habituais de se fazer, ou “mostrar”, a arte. Uma busca por uma espécie de estética de integração das artes, a estética do anti-espetáculo, do não-show-bussiness vão se tornando cada vez mais evidentes. Era a  performance. A fita imagética como peça de criação, as novas maneiras de filmar, de ver, de pensar os enquadramentos, próprios da videoarte, surgiriam logo em seguida, ainda nos anos 60, porém na segunda metade.
Vale ressaltar que Dziga Vertov, cineasta do início do século XX, chegou a lançar os primeiros olhares mais ousados com o Cine-olho, em que propunha novas relações para a criação cinematográfica, às narrativas fílmicas, à apropriação de lugares não convencionais. “Se trata da primeira intenção no mundo de criar uma obra cinematográfica sem a participação de atores, decoradores, realizadores, sem utilizar estúdio decorados, figurinos. Todos os personagens continuam fazendo na vida o que fazem de ordinário”, dizia ele. Suas idéias dos cine-vagões de trem, os barcos-cine, o automóvel cinematográfico, lá pelas décadas de 1910, 1920, contribuíram bastante para a idéia de aproximação do que é cotidiano para a linguagem do vídeo e do cinema, lançando novos modos de se relacionar com a imagem capturada.
Mas ousadias deste tipo, implícitas nos modos de ver, sentir, perceber, registrar e produzir imagens, só repercutem em maior amplitude na década de 60, época em que videoarte e performance emergiam imbricados. Desse modo, os trabalhos de Nam June Paik – artista considerado pioneiro da videoarte – são reconhecidos também como trabalhos de performance – mesmo sendo vídeos que fazem um testemunho documental de uma performance. Não era pois uma peça de criação de montagem, e sim um trabalho em tempo real, processual, basicamente, antitelevisivo. Conhecido como músico performer, Paik trabalhou com figuras como Jonh Cage e Stockhausen, dois dos grandes impulsores do movimento moderno de música experimental. Formou parte do grupo FLUXUS, criou toda uma série de concertos-performances durante os primeiros anos 60, sempre muito tecnológicos. Paralalelamente, desenvolveu sua faceta de criador de imagens, baseadas quase exclusivamente no princípio da distorção de emissões televisivas por meios eletromagnéticos. Suas obras, extensas e complexas, abarca programas de TV, mas basicamente está integrada por instalações e performances, sobretudo performances vídeo-musicais, imagem e som, elementos audiovisuais.
Já na década de 70, o discurso (no)do corpo ganha maior visibilidade com o trabalho da artista sérvia Marina Abramovic. Ela desponta como uma das pioneiras na performance, fazendo do seu próprio corpo, seu tema e sua mídia. Explorando os limites físicos e mentais de seu ser, seja pela dor, pela exaustão, pelo risco e/ou pelo perigo, a artista faz do seu corpo o lugar de transformação emocional e espiritual. Lida com idéias como co-dependência e vulnerabilidade.  Suas obras exemplificam sua crença na idéia de superação física e emocional em “uma arte capaz de mudar a ideologia da sociedade”. Entre os anos de 1976 a 1989, realizou grande parte de seus trabalhos com o artista alemão Ulay (Uwe Laysiepen), seu companheiro artístico. Como membro vital de uma geração de artistas pioneiros de performance, que inclui Bruce Naumam, Vito Acconci, e Chris Burden, Abramovic criou algumas das mais históricas peças iniciais e é uma das poucas que ainda faz importantes trabalhos de longa duração. Para quem não sabe, Marina Abramovic vem ao Brasil este ano, para participar da Bienal de Arte Contemporânea de São Paulo – uma boa oportunidade para conhecer, de perto, o trabalho desta artista.
O Festival Internacional de Arte Eletrônica, Videobrasil, um dos maiores festivais de vídeo da América Latina, que acontece em São Paulo, realizou, em 2005, uma ampla retrospectiva sobre o trabalho de Abramovic, dedicando-se ao tema central da Performance, na edição daquele ano. Idealizado e coordenado por Solange Farkas – atual curadora do Museu de Arte Moderna da Bahia, o evento trouxe importante questões do vídeo e da performance para o público brasileiro. Outros nomes de referência na produção contemporânea na arte da performance tiveram visibilidade no festival como o centro nova-iorquino de mídia The Kitchen, do World Wide Video Festival holandês, a alemã-queniana Ingrid Mwangi, a indonésia Melati Suryodarmo e a norte-americana Coco Fusco, que comandou uma intervenção em frente ao Consulado Geral dos Estados Unidos. Performances de artistas brasileiros – muitas com utilização de recursos audiovisuais – como Eder Santos, Chelpa Ferro, feitoamãos/F.A.Q., Frente 3 de Fevereiro, Marco Paulo Rolla, Detanico Lain também foram realizadas durante o Videobrasil. O site do festival mantém-se constantemente atualizado e contém diversas informações interessantes para pesquisa em artes visuais e performance.
http://www.sescsp.org.br/sesc/videobrasil/site/home/home.asp
Vale a pena dar uma navegada também no site Ubuweb (www.ubu.com), uma espécie de cinemateca/videoteca e audioteca digital. No link film & video, há um amplo acervo de vídeos pioneiros na linguagem visual, com grandes nomes da performance como Marina Abramovic, Joseph Beays, Nam June Paik, John Cage, Merce Cunningham, entre vários outros.
** Alguns trabalhos de Marina Abramovic:
*Rhythm 10 – The Star, 1999 – Abramovic atua num filme onde se colocam questões da performance como a relação entre o corpo presente e o risco. http://www.youtube.com/watch?v=h9-HVwEbdCo
*O link abaixo (desculpem, não encontrei o nome deste trabalho) é parte de uma videoperformance de Abramovic, em que ela coloca sobre seu corpo um esqueleto humano. A própria imagem suscita questões dos estados corporais, a relação entre o corpo vivo e o corpo morto, a estrutura daqueles corpos, em uma imagem de duplicação enquanto corpos da mesma natureza, porém em diferentes estados e processos. http://www.youtube.com/watchv=pno1gCrbeVk&feature=related 
*Relation in timeNesta performance, uma câmera é a única audiência possível durante a maior parte da obra, até que a ela se abra para a vista do público. Abramovic e seu parceiro Ulay ficam sentados numa cadeira, por 16 horas, sem audiência, ligados apenas pelos cabelos de âmbos que ficam trançados um ao outro. A obra é aberta ao público 16 horas depois que se iniciou. Após esse tempo, a imagem que se configura ao público são de corpos em estados distintos se comparado ao início da performance. Questões como exaustão física, relações de co-dependência e a atuação do tempo na mudança desses estados corporais tornam-se evidentes.http://www.youtube.com/watchv=mUz5rnxQmfI&feature=related 
** Entrevista com Marina Abramovic (em inglês):
http://web.ukonline.co.uk/n.paradoxa/abramov.htm
* Trabalhos de Joseph Beays: http://www.ubu.com/film/beuys.html
* Trabalhos de Nam June Paik: http://www.ubu.com/film/paik.html
* Trabalhos de Cunningham: http://www.ubu.com/film/cunningham.html
Fontes:
– GLUSBERG, Jorge. A arte da performance. Ed. Perspectiva, 2005
– RUSINOL, Joaquim dols – La vídeo Performance
– Site Videobrasil – http://www.sescsp.org.br/sesc/videobrasil/site/home/home.asp

Gilbert & George

Polémicos Gilbert & George com retrospectiva na Tate

Paula Lobo

Chamam-lhes “instituição” britânica mas ainda não conquistaram a crítica. Provocadores por natureza, eles dizem que o público os adora e que continuam a ser outsiders. Desconcertantes, irónicos, explícitos, Gilbert & George têm agora honras de retrospectiva na Tate Modern, em Londres. Quase 40 anos depois de terem começado como dupla, na arte e na vida.Ocupando todo o quarto piso da galeria, esta é a maior exposição do género realizada pela Tate. Com curadoria de Jan Debbaut e Ben Borthwick, cerca de 200 obras de grandes dimensões ajudam, até 7 de Maio, a traçar o percurso de George Passmore (nascido em Plymouth, em 1942) e de Gilbert Proesch (nascido em Itália, em 1943), os artistas que em 2005 representaram a Grã–Bretanha na Bienal de Veneza. E que, três anos antes, fizeram no CCB uma retrospectiva com 77 trabalhos.Venerados como “consciência” da nação ou renegados como “blasfemos, pervertidos e pederastas”, como recordou Laura Cumming no The Guardian, o certo é que Gilbert & George constituem um valor seguro no mercado da arte: as suas obras começam nos 60 mil euros e podem atingir os 300 mil.
Apesar da aparência pacata – usam sempre fatos idênticos e parecem saídos de uma qualquer série televisiva inglesa (George é o mais alto e tem óculos) -, G&G não páram de provocar desde que, em 1969, se estrearam com The Singing Sculpture, a performance em que dançavam e cantavam Underneath the Arches (uma conhecida canção sobre o prazer de dormir ao relento).
“Arte para todos” tem sido o seu lema. Eles, que dizem que não trocam o mundo à porta de sua casa pelos quadros de Velázquez que a National Gallery mostrou, auto-intitulam-se “esculturas vivas”. De fato e gravata ou completamente nus a exibir os genitais, G&G são, há muito, as principais personagens dos seus painéis fotográficos, que têm sido comparados a vitrais medievais pela composição e uso da cor.
Crucifixos, tótemes, anúncios, posters, títulos de jornais, dejectos de pássaros, excrementos humanos, fluidos corporais ampliados ao microscópio, mapas ou graffiti são algumas das imagens combinadas em obras com títulos como Son of God, Shitty Naked Human World ou The Dirty Word Pictures.
George “The Cunt” e Gilbert “The Shit”, como se apresentaram em 1969, trabalham abertamente sobre temas como religião, homossexualidade, sida (série The New Horny Pictures), crime, segregação racial, terrorismo ou política.
Fascinados pela linguagem das ruas (é hábito fotografarem o movimento e as palavras de ordem escritas nas paredes perto de casa, no East End), o seu trabalho mais recente é Six Bomb Pictures, série inspirada nos bombardeamentos de Londres e dedicada às vítimas dos atentados de Julho de 2005. “Não fazemos arte para vender, mas para confrontar as pessoas”, disse Gilbert em entrevista ao The Guardian.

Foco Subjetivo / Foco Objetivo

[Postado em 24/10/2008 por Carmi Silva]
Foco Subjetivo
Auto… por Maria Helena Dias
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More Feet por Ana Carol Mendes
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Foco Objetivo
Exposição Durante a chuva de Barbara Piuma e Leandro Charles.     
                   IX Painel Performático da Ufba por Mariana David
 Merce Cunningham

Etimologia de interatividade

Definições de interatividade: Recorrendo-se à etimologia desta palavra, veremos que ela é formada através da composição do prefixo “inter-” à palavra “atividade”; um verbete ainda não dicionarizado. De qualquer forma, usaremos um correlato, Interação, para esta explanação.
Interagir – agir mutuamente, exercer interação.
Interação – palavra formada por derivação sufixal, através da adição do prefixo latino “inter-” à palavra ação. Inter + ação.
Novo Dicionário Aurélio: ação que se exerce mutuamente entre duas ou mais coisas ou pessoas; ação recíproca. Grande Dicionário Etimológico Prosódico da Língua Portuguesa: ação; influência recíproca entre dois elementos.
Dicionário Ilustrado de Língua Portuguesa: ação exercida reciprocamente entre dois objetos, pessoas etc.
Dicionário Enciclopédico Koogan Larousse: influência recíproca; fenômeno que permite a um certo número de indivíduos constituir-se em grupo e que consiste no fato de que o comportamento de cada indivíduo se torna estímulo para outro.
Inter – Segundo o Dicionário Etimológico Nova Fronteira da Língua Portuguesa, “inter-” é um prefixo derivado do Latim que significa entre; no meio de; usado normalmente na formação de verbos, substantivos e adjetivos e que, na Língua Portuguesa, mantém seu sentido inalterado.
Ação – Segundo o Dicionário Etimológico Nova Fronteira da Língua Portuguesa, ação deriva do Latim actio-onis, deduzido do particípio de atus, da primeira conjugação, e significa atuação; ato; efeito; obra.
John December, ao tratar do assunto nas apresentações contidas em seu site, define o termo “interativo” como:
In – ter – ac – tive – adj 1: mutually or reciprocally active; 2: of, relating to, or being a two-way electronic communication system (as a telephone, cable television or a computer) that involves a user’s orders (as for information or merchandise) or responses (as to a poll).
Note-se que a presença marcante do prefixo inter nas palavras em questão traz consigo o “por em comum”, o diálogo que é posto em jogo pelas palavras ação e atividade. Temos então uma “ação entre entes”; uma relação entre agentes; uma ação mútua.
Gianfranco Bettetini define a interatividade como “un diálogo hombre-máquina, que haga posible la producción de objetos textuales nuevos, no completamente previsibles a priori”. Completando o raciocínio, Alirndo Machado, lembra que há que se notar a bidirecionalidade deste processo, onde o fluxo se dá em duas direções. Um processo bidirecional de um media seria aquele onde “os pólos emissor e receptor são intercambiáveis e dialogam entre si durante a construção da mensagem”, o que não se tem podido observar na maioria de nossas relações com as novas tecnologias, ou com outros homens através destas.
INTERATIVIDADE E MIDIOLOGIA
Visto um histórico do meio, e o aparato tecnológico que envolve a construção de um Website, perguntamos: como se dá a atuação deste meio no cotidiano das pessoas, como ele realiza o papel de ambiente para a veiculação de mensagens? para então realizar-mos uma análise midiológica.
O Meio em Nossas Vidas Antes de iniciar uma discussão miológica sobre o produto em questão, seria interessante analisar como o meio que lhe serve de suporte atua em nossas vidas.
É inegável, que nossa vida social entrou na era do computador que, gradativamente, tornou-se mais do que uma mera ferramenta pessoal e profissional, caracteriando-se, hoje, como um ambiente com o qual nos relacionamos naturalmente. Ligados via modem a outros computadores o keyboard e o monitor de vídeo, as interfaces digitais, se tornaram uma arena para “personal networking” unindo pessoas que se relacionam por motivos dos mais diversos, que vão desde hobbies até interesses profissionais.
Nossas relações sociais no mundo contemporâneo não se resumem mais ao contato face a face. Elas estão agora inseridas em ambientes múltiplos, não se resumindo mais aos limites de tempo, espaço e corpo de outrora. Nasce um novo tipo de comunicação: a comunicação mediada por máquinas. Uma vez introduzido um objeto – o computador -, nossas relações passam a acontecer também em um ambiente denominado ciberespaço através de e-mails, chats, ciberconferências, cibercafés, etc. que, assim como o telefone, fax e outros meios anteriores, permitem e intermediam o contado entre dois ou mais seres humanos, possibilitando trocas simbólicas entre eles.
Entendendo o meio em questão como um ambiente para interações, falar sobre o a utilização midiológica do produto midiático analisado, seria falar da interatividade que ele possibilita. Desta forma, seria interessante fazer um link para a definição deste termo: Interatividade
Se analisarmos estes novos tipos de relações descritos no início deste texto, que chamaremos de social-interativo-digital homem-homem, veremos que esta se dá através várias outras. A primeira, a interação homem-técnica, é uma atividade presente em todas as etapas da civilização. Porém, esta interação nos dias de hoje não é uma recriação da interatividade manipulatória – como a que temos com os objetos, por exemplo – propriamente dita, mas a criação de processos baseados na gestão das informações; uma nova forma de interação com a técnica, de cunho “técnico-digital”, diferente da “interação analógica” que anteriormente caracterizou os media tradicionais. Assim, a interação homem-técnica se situa em dois níveis não excludentes: técnico-analógico e técnico eletrônico-digital.
A interatividade técnico-analógica, pode-se dizer, ocorre no nível manipulatório da relação homem-máquina, de estímulo-resposta. A famosa metáfora da porta serve muito bem para ilustrar esta relação. Exercemos uma certa ação sobre o objeto, e ele nos “responde” exercendo o seu “trabalho”.
Sendo assim, poder-se-ia alegar que a relação usuário-computador segue este modelo técnico-analógico. De fato, enquanto máquina, o computador, não é, pois, agente em qualquer processo. Logo, poderia haver uma verdadeira interação, nos moldes descritos no início deste texto, entre homem e computador?
A resposta é sim. Os softwares, a “alma” dos computadores, através de suas interfaces é que interagem com o usuário. Nesse sentido, a interatividade eletrônico-digital ocorre quando um programa de um equipamento é utilizado para modificar um comportamento. Entendida desta maneira, a interatividade digital atua como um diálogo entre homens e máquinas baseadas no princípio da micro-eletrônica, através de uma “zona de contato” chamada de interface gráfica, que caminha em direção à superação das diferenças físicas entre os agentes, uma vez que não é inscrita na forma física do objeto, mas nos suportes micro-eletrônicos que escapam à nossa escala de percepção espaço-temporal.
A evolução das interfaces gráficas, desta forma, caminha no sentido de permitir que elas atuem cada vez melhor como intermediadoras entre o usuário e a máquina, criando um contexto para a ação, ou interação, e atuando, consequentemente, como “mediadoras cognitivas”. E esta mediação é criada através de uma “manipulação direta” da informação. A interatividade digital, segundo Brenda Laurel se passaria num contexto de comunicação onde homem, máquinas e programas são agentes que assumem papéis numa “arena virtual”: a interface.
Fonte: Website Gabocorp – estética da comunicação FACOM/ UFBA.

Postado por Roseli Paraguassú – 24.10.08

Gianfranco Bettetini

Nasceu em Milão, em 16 de janeiro de 1933. Graduado em Engenharia Elétronica, Industrial Politécnico de Milão em 1956.
Presidência da Teoria e da técnica de massa de comunicação – 1976
Ensinou história e crítica do cinema de Milão e Gênova – 1965/1978
Professor de teoria e crítica das comunicações na faculdade de línguas e literatura da Universidade Católica de Milão.
Experiência em dirigir teatro
A investigação dele abrange diversos campos: indústria, cultura , novas tecnólogias.
Fonte: Media mente, biblioteca digital.

Postado por Roseli Paraguassú – 24.10.08

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