Finalização do curso de introdução à montagem e manutenção de computadores

O curso de Introdução à montagem e manutenção de computadores realizado pelo instrutor Rodrigo Correia na Faculdade de Educação da UFBA (FACED), integrante do projeto, foi finalizado com sucesso.

Tinha-se como objetivo passar os fundamentos básicos do funcionamento de um computador (composição, contexto histórico, etc), bem como a realização de sua manutenção.

As aulas foram modularizadas de acordo com as funções dos computadores. Você pode conferir o material digitalizado clicando nos links abaixo!

Aula Processadores

Aula Placa Mãe

Aula Memoria

Aula HD

Direito à comunicação na Jornada de Agroecologia

Jornada Agroecológica

Jornada Agroecológica no Assentamento Terra Vista

“TerraVista!”

E não é apenas terra porque também avistavam-se árvores, águas, sons, e pessoas de diversas parte do país. Todas envolvidas com a Agroecologia. Tudo isso reunido em um único local.

No período de 13 a 15 de dezembro de 2013, as famílias assentadas e residentes do assentamento Terra Vista na cidade de Arataca/BA, acolheram os participantes da II Jornada Agroecológica da Bahia. Um encontro organizado com muita persistência, a despeito de todos os obstáculos que se apresentam às iniciativas de origem popular que fomentam o debate e o senso crítico. Mas o encontro ocorreu e foi um sucesso segundo a avaliação de seus participantes na plenária de encerramento.

O direito à comunicação foi muitas vezes mencionado. A necessidade de formação contínua para fortalecer os processos de apropriação tecnológica pelas comunidade locais foi insistentemente pontuado por Antônio Carlos Santos Silva, o TC, coordenador da Casa de Cultura Tainã (Campinas/RJ). A democratização do acesso, por meio de mobilização comunitária e da cobrança de políticas públicas, foi o mote das conversas com Marcelo Saldanha, presidente do Instituto Bem Estar Brasil. Convidados que tiveram a presença financiada pelo Projeto Tabuleiros Digitais: formação para a cidadania.

Pode-se observar que o trabalho com tecnologias de informação e comunicação não é novidade para os estudantes da comunidade, pois encontramos produtos de meta-reciclagem e arte com e-lixo, incluindo propostas criativas como a montagem de chocadeiras com carcaças de monitores antigos. Além disso, o assentamento Terra Vista sedia a Escola Estadual Milton Santos, local com laboratório de informática conectado ao sistema GESAC. O laboratório é usado mais fortemente para atividades da escola.

 

Além disso, existe um espaço fora da escola no qual encontram-se alguns computadores para uso livre. Esses computadores são conectados à um serviço de internet que é financiado pela própria comunidade. Contudo, o custo do serviço é relativamente elevado e passa por algumas descontinuidades, devido a intempéries. O acesso à rede sem fio também é reduzido, pois o sinal é pouco intenso.

Considerando o contexto observado, o assentamento Terra Vista conta com condições favoráveis para instalação de uma internet comunitária, como alternativa à melhoria do serviço prestado atualmente.

 

 

 

Flávia Lefèvre fala sobre o Marco Civil da Internet

Flávia Lefreve  é defensora da internet como espaço livre, neutro e democrático e portanto, acompanha intensamente o movimento em torno da elaboração do Marco Civil da internet.

Sobre esse tema, conversamos com a Advogada em entrevista gravada no espaço ÉduCanal. O vídeo, dividido em dois arquivos, pode ser acessado pelo portal RIPE (Rede de Intercâmbio de Produção Educativa), clicando aqui.

[http://ripe.ufba.br/nlpretto/videos/flaviapart01-audio.mov] Parte 1

[http://ripe.ufba.br/nlpretto/videos/flavia-lefevre-parte2.ogg] Parte 2

Direitos de cidadão, direitos de consumidor: polêmicas da saúde

A advogada e coordenadora da Frente dos Consumidores de Telecomunicações, Flávia Lefèvre Guimarães foi convidada pelo projeto Tabuleiros Digitais: formação para a Cidadania, para compor uma mesa de debates realizada na disclipina Polêmicas Contemporâneas, sob coordenação do Prof. Nelson Pretto.

A mesa, intitulada “Polêmicas Contemporâneas: Cidadania e consumidor: planos e seguro de saúde” contou com a participação de Ronaldo Jacobina – Faculdade de Medicina da UFBA; Dra. Débora Angeli – representante do Sindicato dos Médicos na Comissão Estadual de Honorários Médicos e Cons. Dr. Otavio Marambaia – CREMEB.

Essa foi uma importante contribuição do Projeto Tabuleiros Digitais à discussões que circundam a temática “Comunicação, um direito”, deslocando-a do campo das mídias informacionais e para um campo ainda pouco evidenciado dentro dessa discussão: além das incongruências e contradições na relação público x privado, médico x paciente, a desinformação afeta o acesso à esse que é um direito fundamental de qualquer cidadão, o direito à saúde.

A mesa foi transmitida pela Rádio FACED e o audio encontra-se disponível aqui.

 

Abertas as inscrições para diversos cursos na FACED!

São três opções em diferentes dias e horários. INSCREVA-SE CLICANDO AQUI

1. Ilustração com desenho vetorial e manipulação de imagens, com  Aurélio Heckert
Dias 21, 26 e 28 de novembro –  9h às 12H – Laboratório 1

2. Fundamentos da montagem e manutenção de microcomputadores, com Rodrigo Correia e Leonardo Gama
Dias 25, 27 e 29 de Novembro e dias 02, 04 e 06 de Dezembro –  9h às 12H – Sala do ÉduCANAL/Rádio FACED

3. Comunicação visual científica: Projeto gráfico e diagramação de poster, folder e afins, com Karina Menezes
Dias 20, 25 e 27 de Novembro – 14 às 17H – Laboratório 1

INSCREVA-SE CLICANDO AQUI

 

Produtoras Colaborativas do Nordeste

Reconhecendo a Comunicação como um direito de todos, trazemos para o palco de nossas reflexões a necessária ampliação de espaços de produção colaborativa de conteúdos digitais.

Uma metodologia de criação de Produtoras Colaborativas foi desenvolvida por Pedro Jatobá da Colaborativ@PE, e ele foi convidado através do Projeto Tabuleiros Digitais para coordenar uma mesa com diferentes experiências em Produtoras implementadas no nordeste.

Essa iniciativa tinha, também, como objetivo, fomentar a reapropriação do espaço ÉduCanal da Faculdade de Educação.

A mesa foi transmitida pela Rádio Faced Web e o audio encontra-se disponível aqui ou pela Página da Rádio Faced, na aba Podcast.

OFISEG – A Oficina sobre Segurança na Internet

O Projeto Tabuleiro Digital 2.0, em parceria com o Programa Onda Digital, estará realizando no próximo dia 23 de Outubro, oficinas de orientação sobre o uso seguro da Internet, as chamadas Oficinas Itinerantes sobre Internet Segura (OFISEG).

Mas por que “Itinerantes” ?

Usamos esta nomenclatura por se tratar de um ciclo de ações pontuais sobre um mesmo tema, em  diferentes locais da nossa cidade.

O fato de estar sozinho atrás da tela de um computador enquanto se navega pela Internet, traz a falsa ideia de que o anonimato é garantido, de que as informações sobre cada internauta não é facilmente acessada por terceiros, ou que não existem pessoas mal intencionadas por lá. Então, a OFISEG vem justamente com a ideia de desmitificar e criar um espaço para discussão sobre todas essas crenças, dando uma noção a todos os participantes de como se comportar no mundo virtual, sem estar vulnerável ou comprometendo a sua integridade moral.

Esta ação contará com o apoio da SaferNet http://www.safernet.org.br/.

As inscrições estão abertas até o dia 20 de outubro. Você pode se inscrever preenchendo o formulário a seguir.

Para acessar o formulário, clique AQUI.

As atividades do Tabuleiro Digital no Litoral Sul

BOLETIM DE ATIVIDADES DO TABULEIRO DIGITAL NO TERRITÓRIO DO LITORAL SUL

1º Mutirão Audiovisual

Entre os dias 21 a 24 de junho aconteceu o 1º Mutirão Audiovisual do Terra Vista, uma ação apoiada pelo Tabuleiro Digital1 e realizada pelo assentamento Terra Vista do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, ponto de cultura Casa do Boneco de Itacaré – CBI e por oficineiros com experiência em produção audiovisual. Participaram da atividade jovens e algumas crianças do assentamento, representantes da CBI, integrantes do NEEPA, representantes do Onda Digital, do GEC e de alguns militantes do MST, totalizando 30 pessoas. O projeto Tabuleiro Digital busca promover apropriação das tecnologias da informação e comunicação, através de processos educativos para produção de conteúdo digital em software livre, favorecendo a inclusão sociodigital não apenas na cidade mas também no meio rural.
O assentamento Terra Vista possui grande relevância cultural, social e política para o território. Esta posição de destaque é fruto da filosofia educacional construída ao longo de vinte e três anos e um sonho coletivo das militantes e moradores do lugar “de que os filhos e filhas dos assentados e assentadas saíssem do assentamento como doutores.” Desde a ocupação ao latifúndio e estruturação do acampamento o que antes era pasto para os bois e capoeira abandonada foi sendo transformado em uma comunidade camponesa de exercício da cidadania. Não é a toa que o assentamento oferece diversos cusros para crianças, jovens e adultos de todo o território Litoral Sul, com destaque para o ensino fundamenal I e II, ensino médio profissionalizante, curso técnico em Agropecuária, ensino superior no curso de Agronomia para beneficiários da Reforma Agrária e a especialização em Agroecologia para Agricultura Familiar.
Durante os três dias de mutirão os participantes puderam refletir sobre a linguagem audiovisual, reelaborar práticas e princípios de produção colaborativa e contribuir com demandas de comunicação no território do Litoral Sul.Na cultura camponesa o mutirão é convocado para realizar alguma ação que sozinho seria inviável, assim os vizinhos e vizinhas a realizam em coletivo. No caso do mutirão audiovisual o trabalho era de organizar o material filmado durante a 1ª Jornada de Agroecologia da Bahia, realizada em Dezembro de 2012, e produzir pequenos vídeos para contar um pouco da história do que foi o encontro a partir do discurso dos índigenas, quilombolas e camponeses, todos produtores rurais e princípais sujeitos presentes na Jornada de Agroecologia.
Os participantes do mutirão audiovisual se dividiram em dois grupos de trabalho: o primeiro teve por objetivo selecionar os vídeos, catalogá-los e construir um roteiro e montar 5 curtas de com este material; o segundo grupo colocou em prática todo o processo de produção, desde o registro imagético e audiovisual, decupagem, roteiro e edição. Foi formada também uma turma de crianças, que não estava no planejamento inicial, mas quando nos deparamos com a quantidade de crianças e de adolescentes que permaneceram “colados” nas atividades, ficou clara a necessidade de preparar momentos adequados a esses participantes especiais, cheios de desejo de aprender. Esta turma construiu uma animação que narrou um dia de brincadeiras no assentamento. A animação foi feita usando a técnica de stop motion que usa uma sequência de fotos e gravação de audio para transformá-lo num curta.

http://www.youtube.com/watch?v=LPnJYliXOR0

1. Criado e implementado pela primeira vez em 2004, pelo Grupo de Pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologias (GEC), vem, ora se expandindo pelo Estado da Bahia, ora enfrentando sérias dificuldades, pela falta de recurso para manutenção e reposição de equipamentos, e para a permanência dos agentes de inclusão digital em seus espaços formativos. Recentemente, numa dessas dinâmicas, o projeto foi reestabelecido após aprovado pelo MEC, no edital MEC SESU 2013, como programa “Tabuleiro Digital: formação para cidadania” uma parceria entre o Núcleo de Estudos e Práticas em Políticas Agrárias (NEEPA), Onda Digital e GEC.

Além de atividades práticas o mutirão possibilitou espaços de roda de conversa visando a reflexão dos participantes sobre o poder da linguagem audiovisual na construção de um discurso. A linguagem audiovisual esteve presente desde o início da trajetória dos movimentos sociais do campo, seja nas mãos da classe burguesa com um discurso enviesado, negativo e parcial das ações e práticas dos movimentos, ou pela produção dos parceiros dos movimentos, que buscando se contrapor a tal enviesamento, propunham produzir a versão audiovisual dos trabalhadores, à serviço dos movimentos sociais. O avanço tecnológico da última década, somado às conquistas dos movimentos sociais na área de comunicação e cultura, proporcionou ao povo maior acesso aos meios de produção audiovisual. Uma vez conquistados o desafio é a apropriação da técnica e linguagem audiovisual e, a partir dai, o passo seguinte é construir não só uma linguagem, mas uma prática audiovisual que fosse realizada pelo povo e não apenas pelas organizações parceiras. “Em poucas palavras, se a história é nossa deixa que nois escreve.”

http://www.youtube.com/watch?v=m7jjltFXAaI

Estavamos construíndo narrativas sobre a 1ª Jornada de Agroecologia da Bahia e debatendo sobre o poder da linguagem audiovisual num espaço plural, com universitários, profissionais do cinema, jovens do assentamento, quilombolas e indegenas, quando os questionamentos se o Tabuleiro Digital estaria restrito ao assentamento Terra Vista ou se poderiam apoiar toda o território foram feitos. Alguns dos presentes destacaram que as demanda da comunicação eram similares em toda o território, permeado todos aqueles sujeitos. Assim, um dos desafios colocados para um projeto de extensão no território do Litoral Sul, como o Tabuleiro Digital, era de relizar ações que possam convergir em melhorias para o território e não apenas no assentamento Terra Vista como estava previsto inicialmente.

Uma dos frutos da Jornada foi a consolidação de uma rede de agroecologia chamada de Teia de Agrecologia dos Povos da Cabruca e da Mata Atlântica, como um movimento que envolveria indigenas, sem terras, pequenos agricultores, quilombolas e todas aquelas que tinha como desafio difundir o modo de vida agroecólogico e promover unidades a partir das ações práticas. Assim, o Tabuleiro Digital precisaria mais tempo para pensar como seriam ações que atendessem as demandas de tantos sujeitos, quais suas prioridades e que práticas pedagógicas usar com cada grupo, mas o desafio estava lançado, e ficaria para o próximo encontro dar resposta a essas demandas.

Como resultado do mutirão, destacamos a realização de 18 horas de oficinas, produção de quatro vídeos com materiais gravados na 1ª Jornada de Agroecologia, realizada em dezembro de 2012 no assentamento. Além de duas novas produções, um vídeo sobre o ciclo de produção agroecologico do cacau fino, um dos principais produtos do assentamento e uma animação do tipo stop motion, trabalho dos sem-terrinha. Além de publicação de 3 materias em blogs e a crianção de um canal de divulgação de vídeos na internet.

http://www.youtube.com/user/audiovisualdospovos

XII Caruru de Ibeji e as Pedagogingas: para celebrar, aprender e partilhar novos modos de vida e beleza!

A Casa do Boneco de Itacaré – Bahia realizou, durante os dias 25 a 29 de setembro, o XII Caruru de Ibeji e as Pedagogingas. Evento maior da entidade, que acontece todos os anos, é um momento de celebração para as crianças e tem como foco a ancestralidade africana a partir da convergência de trocas de saberes entre todas as gerações, provocando outra perspectiva educacional. A Casa então disponibiliza para os visitantes aquilo que ela já é: um território de aprendizados, de axé, de vivência profunda e de convite a pensar caminhos que construam modos de vida com mais dignidade e afirmação identitária.

Nessa imersão entre práticas tradicionais e de ancestralidades, as tecnologias de informação e comunicação também estavam presentes. Integrantes do Tabuleiro Digital e componentes da Brigada Audio Visual promoveram oficinas de fotografia e técnicas de audio-visual. Destaca-se que, dentre os mediadores, estavam jovens do assentamento Terra Vista que passaram pelos processos formativos promovidos pela equipe do Tabuleiro Digital.

Confira a matéria completa sobre o Caruru de Ibeji está disponível em Casa do Boneco.

Rádio, Arte e Política com Professor Mauro Costa Rego Sá

Na onda das conversas, bate-papos e reflexões que circulam o tema Comunicação, um direito, mote do Projeto Tabuleiros Digitais: formação para a Cidadania.

A Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia recebeu o professor e pesquisador da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Mauro Sá Rego Costa, para discutir sobre “Rádio, Arte e Política”, tema-título de seu mais recente livro. O evento foi promovido pelo Projeto Tabuleiro Digital, teve seu inicio na quarta-feira (21/08) e encerramento na sexta-feira (23/08), com a participação de Mãe Beth de Oxum, da Rádio Amnésia de Pernambuco.

Do bate-papo com o professor Mauro emerge o caráter subversivo da Rádio e das ações para se constituir rádios comunitárias livres. Reside aí, umas das dimensões políticas do processo, tanto no que se refere aos aspectos educativos quanto aos aspectos artísticos.

As dificuldades vividas pelas rádios comunitárias, diante de uma política de comunicação baseada no conhecimento em massa e no monopólio dos canais de produção e transmissão de conhecimento, foram colocados na roda, tendo como alternativas, as produções independentes disseminadas via internet.

Entre experimentos poéticos, programas acadêmicos e a criação de uma ambientação com sons naturais, Mauro Costa foi afirmando umas das máximas que trouxe no dia anterior: fazer rádio é muito divertido.

(Parte dessa postagem foi divulgada na página do GEC.)