Archive for the 'Interatividade' Category

[Postado em 31/10/2008 por Carmi Silva]

Protrude Flow: líquido que se move com som


Assim como a tecnologia da AMOEBA, a instalação Protude Flow explora interação com líquido. Na Protrude Flow, o líquido é metal fluido e cria uma interatividade única: os sons que você produz moldam diferentes formas no mercúrio. Você tem o poder de modelar em tempo real um “objeto” fluido, dinâmico e orgânico através de voz e sons.



Ao mesmo tempo em que você “molda” o fluido com sons, ele é filmado e projetado em uma tela por trás da instalação, transformando sua imagem em uma abstração gráfica maior. Veja os movimentos no video abaixo:

ver link: http://www.youtube.com/watch?v=fAbycqD2UmQ

O sensor é um microfone discreto, que captura os sons do ambiente; um computador então converte a amplitude do som em voltagem eletromagnética, que determina a força do campo magnético, transformando a forma do fluido.


A instalação foi apresentada pela primeira vez na SIGGRAPH, em 2001, e era a instalação mais inovadora e impressionante da exposição. Desde então, vem sendo explorada e aperfeiçoada pelos seus criadores, Sachiko Kodama e Minako Takeno.

DANIEL ROZIN

Arte interativa

Daniel Rozin é artista e educador, dedicado à arte digital. Ele se concentra na a imagem ao vivo do visitante, ou melhor, participante de suas instalações. Em algumas você se torna parte do conteúdo da instalação e em outras você é atraído a participar ativamente da criação da peça.

Suas instalações sempre envolvem a imagem do visitante gravada ao vivo e a manipulação ou releitura desta imagem no “espelho” digital ou mecânico à sua frente. Ele é Diretor de Pesquisa e professor do Interactive Telecommunications Program (ITP), da Universidade de Nova York, onde ele pesquisa software, mecânica e eletrônica, ensina, e orienta várias instalações de estudantes. Ele está explorando ao máximo a idéia da presença do visitante transformada em alguma outra coisa. Os pixels podem ser de madeira, de lixo, de lâmpadas, de discos. Ou podem ser de luz, na tela. Um de seus espelhos de “software” esteve na exposição Emoção Art.ficial 3.0, que aconteceu até o dia 24/9 no Itaú Cultural em São Paulo.

Em seu primeiro trabalho, Rozin construiu em 1999 o Wooden Mirror (Espelho de madeira) composto por: 

830 quadrados (peças de madeira), 830 servo motores, controle eletrônico, câmeras de vídeo, computadores, moldura de madeira.

Esta peça explora a linha entre o mundo mecânico e o digital, utilizando um material quente e natural, como madeira, para retratar a noção de resumo digital dos pixels.

Amazing Wooden Mirror

http://www.youtube.com/watch?v=HCSbk9JDwPY

[Postado em 31/10/2008 por Carmi Silva]

André Lemos

Este pesquisador é um dois principais estudiosos sobre a Cibercultura e sua relação com as sociedades contemporânea, no Brasil. Lemos é professor da Faculdade de Comunicação da UFBA, Doutor em Sociologia (Sorbonne). Diretor do Centro Internacional de Estudos Avançados e Pesquisa em Cibercultura, Ciberpesquisa, consultor da Fapesp, CNPq e CAPES.

Autor dos livros Cibercidade II (e-papers, RJ, 2005), “Cibercidades” (e-papers, RJ, 2004), “Olhares sobre a Cibercultura” (Sulina, 2003), “Cultura das Redes” (Edufba, 2002), “Cibercultura. Tecnologia e vida social na cultura contemporânea” (Sulina, 2002, 2004) e “Janelas do ciberespaço” (Sulina, 2000).

Atualmente desenvolve pesquisa sobre o tema “Cibercidades” com apoio do CNPq (pesquisador nível 1). É membro do júri internacional do prêmio Best of Blogs (BoB), da “Deutsche Welle”, Alemanha e do “International Advisory Board” do Prêmio “Ars Electronica”, para a área de “Digital Communities”, Áustria. Foi presidente da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação – COMPÓS – de 2003 a 2005.

Centro Internacional de Estudos e pesquisa em Cibercultura

http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/

[Postado em 31/10/2008 por Carmi Silva]

[Postado em 31/10/2008 por Carmi Silva]

Links para vídeos com Interatividade

Museu da Língua Portuguesa 

http://www.youtube.com/watch?v=0FidwVWpsSw 

Trend Hunter – Interactive Wall Projection

http://www.youtube.com/watch?v=ct80Lae7mYE&feature=related

Multi Touch Music Wall

http://www.youtube.com/watch?v=-qmmdGonQW4&feature=related

presence [a.k.a soft & silky]

http://www.youtube.com/watch?v=aPXVLy1wJiM&feature=related

Daniel Rozin — Circles Mirror Interactive Art

http://www.youtube.com/watch?v=lP5yeOMlsYQ&feature=related

Interactive projection at scopitone 07

http://www.youtube.com/watch?v=AHO5rdFopcE&feature=related

Interactive Installation Prototype

http://www.youtube.com/watch?v=dpnb4HV2g2A&feature=related

Thermoesthesia (interactive art)

http://www.youtube.com/watch?v=MPEVrYJUbLY&feature=related

ACCESS – an interactive art installation by Marie Sester

http://www.youtube.com/watch?v=678EaXPekFo&feature=related

Interactive media performance :

http://www.youtube.com/watch?v=Y3VmHoT_UDg&feature=related

playmodes : video dance interactive installation

http://www.youtube.com/watch?v=GsF6Q5tY4kw&feature=related

Definições de interatividade: Recorrendo-se à etimologia desta palavra, veremos que ela é formada através da composição do prefixo “inter-” à palavra “atividade”; um verbete ainda não dicionarizado. De qualquer forma, usaremos um correlato, Interação, para esta explanação.

Interagir – agir mutuamente, exercer interação.

Interação – palavra formada por derivação sufixal, através da adição do prefixo latino “inter-” à palavra ação. Inter + ação.

Novo Dicionário Aurélio: ação que se exerce mutuamente entre duas ou mais coisas ou pessoas; ação recíproca. Grande Dicionário Etimológico Prosódico da Língua Portuguesa: ação; influência recíproca entre dois elementos.

Dicionário Ilustrado de Língua Portuguesa: ação exercida reciprocamente entre dois objetos, pessoas etc.

Dicionário Enciclopédico Koogan Larousse: influência recíproca; fenômeno que permite a um certo número de indivíduos constituir-se em grupo e que consiste no fato de que o comportamento de cada indivíduo se torna estímulo para outro.

Inter - Segundo o Dicionário Etimológico Nova Fronteira da Língua Portuguesa, “inter-” é um prefixo derivado do Latim que significa entre; no meio de; usado normalmente na formação de verbos, substantivos e adjetivos e que, na Língua Portuguesa, mantém seu sentido inalterado.

Ação – Segundo o Dicionário Etimológico Nova Fronteira da Língua Portuguesa, ação deriva do Latim actio-onis, deduzido do particípio de atus, da primeira conjugação, e significa atuação; ato; efeito; obra.

John December, ao tratar do assunto nas apresentações contidas em seu site, define o termo “interativo” como:
In – ter – ac – tive – adj 1: mutually or reciprocally active; 2: of, relating to, or being a two-way electronic communication system (as a telephone, cable television or a computer) that involves a user’s orders (as for information or merchandise) or responses (as to a poll).

Note-se que a presença marcante do prefixo inter nas palavras em questão traz consigo o “por em comum”, o diálogo que é posto em jogo pelas palavras ação e atividade. Temos então uma “ação entre entes”; uma relação entre agentes; uma ação mútua.

Gianfranco Bettetini define a interatividade como “un diálogo hombre-máquina, que haga posible la producción de objetos textuales nuevos, no completamente previsibles a priori”. Completando o raciocínio, Alirndo Machado, lembra que há que se notar a bidirecionalidade deste processo, onde o fluxo se dá em duas direções. Um processo bidirecional de um media seria aquele onde “os pólos emissor e receptor são intercambiáveis e dialogam entre si durante a construção da mensagem”, o que não se tem podido observar na maioria de nossas relações com as novas tecnologias, ou com outros homens através destas.

INTERATIVIDADE E MIDIOLOGIA
Visto um histórico do meio, e o aparato tecnológico que envolve a construção de um Website, perguntamos: como se dá a atuação deste meio no cotidiano das pessoas, como ele realiza o papel de ambiente para a veiculação de mensagens? para então realizar-mos uma análise midiológica.
O Meio em Nossas Vidas Antes de iniciar uma discussão miológica sobre o produto em questão, seria interessante analisar como o meio que lhe serve de suporte atua em nossas vidas.
É inegável, que nossa vida social entrou na era do computador que, gradativamente, tornou-se mais do que uma mera ferramenta pessoal e profissional, caracteriando-se, hoje, como um ambiente com o qual nos relacionamos naturalmente. Ligados via modem a outros computadores o keyboard e o monitor de vídeo, as interfaces digitais, se tornaram uma arena para “personal networking” unindo pessoas que se relacionam por motivos dos mais diversos, que vão desde hobbies até interesses profissionais.
Nossas relações sociais no mundo contemporâneo não se resumem mais ao contato face a face. Elas estão agora inseridas em ambientes múltiplos, não se resumindo mais aos limites de tempo, espaço e corpo de outrora. Nasce um novo tipo de comunicação: a comunicação mediada por máquinas. Uma vez introduzido um objeto – o computador -, nossas relações passam a acontecer também em um ambiente denominado ciberespaço através de e-mails, chats, ciberconferências, cibercafés, etc. que, assim como o telefone, fax e outros meios anteriores, permitem e intermediam o contado entre dois ou mais seres humanos, possibilitando trocas simbólicas entre eles.
Entendendo o meio em questão como um ambiente para interações, falar sobre o a utilização midiológica do produto midiático analisado, seria falar da interatividade que ele possibilita. Desta forma, seria interessante fazer um link para a definição deste termo: Interatividade
Se analisarmos estes novos tipos de relações descritos no início deste texto, que chamaremos de social-interativo-digital homem-homem, veremos que esta se dá através várias outras. A primeira, a interação homem-técnica, é uma atividade presente em todas as etapas da civilização. Porém, esta interação nos dias de hoje não é uma recriação da interatividade manipulatória – como a que temos com os objetos, por exemplo – propriamente dita, mas a criação de processos baseados na gestão das informações; uma nova forma de interação com a técnica, de cunho “técnico-digital”, diferente da “interação analógica” que anteriormente caracterizou os media tradicionais. Assim, a interação homem-técnica se situa em dois níveis não excludentes: técnico-analógico e técnico eletrônico-digital.
A interatividade técnico-analógica, pode-se dizer, ocorre no nível manipulatório da relação homem-máquina, de estímulo-resposta. A famosa metáfora da porta serve muito bem para ilustrar esta relação. Exercemos uma certa ação sobre o objeto, e ele nos “responde” exercendo o seu “trabalho”.
Sendo assim, poder-se-ia alegar que a relação usuário-computador segue este modelo técnico-analógico. De fato, enquanto máquina, o computador, não é, pois, agente em qualquer processo. Logo, poderia haver uma verdadeira interação, nos moldes descritos no início deste texto, entre homem e computador?
A resposta é sim. Os softwares, a “alma” dos computadores, através de suas interfaces é que interagem com o usuário. Nesse sentido, a interatividade eletrônico-digital ocorre quando um programa de um equipamento é utilizado para modificar um comportamento. Entendida desta maneira, a interatividade digital atua como um diálogo entre homens e máquinas baseadas no princípio da micro-eletrônica, através de uma “zona de contato” chamada de interface gráfica, que caminha em direção à superação das diferenças físicas entre os agentes, uma vez que não é inscrita na forma física do objeto, mas nos suportes micro-eletrônicos que escapam à nossa escala de percepção espaço-temporal.
A evolução das interfaces gráficas, desta forma, caminha no sentido de permitir que elas atuem cada vez melhor como intermediadoras entre o usuário e a máquina, criando um contexto para a ação, ou interação, e atuando, consequentemente, como “mediadoras cognitivas”. E esta mediação é criada através de uma “manipulação direta” da informação. A interatividade digital, segundo Brenda Laurel se passaria num contexto de comunicação onde homem, máquinas e programas são agentes que assumem papéis numa “arena virtual”: a interface.

Fonte: Website Gabocorp – estética da comunicação FACOM/ UFBA.

Postado por Roseli Paraguassú – 24.10.08

O que é Interatividade?

 O conceito de interatividade muitas vezes é confundido com o de interação, que embora estabeleça uma relação não comportam o mesmo significado. A palavra interatividade é encontrada no Dicionário Aurélio significando a “capacidade (de um equipamento, sistema de comunicação ou de computação, etc.) de interagir ou permitir interação”.

De acordo com Lemos (1997):

“…há uma diferenciação entre interatividade e interação. A primeira estaria relacionada ao contato interpessoal, enquanto a segunda seria mediada. A interatividade seria um tipo de comunicação encontrada não somente em um equipamento, mas também em sistemas que proporcionem interação ou um meio para consegui-la.”

A popularização da interatividade deve-se basicamente a expansão das novas tecnologias de comunicação que se faz presente no dia-a-dia das pessoas. Além de sua íntima ligação com a comunicação em ambiente digital, esta palavra é encontrada em outras áreas de conhecimentos com significados próprios inerentes a cada uma delas. Temos como exemplos:

- No campo da física, por exemplo na mecânica, podemos estudar a interatividade de forças, objetos e movimento.

- Já na filosofia, existem diversas abordagens sobre a interatividade entre a totalidade da experiência humana e da riqueza da natureza, vendo o homem como interagente constante e criativo.

- A biologia também explora a interatividade nas explicações genéticas.

- Na geografia vemos que as placas tectônicas, uma vez interagindo umas com as outras no interior da crosta terrestre, dobram-se formando montanhas e cadeias de montanhas.

Para Pierre Lévy (1999) o que caracteriza a interatividade é a possibilidade, crescente com a evolução dos dispositivos técnicos, de transformar os envolvidos na comunicação, simultaneamente, em emissores e receptores da mensagem.

Arlindo Machado (1990) também salienta a característica da bidirecionalidade do processo, onde o fluxo se dá em duas direções. O processo bidirecional de um meio de comunicação seria aquele onde “os pólos emissor e receptor são intercambiáveis e dialogam entre si durante a construção da mensagem”.

André Lemos (1997) entende que o que se compreende hoje por interatividade é nada mais que uma nova forma de interação técnica, de característica eletrônica. A interatividade digital seria um tipo de relação tecno-social, um diálogo entre homens e máquinas, em tempo real, localizadas em uma zona de contato, zonas de negociação, as interfaces gráficas. 

Link para texto Explorando o conceito de interatividade: definições e taxonomias de Alex Fernando Teixeira Primo e Márcio Borges Fortes Cassol.

http://usr.psico.ufrgs.br/~aprimo/pb/pgie.htm  

Referências:

PRIMO, Alex Fernando Teixeira; CASSOL, Márcio Borges Fortes. Explorando o conceito de interatividade: definições e taxonomias. 1999.

LEMOS, André L.M. “Anjos interativos e retribalização do mundo. Sobre interatividade e interfaces digitais”, 1997, [http://www.facom.ufba.br/pesq/cyber/lemos/ interac.html] 12/05/1999.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999. 264 p.

MACHADO, Arlindo. A arte do vídeo. São Paulo: Brasiliense, 1990.

[Postado em 23/10/2008 por Carmi Silva]