Interseções entre comunicação, técnica, arte e educação

Curso de Leitura de Cinema III

Curso de Leitura de Cinema III


 
De 27 de setembro a 13 de outubro passado, os cineclubes Vesúvio e CINECITTÀ do Instituto de Letras da UFBA (ILUFBA), em parceria com o cineclube Fruto do Mato (Lençóis-BA) e o programa de extensão Janela Indiscreta, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), realizaram a terceira edição do Curso Leitura de Cinema.
Na programação do Evento as discussões se pautaram nas seguintes temáticas: Procura-se a crítica desesperadamente, em 27/09, com a participação do professor do Centro Universitário UNIFTC, Leonardo Campos; em 29/09, a professora Janaína Vasconcelos, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), conduziu discussões sobre Fotografia Cinemática: decodificando o cosmos diegético; os cineastas Nádia Mangolini (SESC/SP) e Marcus Vinicius Vasconcelos (Estúdio Teremim) conversaram sobre A animação autoral e o formato do curta-metragem, no dia 04/10; já no dia 06/10, a conversa foi em torno de Cinema e literatura: um diálogo intersemiótico, com a presença do educador Juca Badaró (UESB). O quinto encontro (13/10) teve a participação do fotógrafo Miguel Vassy, que encerrou o evento com atividades práticas do uso da fotografia no cinema, cujo tema foi Filmar com o corpo: uma aula de câmera na mão e suas técnicas.
A ação educacional teve 10 horas de carga horária e ofereceu certificados para os participantes. A professora da Faculdade de Educação da UFBA, Kelly Ludkiewicz Alves, uma das organizadoras do Evento, e também integrante do GEC, fez o seguinte comentário sobre o envolvimento do GEC em questões relacionadas ao cinema:
A participação do GEC na promoção do Curso Leitura de Cinema III é importante por contribuir para o acesso a conteúdos relacionados ao cinema, em aulas que apresentaram ao público técnicas audiovisuais, que possibilitaram compreender o processo de realização dos filmes a partir da linguagem cinematográfica. Além disso, a promoção de atividades de ensino, pesquisa e extensão de forma articulada, promove espaços inclusivos, de formação, debate e valorização da arte e da cultura, que fortalecem a integração entre a universidade pública e a sociedade. Por fim, a realização de um curso utilizando soluções livres para transmissão das aulas é fundamental como movimento político para fortalecermos a importância do livre e do aberto na educação.
Já o doutorando Igor Tairone, também integrante do GEC, participou do Evento como intérprete de Libras. Segundo ele:
Os intérpretes de língua brasileira de sinais são importantes em palestras, cursos e demais eventos por possibilitarem que deficientes auditivos consigam ter acesso ao importante conhecimento produzido, bem como também participarem ativamente das discussões. No cinema, por exemplo, temos as legendas e outros mecanismos para promoção de acessibilidade, o que tornou extremamente positivo que houvesse interpretação num curso sobre a sétima arte, o cinema.
A iniciativa da ação educacional ajuda a firmar a presença do GEC como grupo de pesquisa vinculado às questões das tecnologias e da comunicação, ao trazer para um público mais amplo as interfaces entre ciência, técnica, artes e educação.
Que outros eventos assim possam ser realizados com a presença dos componentes do GEC e que sirvam para ampliar a atuação da Faced-UFBA como impulsionadora de pesquisa em educação de forma transdisciplinar.
Visite o site do Cineclube Vesúvio para obter mais informações sobre as atividades de extensão em cinema e educação na UFBA.
Os vídeos das aulas do Curso Leitura de Cinema III já estão disponíveis no Canal do Curso na plataforma EDUPLAY.
No Canal também estão disponíveis os vídeos do Curso Leitura de Cinema II, realizado em dezembro de 2020, no qual foram trabalhados os temas figurino, roteiro, efeitos sonoros e documentário.
Até a próxima!

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As tecnologias e a nova ordem do capital

Capitalismo de vigilância
A revista Nossa Ciência publicou artigo do doutorando em Educação Cleonilton Souza, membro do GEC, sobre o tema Capitalismo de Vigilância. Capitalismo de Vigilância é um tema transversal, que envolve áreas como economia, sociologia, filosofia, comunicação, tecnologia e educação, é claro.

Leiam o texto aqui no site na íntegra:

Capitalismo de vigilância

O cidadão acorda e vai à padaria comprar pão, passa na farmácia e adquire remédios; depois enche o tanque de gasolina do carro e volta para casa. Se esse cidadão pagou tudo com cartão de crédito, todas essas ações estão agora rastreadas na base de dados do banco.

Além de ter as transações comerciais registradas nas bases de dados, a instituição financeira ainda pode rastrear os comportamentos da pessoa. Com os dados comportamentais é possível, a depender da situação, identificar hábitos, analisar ações ou mesmo prever novas ações da pessoa, como, por exemplo, comprar combustível toda semana, em determinado posto, no mesmo horário. Informações assim podem servir tanto para ações de marketing personalizado, quanto para criar perfis que servirão de base para operações de seguros, seleção em empregos ou aquisição de crédito.

Este estado de coisas é denominado pela pesquisadora Shoshana Zuboff de capitalismo de vigilância, uma nova ordem econômica mundial, bem diferente do capitalismo industrial, cujo sustentáculo era a mercadoria. No capitalismo de vigilância, o suporte econômico é o comportamento humano e quanto mais dados pessoais houver em bases de dados, mais os sistemas terão facilidade em predizer ações humanas e transformar essa nova “mercadoria” em lucros.

O capitalismo de vigilância tem como suporte avançados sistemas de tecnologias baseadas em códigos computacionais, gerenciamento de grandes quantidades de dados e conexão contínua. Empresas como Google e Facebook assumiram posições de destaque no mercado global nos últimos 20 anos por atuarem no capitalismo de vigilância e hoje estão na categoria de maiores empresas do mundo.

Ao ter a própria experiência de vida capturada de forma contínua pelas empresas, o cidadão pode ficar sem proteção e ter os direitos comprometidos diante do poderio de grandes corporações, que acumulam dados da vida das pessoas e não prestam contas sobre o destino dos referidos dados.

Essa vigilância é sutil. Vez por outra, o cidadão em compras fornece números de telefone e CPF sem se questionar o porquê de esses dados serem registrados nos cadastros das empresas ou mesmo assinam termos de compromisso na internet sem ter lido as minutas de tais documentos.

Estas questões precisam entrar no debate público, e o cidadão precisa se reeducar para esse novo mundo do capital e aprender a defender os próprios direitos quando estes estiverem sendo prejudicados por essa nova ordem do capital sustentada pelas novas tecnologias que capturam os comportamentos humanos. E cabe à sociedade criar condições para o cidadão conviver nesses ambientes cuja ordem do capital se pauta na vigilância.

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Qual nossa resposta a essa tristeza toda? de Nelson Pretto A Tarde 01/06/2021

Muito me impressionou o clip da Orquestra de Câmara da Escola de Comunicações e Artes da USP denominado Espero que nomes consigam tocar, baseado na obra Inumeráveis de Bráulio Bessa e Chico Cesar. O magnifico trabalho estreou em setembro de 2020, já sob o forte impacto do número de mortos pela Covid19 e pelo descaso do governo genocida de Jair Messias Bolsonaro.
Naquela data, já eram 980 mil mortos no mundo e 140 mil no Brasil. De lá para cá, tudo piorou e estamos quase chegando ao estrondoso meio milhão de brasileiros mortos pela Covid19 por conta de um governo que pratica a necropolítica.
O impacto em cada um e cada uma de nós é enorme. É indescritível.
Assim como na canção Inomináveis, os nomes nos tocam. Sonhos foram interrompidos, famílias destruídas, colegas e alunos nos deixaram, amigos se foram ao longo desses 14 meses de sofrimento. Não paramos de chorar os nossos mortos, sem luto, mas com luta. Aconteceram muitas coisas lindas em torno do cuidado com o outro, do afeto, da solidadriedade, da mão estendida, na maior parte das vezes apenas através das telas.
Não baixamos a guarda. Longe de se ter superado essas mazelas e desafios, já estamos a nos perguntar: “Qual nossa resposta a essa tristeza toda?”

É justo com esse tema-provocação-pergunta que faremos o último encontro das Polêmicas Contemporâneas, ação do Depto II da Faculdade de Educação da UFBA através do grupo de pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologias (GEC). Queremos, juntos, pensar sobre nosso passado, presente e celebrar o futuro, homenageando aqueles e aquelas que não mais aqui estão.

Desde março deste ano, estivemos juntos – sim, juntos, através das redes, mas fortemente juntos – em nossas Polêmicas Contemporâneas debatendo e aprofundando os mais diversos temas. Agora, no encerramento do semestre, queremos mais uma vez lhe convidar para estar na tela conosco (07/06, 19 h) para celebrar a vida e pensar o futuro. Estaremos muito bem acompanhados com Carlos Barros, Cau Gomes (cartunista aqui em A Tarde), Lula Gazineu, Maria Simões, Claudio Leal, Juliana Ribeiro, Vitoria Dias e Lilian Conceição (coletivo Enpretecidas), Coletivo Khalid mob, Zakyn Sodré, Claudio Manoel, Marina Mapurunga, Gleydson Públio, Sebage, Gilvan Santos, Livia Santanna Vaz, Antonio Lafuente, George Vladimir, Alexandre Espinheira, Avelin Kambiwä Buniacá, Goli Guerreiro e… você.

Será mais uma uma noite de acolhimento, de cuidado e congraçamento. Uma noite de cultura, que incluirá artes plásticas, música, teatro, dança, educação, saúde, ciência e, claro, tecnologias, pois tudo acontecerá em nosso canalpolemicas.faced.ufba.br, uma solução livre, com softwares livres, tocada pela RNP e a STI/UFBA em conjunto com nossos alunos e bolsistas e apoio do CNPq e FAPESB.
Todos juntos pensaremos melhor: O que faremos com essa tristeza toda?
Qual nossa resposta a essa tristeza toda? de Nelson Pretto – professor da faculdade de educação da ufba – nelson @pretto.pro.br
Baixar o pdf da página do jornal, clique aqui.

Qual nossa resposta a essa tristeza toda?

Qual nossa resposta a essa tristeza toda?

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Filmes e documentários sobre Educação, por Roberto Machado

O uso da linguagem fílmica em sala de aula não é uma atividade nova e muito menos incomum na pratica docente, pelo contrário, é cada vez maior o número de professores que se utilizam da filmografia existente para ilustrar determinada passagem ou evento contida no processo ensino/aprendizagem. Por tanto, esse catálogo apresenta um levantamento de filmes e documentérios que tratam da educação, principalmete no que tange a relação profesor/aluno e também ampliando para as relações professor/aluno ereallidades escolares .

Prof. Roberto Luiz Machado, professor da disciplina de Didática da Faculdade de Educação (Faced) Universidade Federal da Bahia (UFBA)

FILMES ANO TEMPO
1 Sociedade dos poetas mortos

Em 1959, John Keating (Robin Williams) volta ao tradicionalíssimo internato Welton Academy, onde foi um aluno brilhante, para ser o novo professor de Inglês. No ambiente soturno da respeitada escola, Keating torna-se uma figura polêmica e mal vista, pois acende nos alunos a paixão pela poesia e pela arte e a rebeldia contra as convenções sociais. A tensão entre disciplina e liberdade vai aumentando, os pais dos alunos são contra os novos ideais que seus filhos descobriram, e o conflito leva à tragédia.

1990

128

2 Escola do rock

O filme conta a história de um músico que acaba de ser demitido de sua banda. Cheio de dívidas para pagar e sem ter o que fazer, ele aceita dar aulas como professor substituto em uma escola particular de disciplina rígida. Logo Dewey se torna um exemplo para seus alunos, sendo que alguns deles se juntam ao professor para montar uma banda local, sem o conhecimento de seus pais.

2004

108

3 Escritores da liberdade

Trama envolvendo adolescentes criados no meio de tiroteios e agressividade, e a professora que oferece o que eles mais precisam: uma voz própria que conta suas próprias histórias, e ouvindo as dos outros. Uma turma de adolescentes supostamente indomáveis vai descobrir o poder da tolerância, recuperar suas vidas desfeitas e mudar seu mundo.

2007

123

4 O Primeiro da classe

O filme é baseado em fatos reais e conta a história de Brad Cohen, que tem a Síndrome de Tourette e enfrentou os sintomas e todos os preconceitos para realizar o seu sonho de se tornar professor.

2006

95

5 Ao mestre com carinho

Um jovem professor enfrenta alunos indisciplinados que reflete alguns dos problemas e medos dos adolescentes dos anos 60. Um engenheisro desempregado que resolve dar aulas em Londres, no bairro operário de East End. Os alunos estão determinados a destruir Thackeray como fizeram com seu predecessor, ao quebrar-lhe o espírito. Ele enfrenta o desafio tratando os alunos como jovens adultos que breve estarão se sustentando por conta própria.

1967

105

6 O milagre de Anne Sullivan

O filme conta o esforço da nova professora, sua luta angustiante e persistente para que a menina (surda, cega e muda) aprenda a se comunicar.

1962

107

7 Numa escola em Havana

Chala é um garoto de onze anos que vive com sua mãe viciada em drogas.. Para sustentar a casa, ele treina cães de briga com um homem que pode ser ou não seu pai biológico. As dificuldades de sua vida refletem na escola, onde é aluno de Carmela, por quem ele tem um grande respeito. Mas quando ela fica doente e tem que se afastar por meses, Chala não se adapta ao novo professor, que o coloca em uma sala para alunos de mal comportamento.

2015

108

8 O substituto

Henry Barthes (Adrien Brody) é um professor brilhante com um verdadeiro talento para se conectar com seus alunos. Mas, assombrado por um passado conturbado, ele escolhe ser professor substituto – nunca na mesma escola por mais que algumas semanas, nunca permanecendo tempo suficiente para formar qualquer relação com os alunos ou colegas. Uma profissão perfeita para alguém que busca se esconder ao ar livre. Quando uma nova missão o coloca numa decadente escola pública, o isolado mundo de Henry é exposto por três mulheres que mudam a sua visão sobre a vida: uma estudante, uma professora e uma adolescente fugitiva.

2011

97

9 Entre os muros da escola

Baseado em livro homônimo de François Bégaudeau, relata sua experiência como professor de francês em uma escola de ensino médio na periferia parisiense, lugar de mistura étnica e social, um microcosmo da França contemporânea.

2008

128

10 Meu mestre, minha vida

Arrogante e autoritário, o professor Joe Clark (Morgan Freeman) é convidado por seu amigo Frank Napier (Robert Guiullaume) a assumir o cargo de diretor na problemática escola em Paterson, New Jersey, de onde ele havia sido demitido. Com seus métodos nada ortodoxos, Joe se propõe a fazer uma verdadeira revolução no colégio marcado pelo consumo de drogas, disputas entre gangues e considerado o pior da região. Com isso, ele ao mesmo tempo coleciona admiradores e também muitos inimigos

1989

109

11 Vem dançar

  1. O filme “vem dançar” mostra a história de um professor que resolve ajudar a alunos tidos como problemáticos e perdidos, ele usa a dança de salão. A turma não era nada fácil de trabalhar, ele encontra várias dificuldades para tornar aqueles adolescentes em dançarinos. Os ritmos deles era completamente diferente curtiam: rock, funk e hip.

 

2005

145

12 A onda

Rainer é um professor a quem foi designada a tarefa de instruir seus estudantes de Ensino Médio sobre o Estado Autocrático durante uma sessão às lições longas. Um professor favorito entre as crianças, Rainer decide deixar seus alunos desenvolver o assunto e pede a eles que construam sua própria autocracia. No entanto, quando as crianças formam um Estado-nação similar com o da Alemanha nazista, os professores não sabem o que fazer.

2008

107

13 Educação

Carey tem 16 anos e vive com a família no subúrbio londrino em 1961. Inteligente e bela, sofre com o tédio de seus dias de adolescente e aguarda impacientemente a chegada da vida adulta. Seus pais alimentam o sonho de que ela vá estudar em Oxford, mas a moça se vê atraída por um outro tipo de vida. Quando conhece David , homem charmoso e cosmopolita de trinta e poucos anos, vê um mundo novo se abrir diante de si. Ele a leva a concertos de música clássica, a leilões de arte, e a faz descobrir o glamour da noite, deixando-a em um dilema entre a educação formal e o aprendizado da vida.

 

2010

100

14
 
Vermelho como o ceu

Mirco (Luca Capriotti) é um garoto toscano de 10 anos que é apaixonado pelo cinema. Entretanto, após um acidente, ele perde a visão. Rejeitado pela escola pública, que não o considera uma criança normal, ele é enviado a um instituto de deficientes visuais em Gênova. Lá descobre um velho gravador, com o qual passa a criar estórias sonoras

2007

96

15

O caminho pra casa

Luo Yusheng, um homem de negócios da cidade, retorna para sua casa em um vilarejo no norte da China para o enterro de seu pai, o professor da vila. Antes de retornar para a cidade, Yusheng simbolicamente honra o maior desejo de seu pai, passando um dia ensinando na escola local

1999

100

16

Madadayo

Após 30 anos trabalhando como professor em uma escola, Hyakken Uchida (Tatsuo Matsumura) anuncia que vai parar de lecionar. Inconformados, os alunos promovem reuniões quinzenais na casa do mestre, ocasião para colocar em dia as conversas, rir, beber e aprender lições de vida com o ancião

1993

134

17 Como estrelas na terra – toda criança é especial

História de uma criança que sofre com dislexia e custa a ser compreendida. O jovem Ishaan, não consegue acompanhar as aulas ou focar sua atenção, e é tratado com muita rudeza por seu pai. Após serem chamados pela escola, o pai decide levá-lo a um internato, atitude que leva o pequeno a entrar em depressão. Um professor substituto de artes, Nikumbh, logo percebe o problema de Ishaan, e entra em ação com seu plano para devolver a ele a vontade de viver.

2007

140

18 O jarro

Numa escola do deserto, o jarro que serve para as crianças matarem a sede trinca. O fato mobiliza as pessoas do vilarejo, cada uma com uma reação diferente. Rodado numa aldeia do escaldante deserto iraniano.

1992

98

19

O aluno – uma lição de vida

O filme conta a história de Kimani Maruge Ng’ang’a, um queniano que foi preso e torturado por lutar pela liberdade de seu país. Aos 84 anos, quando soube de um programa governamental de escolas para todos, Maruge se candidata a uma escola primária que atende crianças de seis anos de idade. Sua entrada acontece graças ao apoio de uma das professoras e ele também se torna um grande educador.

2010

103

20 Uma mente brilhante

O filme conta a história real de John Nash que, aos 21 anos, formulou um teorema que provou sua genialidade. Brilhante, Nash chegou a ganhar o Prêmio Nobel. Diagnosticado como esquizofrênico pelos médicos, Nash enfrentou batalhas em sua vida pessoal, lutando até onde pôde. Como contraponto ao seu desequilíbrio está Alicia (Jennifer Connelly), uma de suas ex-alunas com quem se casou e teve um filho.

2001

134

21 Nenhum a menos

O filme aborda as dificuldades encontradas por uma menina de 13 anos quando tem de substituir seu professor, que viaja para ajudar a mãe doente. Antes de partir, ele recomenda à garota que não deixe nenhum aluno abandonar a escola durante sua ausência. Quando um garoto desaparece da escola, a jovem professora descobre que ele deixou o vilarejo em direção à cidade em busca de emprego, para ajudar no sustento da família. Seguindo os conselhos de seu professor, ela vai atrás do aluno.

1998

106

22 A língua das mariposas

O mundo do pequeno Moncho estava se transformando: começando na escola, vivia em tempo de fazer amigos e descobrir novas coisas, até o início da Guerra Civil Espanhola, quando ele reconhecerá a dura realidade de seu país. Rebeldes fascistas abrem fogo contra o regime republicano e o povo se divide. O pai e o professor do menino são republicanos, mas os rebeldes ganham força, virando a vida do garoto de pernas para o ar.

1999

95

23 Quando tudo começa

Daniel Lefebvre é professor numa pequena cidade que sofre com o fechamento das minas de carvão e enfrenta uma alta taxa de desemprego. Daniel e os outros professores são aconselhados a não se envolver com os problemas da comunidade, mas é impossível para Daniel ignorar a miséria, a indiferença do governo e os sérios problemas domésticos que suas crianças enfrentam.

1999

118

24 O preço do desafio

Edward James Olmos é um professor de matemática que dá aula numa escola em East Los Angeles e se recusa a rotular seus alunos do subúrbio como fracassados. Escalante é persuasivo e incentiva 18 garotos que estão lutando com as frações para se tornarem mestres da matemática e enfrentar um de seus maiores desafios: o Exame Nacional de Cálculos Avançados.

1998

99

25 Além da sala de aula

A história se passa em 1987 e segue uma jovem professora e mãe de dois filhos que acabou de se formar na faculdade e acaba ensinando crianças de rua em uma escola sem um nome. Com o apoio de seu marido, ela vence os medos e os preconceitos para dar a estas crianças a educação que merecem.

2011

95

26

A luta por um ideal

Uma mãe solteira inspira outros pais para o controle de sua escola de grau inferior no ranking. A proposição resultante faz com que um professor arrisque sua carreira e um representante de sindicato usa táticas desleais para lutar pelos educadores dedicados.

2012

121

27

Conrack
Pat Conroy , um branco que no passado fora racista, chega para ser professor numa escola que tem como alunos crianças negras pobres. A história se passa na remota Ilha de Yamacraw, Carolina do Sul no ano de março de 1969. Na verdade toda a ilha é habitada por negros pobres, com exceção de um comerciante, que tem um pequeno negócio. Eles são analfabetos, não conseguem contar e nem sabem em qual país vivem. Pat tenta trazer uma educação de melhor nível, lhes mostrando filmes, lhes ensinando a nadar, explicando a importância de escovar os dentes etc. No entanto, Pat, tem de enfrentar vários obstáculos entre eles a diretora da escola que chama os alunos de lentos e preguiçosos, além de crer que a melhor forma de educa-los é no chicote.

1974

106

28 O melhor professor da minha vida

Aos 40 anos, o professor François Foucault leciona no renomado Liceu Henri IV, perto do Panthéon de Paris. Devido a uma série de eventos, ele é obrigado a aceitar a transferência de um ano para uma escola no subúrbio da cidade e teme que o pior possa acontecer

 

2017

107

29 Preciosa – uma história de esperança

O filme trata da história de uma adolescente de 16 anos que sofre uma série de privações durante sua juventude. Violentada pelo pai e abusada pela mãe, ela cresce irritada e sem qualquer tipo de amor. O fato de ser pobre e gorda também não a ajuda nem um pouco. Além disto, Preciosa tem um filho apelidado de “Mongo”, por ser portador de síndrome de Down, que está sob os cuidados da avó. Quando engravida pela segunda vez, Preciosa é suspensa da escola. A sra. Lichtenstein (Nealla Gordon) consegue para ela uma escola alternativa, que possa ajudá-la a melhor lidar com sua vida. Lá Preciosa encontra um meio de fugir de sua existência traumática, se refugiando em sua imaginação.

2209

110

30 A voz do coração

Ao receber a notícia do falecimento da mãe, o reconhecido maestro Pierre Morhange volta para casa. Lá, ele recorda sua infância por meio da leitura das páginas de um diário mantido por seu antigo professor de música. Na década de 40, o pequeno Pierre é um menino rebelde, filho da mãe solteira Violette. Ele freqüenta um internato dirigido pelo inflexível Rachin que enfrenta dificuldades para manter a disciplina dos alunos difíceis. Mas a chegada do professor Mathieu traz nova vida ao lugar: ele organiza um coro que promove a descoberta do talento musical de Pierre.

2004

95

31 O home que viu o infinito

Uma verdadeira história de amizade que mudou a matemática para sempre. Em 1913, Ramanujan, um gênio da matemática autodidata da Índia viaja para a o Colégio Trinity, na Universidade de Cambridge, onde ele se aproxima do seu mentor, o excêntrico professor GH Hardy, e luta para mostrar ao mundo o brilhantosmo de sua mente.

2016

109

32 Treino para vida

O dono de uma loja de artigos esportivos, Ken Carter , aceita ser o técnico de basquete de sua antiga escola, onde conseguiu recordes e que fica em uma área pobre da cidade. Para surpresa de muitos ele impõe um rígido regime, em que os alunos que queriam participar do time tinham de assinar um contrato que incluía um comportamento respeitoso, modo adequado de se vestir e ter boas notas em todas as matérias. A resistência inicial dos jovens acaba e o time sob o comando de Carter vai se tornando imbatível. Quando o comportamento do time fica muito abaixo do desejável Carter descobre que muitos dos seus jogadores estão tendo um desempenho muito fraco nas salas de aula. Assim Carter toma uma atitude que espanta o time, o colégio e a comunidade.

2006

137

33 A missão

No final do século 18, Rodrigo Mendoza é um mercador de escravos espanhol[6] que faz da violência seu modo de vida, mata o próprio irmão na disputa pela mulher que ama. Porém, o remorso leva-o a juntar-se aos jesuítas, nas florestas brasileiras. Lá, ele fará de tudo para defender os índios que antes escravizara.

1986

125

34 Sementes do nosso quintal

O filme retrata o cotidiano de uma escola de educação infantil sem precedentes que, através do pensamento-em-ação de sua idealizadora, a controversa e carismática educadora Therezita Pagani, nos revela o potencial estruturante da educação infantil verdadeira, firme e sensível. Somos levados a uma escola onde a criança está acima de métodos e fórmulas de se educar. Onde natureza, música, arte, conflitos, magia e cultura popular regem o encontro das crianças, que convivem diariamente entre diferentes faixas etárias. “Sementes do Nosso Quintal” é, antes de tudo, um filme que trata da vida de todos nós, através de uma escola.

2012

120

35 Girl Rising

A essência do filme é contar a história de 9 meninas ao redor do mundo; mas o que estas meninas tem em comum? Cada uma delas encontrou um jeito de estudar, lutando para crescer num ambiente pouco favorável e por vezes hostil

 

2013

101

36
 

Territorio do brincar

O longa explora formas de brincar de crianças de diferentes regiões do país – em comunidades rurais, indígenas, quilombolas, das grandes metrópoles, do sertão e do litoral. Este vasto registro audiovisual sobre o brincar, os gestos e as palavras que revelam a essência do público infantil, tem como proposta mostrar o universo lúdico infantil, aproximando o adulto e convidando-o a brincar, a trocar e a vivenciar brincadeiras, festejos populares, fazeres e saberes da infância brasileira. Um retrato humano por meio das brincadeiras

2015  
37 Maria Montesori – uma vida dedicada às crianças

Uma vida dedicada às crianças, cinebiografia de Maria Montessori (1870-1952), médica, educadora e pedagoga italiana que criou um método educacional revolucionário. Esta minissérie conta com uma excelente atuação de Paola Cortellesi no papel principal. Nos extras, depoimento da Profa. Heloísa Pires, educadora e escritora. Acompanhe os principais momentos da trajetória de Montessori – a graduação em Medicina, a militância feminista, o trabalho pioneiro com crianças deficientes, a fundação da “Casa das Crianças”, a relação com o filho Mario, etc

2007

200

  DOCUMENTÁRIOS ANO TEMPO
 
1 Mitá – criança brasileira

O ser humano em sua dimensão criadora transcende o tempo despertando para as possibilidades de um “Mundo Novo”. Uma poética da infância inspirada por Fernando Pessoa, Agostinho da Silva e Lydia Hortélio, trazendo importantes ideias sobre educação, natureza, espiritualidade e a Cultura da Criança

 

2013

52

2 Ser e ter

O documentário SER E TER, conta a historia de um professor chamado Georges Lopes. Georges trabalha em uma escola que fica localizada em uma pequena cidade rural no centro da França, nos anos 90, la ele leciona sozinho pois tem apenas uma sala de aula,mas se dedica muito aos seus alunos. A intenção do professor nesse vídeo é que as crianças não aprendam apenas as disciplinas, mas principalmente a cortesia e valores. Esse modelo escolar é bastante comum no interior da França, onde crianças de varias idades dividem a mesma sala de aula, idades essas que varia de 4 e 11 anos.

 

2002

104

3 A educação proibida

Documentário que se propõe a questionar as lógicas da escolarização moderna e a forma de entender a educação, focando em experiências educacionais diferentes, não convencionais, que buscam um novo paradigma educativo. O filme se propõe alimentar e iniciar um debate de reflexão social sobre as bases que sustentam a escola, promovendo o desenvolvimento de uma educação integral centrada no amor, no respeito, na liberdade e na aprendizagem.

2012

115

4 Voltar a brincar

O documentário apresenta quais são as consequências de uma infância longe da natureza. Seis adolescentes viciados em tecnologia saem em sua primeira aventura selvagem.

2010

52

5 Do lado de fora – lições de um jardim de infância na floresta

Um ano na vida em um jardim da infância na floresta, na Suíça, onde estar ao ar livre e brincadeiras sem regra são os principais ingredientes.

2014

36

6 Carregadora de sonhos

Documentário que mostra o dia a dia de quatro professoras: Rose, Edielma, Marta e Maraísa que enfrentam várias dificuldades para exercerem sua profissão no interior do Sergipe. O que elas passam mostra a carência no ensino nas escolas públicas no interior do Brasil

2010

68

7 Pro dia nascer feliz

O documentário[nota 1] aborda o sistema educacional brasileiro, descrevendo realidades escolares de diferentes contextos sociais, econômicos e culturais a partir de diversos olhares sobre as realidades que constituem a estrutura educacional seja do ponto de vista da instituição, do aluno, do professor e da família. Foram ouvidos diversos alunos e professores, desde uma escola pública em condições precárias no sertão nordestino, a uma luxuosa escola particular, no Alto de Pinheiros, em São Paulo[

2007

88

8 Quando sinto que já sei

A proposta do dEocumentário é levantar uma discussão sobre o atual momento da educação no Brasil. Carteiras enfileiradas, aulas de 50 minutos, provas, sinal de fábrica para indicar o intervalo, grades curriculares, conhecimento dividido em diferentes caixas. As escolas, como são hoje, oferecem os recursos necessários para que uma criança se desenvolva ou a transformam em um robô, com habilidades técnicas, mas sem senso crítico?

 

2014

78

9 Paulo Freire – contemporâneo

O documentário apresenta a biografia e a influência dos ideias do pedagogo, político e professor Paulo Freire na educação gratuita e na vida dos trabalhadores brasileiros. Ele se definia como um intelectual que não tinha medo de ser amoroso. Dedicou sua vida ao fim do analfabetismo e à formação cidadã dos mais pobres. O documentário é repleto de depoimentos de familiares, educadores de vários países e intelectuais.

2006

52

10 Tarja Branca

O documentário, dirigido por Cacau Rhoden (Brasil, 2013) nos insere de maneira inspiradora e criativa na pluralidade do ato de brincar e nos convida, a partir dos depoimentos de adultos de diferentes gerações, profissões e origens, a resgatar esse universo lúdico e vivencial presente na brincadeira.

2014

80

11 Nunca me sonharam

O documentário apresenta diálogos de jovens do ensino médio das escolas publicas brasileiras, contando a sua real visão do ambiente escolar e o que isso afeta no presente e pode representar para o futuro. Conta ainda com a participação de especialistas da área, familiares e educadores.

2017

90

12 Esperando pelo super homem

O documentário nos lembra que as estatísticas educacionais têm nomes: Anthony, Francisco, Bianca, Daisy e Emily, cujas histórias são a base deste filme. O documentário acompanha cinco crianças norteamericanas e seus pais que desejam obter uma educação pública decente, mas que acabam tendo que entrar em uma loteria, em formato de bingo, para obterem uma boa escola, porque os colégios próximos às suas casas são fracassos estrondosos. O destino do país não será decidido em um campo de batalha, será determinado em uma sala de aula.

2010

111

13 Mbyá Reko Pyguá – luz das palavras

Um documentário sobre a educação Guarani construído junto com os professores indígenas e os alunos da aldeia Yynn Moroti Wherá, em Biguaçu, litoral de Santa Catarina.

 

2012

19

14 Os desafios do professor do campo

O documentário procura demonstrar o que motiva esses professores e mostra como é o dia desses profissionais que trabalham na quietude pampa gaúcho. O documentário foi produzido para a disciplina de Laboratório de Telejornalismo III, ministrada pela professora Sara Feitosa.

 

2014

10

15 Escola Quilombo – educação cultivada

O documentário aborda o cotidiano pedagógico e o trabalho docente em uma pequena escola na Comunidade Quilombola Kalunga do Mimoso, em Arraias – TO. Numa perspectiva de ensaio etnográfico, traz narrativas e imagens sobre a vida pessoal e os desafios de ser professor em escolas rurais, enfrentando precariedades materiais e o descaso do poder público.

 

2014

50

16 Corrida para lugar nenhum

Relata histórias de crianças e adolescentes americanos que foram pressionados ao limite, de educadores preocupados com o desenvolvimentos de alunos e de pais que tentam proporcionar sempre o melhor aos seus filhos. O documentário também aborda o silêncio epidêmico das escolas dos Estados Unidos, onde a cola se tornou uma prática bem como doenças relacionadas ao stress e à depressão.

2009

85

17 A educação proibida

A Educação Proibida é um documentário que se propõe a questionar as lógicas da escolarização moderna e a forma de entender a educação, focando em experiências educacionais diferentes, não convencionais, que buscam um novo paradigma educativo.

2012

115

18 Jonas e o circo sem lona

Filho e neto de artistas de circo, Jonas tem seu próprio circo improvisado, frequentado pelos moradores do pobre bairro onde vive, na Bahia. É ele quem coordena os números, prepara os figurinos, a música e controla os ingressos. O garoto pretende abandonar a escola para viver num circo itinerante, mas a mãe prefere que ele permaneça na escola. Entre sonhos e responsabilidades, o lúdico das artes circenses mostra caminhos possíveis para Jonas

2017

82

19 Educação.doc

Esta série de documentários direciona para uma importante reflexão: como será a escola daqui a 50 anos? Afinal, pensar a escola é imprescindível para conhecer onde as crianças aprenderão e o que aprenderão, e como esta educação pode transformar o Brasil, inclusive por meio das brincadeiras. Ao dialogar diretamente com os anseios da população, mostra que, talvez, para conquistarmos um padrão elevado de educação, tenhamos que focar nos heróis desconhecidos, articulados e competentes que já iniciaram uma discreta e profunda transformação na educação do país.

2014

150

20 O fim do recreio

Recheado de vibrantes brincadeiras infantis, o curta-metragem apresenta reflexões sobre um possível fim do recreio escolar pretendido por um projeto de lei, no Congresso Nacional. Enquanto isso, em uma escola municipal de Curitiba, no Paraná, um grupo de crianças pode mudar toda essa história ao defender a importância do brincar.

2012

17

21 A revolução das escolas

O documentário mostra que depois da 1ª Guerra Mundial, pensadores como Maria Montessori, Célestin Freinet, Ovide Decroly e Alexander S. Neill estavam em um processo revolucionário na educação, buscando formas de ensino centralizadas nas crianças. A ascensão do fascismo, porém, arrebatou suas iniciativas, afetando até hoje o método usado pelas escolas.

2016

52

22 Uma lição de discriminação

Este documentário acompanha uma experiência em uma escola primária que mostra o quão rapidamente as crianças podem assimilar a discriminação e todas as suas repercussões. Uma professora do ensino primário em Quebec conduziu um experimento no qual ela afirmou que estudos científicos provam que as crianças menores são geralmente mais criativas e inteligentes, e as mais altas são desajeitadas e preguiçosas. Ela dividiu sua turma com base nessas suposições. No dia seguinte, ela virou o jogo e fez com que se invertessem os papéis.

2006

43

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Os algoritmos na vida cotidiana

Os algoritmos na vida cotidiana

Os algoritmos na vida cotidiana


Os códigos computacionais estão embutidos em vários dos objetos técnicos da vida cotidiana, havendo necessidade de estudá-los também no âmbito da educação.
Antenado com esta situação, o GEC tem se debruçado sobre essa questão para saber como os algoritmos interferem nas formas como as pessoas se educam.
Essa discussão foi levada para a comunicação de massa por meio da publicação de artigo Os algoritmos na vida cotidiana, de autoria do doutorando Cleonilton da Silva Souza, no jornal A Tarde, seção Opinião, versão impressa, de 28 dez 2020.
Veja a íntegra do texto abaixo ou baixe o artigo original em nossa biblioteca de mídia.

Boa leitura!


OS ALGORITMOS NA VIDA COTIDIANA

Cleonilton Souza doutorando em educação – GEC/FACED/UFBA – cleonilton@gmail.com

De coisas simples como fazer notificações de aniversário a realizar monitoramento de pressão cardíaca, os algoritmos, esses códigos utilizados para construir aplicações computacionais, fazem parte do dia a dia. Embutidos nos smartphones, nos tablets, nos computadores de mesa e em equipamentos eletrônicos como relógios e GPS, nem sequer notamos a presença desses artefatos técnicos.

Os algoritmos são quase desconhecidos pela população e poucos são os profissionais que têm domínio sobre o funcionamento desses códigos. Assim, o conhecimento de algoritmos fica restrito aos profissionais da computação, que são os criadores dessa tecnologia.

Em algumas ocasiões, por exemplo, profissionais de comunicação se apropriam das especificidades desses códigos nas atividades de marketing digital e propaganda automatizada, mas o acesso às funcionalidades dos códigos é ainda parcial.

A convivência corriqueira com esses entes não humanos desenvolveu um uso automático e acrítico, sem que as pessoas questionem, inclusive, as ações dos algoritmos. Enquanto isso, o mundo gira em torno de decisões econômicas, políticas e sociais mediadas por códigos computacionais não transparentes.

É preciso frisar que os algoritmos estão sujeitos a falhas de construção e, como qualquer objeto criado pelo humano, podem trazer resultados inesperados para a vida das pessoas. Imagine as consequências da identificação equivocada de uma imagem em um “caso jurídico”? Ou a recomendação inadequada no direcionamento de um carro feita por um serviço de GPS? Ou ainda os usos intencionais de robôs em processos eleitorais com o intuito de fomentar desinformação?

Os algoritmos não são infalíveis nem neutros, e o conhecimento sobre esses artefatos não poderá ficar restrito aos profissionais que os criaram. É preciso pensar formas de a sociedade não ficar subjugada a códigos restritos quando estes influenciam e condicionam o modo de viver cotidiano.

Surge assim o desafio de sociedade, Estado e criadores de algoritmos elaborarem formas para que esses artefatos se tornem menos opacos para a população.

A educação para a cultura do algoritmo é também outro fator preponderante. Se as preocupações de educação elementar eram voltadas para a aprendizagem da cultura alfanumérica, do ler, escrever e calcular, precisamos repensar as práticas educacionais e voltarmos nossos olhares para aprendizagens que digam respeito ao mundo mediado por algoritmos.

É este o grande desafio: os cidadãos precisam compreender a lógica de funcionamento dos algoritmos e ter proficiência em identificar as ações desses artefatos, quanto às consequências que os códigos computacionais possam trazer para a vida cotidiana.

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Silenciando voces: escritura y violencia en los comentarios de FACEBOOK en tres medios de comunicación costarricenses

David Pérez Retana. Silenciando voces: escritura y violencia en los comentarios de FACEBOOK en tres medios de comunicación costarricenses. 2021 (dprako@gmail.com).  Orientadora:  Verónica Sofia Ficoseco. (Baixar PDF)

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Estudo do GEC aborda a violência nas redes sociais digitais

O estudo intitulado “Silenciando voces” é o resultado final do processo de mestrado do estudante David Pérez Retana, sob a orientação da doutora Verónica Ficoseco. A dissertação foi defendida no dia 22 de março e banca esteve conformada pelo doutor Edvaldo Sousa Couto, o doutor Gabriel Cevallos e a doutora Magalí Pérez.
Resumo da dissertação:
O estudo analisa um conjunto de comentários identificados como violentos, publicados por “interagentes” nas contas do Facebook de três jornais da Costa Rica, durante o primeiro trimestre de 2020. Os comentários correspondem a opiniões sobre diferentes notícias naqueles jornais. Em particular, são analisados ​​aqueles eventos comunicativos que fazem referência direta às habilidades de escrita de alguns usuários, a fim de censurar ou invalidar suas opiniões. A análise busca responder as seguintes perguntas de pesquisa: como esse tipo específico de violência se manifesta nos comentários de três mídias da Costa Rica no Facebook e como se relaciona com as formas de censura, silenciamentos e disciplina? Quais são as condições extralinguísticas em que esses atos de violência são desenvolvidos? Como se manifesta a descortesia verbal no momento de indicar os erros linguísticos identificados nos comentários? De que forma se articulam-se as dinâmicas de violência e de resistência nestes atos e como eles podem se vincular com as práticas disciplinarias?
Veja mais em:
Dissertação David Pérez
Conheça mais dissertações produzidas no GEC

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O algoritmo como questão social

Algoritmos de destruição em massa - ADM

Algoritmos de destruição em massa – ADM


A sigla ADM é um trocadilho para discutir a ideia sobre Algoritmos de Destruição em Massa, em lugar da significação Armas de Destruição em Massa.
Pois é, a matemática e cientista de dados Cathy O’Neil provoca o leitor quando traz para o debate algumas das consequências dos algoritmos na vida cotidiana, com o livro Algoritmos de destruição em massa – como o big data aumenta a desigualdade e ameaça a democracia.
O livro aborda como os algoritmos, esses códigos computacionais, interferem na vida do cidadão em questões como busca de emprego, processo eleitoral, compras on-line, aquisição de seguros ou busca de informações na internet.
Para Cathy, os algoritmos podem ser usados para produzir desigualdades sociais e prejudicar a população mais pobre.
Cathy O’Neil sinaliza para uma discussão necessária, em que algoritmos e big data são tratados não-somente como questão técnica, mas também como questão social.
O livro é um convite à boa polêmica e é uma leitura necessária nesses tempos do avanço dos usos de algoritmos, big data e internet das coisas de forma corrente e intensa.
Fica a dica de leitura!
Dados do livro:
Algoritmos de destruição em massa – como o big data aumenta a desigualdade e ameaça a democracia, Cathy O’Neil, editora Rua do Sabão, 2020, tradução (do inglês) de Rafael Abraham, 343 p.
 

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Artigo de Carla Aragão e Lilian Bartira sobre aulas remotas na UFBA.

É TUDO PARA ONTEM, UFBA

por Carla Aragão e Lilian Bartira Silva

 Jornalistas, educadoras e doutorandas em Educação- Grupo de Pesquisa Educação Comunicação e Tecnologias (GEC) – FACED/UFBA

O Semestre Letivo Suplementar (SLS) da Universidade Federal da Bahia chegou ao final em 18/12 com uma incógnita: quais foram os aprendizados e como eles vão pautar o primeiro semestre de 2021 que inicia-se em fevereiro próximo? Não temos uma resposta oficial, tampouco um convite para construirmos essa resposta coletivamente, apenas uma certeza: é tudo para ontem. Esse sentido de urgência, aliada a uma perspectiva crítica, criativa e inclusiva, precisa pautar os encaminhamentos que serão tomados, à luz de uma profunda análise do SLS, a despeito de promover uma ampliação dos abismos existentes. 

Duas importantes pesquisas revelam pontos de alerta. A primeira, realizada em abril de 2020, contou com 12.537 respondentes, revelou que quase um terço dos graduandos tem renda familiar de até 1,5 salário-mínimo; destes, 42% afirmam não dispor de recursos para manutenção dos serviços de internet; 46% não têm conexão de qualidade; e 39% não têm os equipamentos necessários. Entre os pós-graduandos, quase metade dos que possuem o mesmo perfil de renda afirma não ter recursos para acesso à internet e 29% não têm equipamentos suficientes. A segunda pesquisa, realizada no início do SLS, revelou que aproximadamente 29 mil alunos aderiram à proposta, entretanto, desconhecemos como se deu o engajamento dos estudantes, uma vez que os dados foram coletados em setembro.

A disciplina Polêmicas Contemporâneas, por exemplo, computou mais de 1.600 matriculados, alcançando uma taxa de 31,5% de concluintes com aprovação. Em avaliação realizada em seu último debate, pontos nevrálgicos foram levantados por representantes do Diretório Acadêmico e da Associação dos Pós-graduandos. Segundo eles, muitos entraves dificultaram a permanência dos estudantes: ausência de oferta de disciplinas obrigatórias; número de vagas reduzido em grande parte dos componentes; problemas de conectividade domiciliar; rotinas exaustivas, sobretudo, para as mães estudantes; exigência de produtividade pelas agências de fomento à pesquisa; evasão em função de problemas psicológicos; e contexto externo adverso por conta da pandemia.

Diante da morosidade do governo federal, dos anúncios de cortes orçamentários, do negacionismo científico, das “intervenções” nas universidades com a nomeação de reitores, das trocas de ministros no MEC, entre tantos outros absurdos, as universidades tiveram que construir seus próprios caminhos, não só para garantir o fazer científico, mas para acolher sua comunidade. O SLS da UFBA revelou que os processos precisam ser aperfeiçoados, mas indicou também que o caminho é manter-se no movimento de (re)existência. As Universidades, especialmente as públicas, precisam se posicionar nesse lugar de vitalidade, de crítica, de criatividade e, principalmente, de construção coletiva de saberes que nos ajudarão a seguirmos em frente durante e pós pandemia.

Link para o .pdf da página do Jornal. Clique Aqui.

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Artigo de Kelly Alves e Tarcísio Sant’Ana sobre Rádio e Educação

O rádio e a educação, a pandemia e a radiodifusão educativa na Bahia
por Kelly Ludkiewicz Alves, Professora da Faculdade de Educação da Ufba e Tarcísio Sant’Ana, Estudante de História (bolsista Pibic)
N a pandemia a angústia tem sido companheira de estudantes e profissionais da educação com a correta suspensão das aulas presenciais nas escolas e universidades. A internet passou a ser o espaço para os encontros educativos, porém, diante dos problemas ligados à conexão, à desigualdade nas condições de acesso e às dificuldades de professores e estudantes com as aulas remotas, reacendeu-se a discussão sobre a importância da escola, do acesso ao conhecimento e à educação de qualidade para toda a sociedade.
Um dos caminhos para enfrentar os desafios que a pandemia coloca a nós educadores está incorporado ao cotidiano dos brasileiros. Trata-se do rádio, que por suas qualidades técnicas e potencial de alcance tem sido historicamente um veí- culo importante de educação no Brasil. As primeiras experiências datam dos anos 30 e desde o início da pandemia não foram raras as notícias sobre o uso de aulas radiofônicas para transmissão de conteúdos escolares, sobretudo, nas zonas rurais onde o acesso à internet é ainda mais precário.
A Bahia é pioneira na radiodifusão edu- cativa em âmbito estadual com a produção de conteúdos na década de 60, por meio de parcerias da Secretaria de Educação com o Ministério da Educação, mais sindicatos, associações, igrejas e movi- mentos sociais, através do conhecido Movimento de Educação de Base (MEB). O rádio foi uma alternativa bem-sucedida diante da extensão territorial do Estado, da ausência de escolas em muitas cidades e da necessidade de acesso da população à alfabetização e à educação.
Foi a partir destas experiências que em 1969 foi criado o Irdeb (Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia), órgão que passou a produzir programas educativos radiofônicos, como o Ginásio do Ar, que transmitia em 11 meses, o 1o ciclo do então curso Secundário. O Irdeb, com a Rádio Educadora (fundada em 1978), possui em seus arquivos um rico material histórico de boa parte destas experiências que, por sua importância, precisam ser preserva- dos e acessados por pesquisadores e do- centes, pois são fontes valiosas tanto para a história e memória da radiodifusão educativa, como para construirmos possibilidades de utilização do rádio na edu- cação na atualidade.
Diante dos desafios que vivenciamos na pandemia, para levarmos a escola às casas baianas, já que a volta às aulas presenciais ainda não é segura para alunos, professores e suas famílias, e tendo em vista que a internet está longe de ser acessível a toda a sociedade, devemos buscar e valorizar o uso do rádio como política pública educacional neste e em outros contextos. A Bahia possui uma infraestrutura de rádios por todo o Estado e a experiência acumulada pelo Irdeb. O rádio está nos celulares, nas residências e inscrito em nossa cultura, como um companheiro diário de todos nós.
 
Link para o .pdf da página do Jornal. Clique Aqui.

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