OFISEG – A Oficina sobre Segurança na Internet

O Projeto Tabuleiro Digital 2.0, em parceria com o Programa Onda Digital, estará realizando no próximo dia 23 de Outubro, oficinas de orientação sobre o uso seguro da Internet, as chamadas Oficinas Itinerantes sobre Internet Segura (OFISEG).

Mas por que “Itinerantes” ?

Usamos esta nomenclatura por se tratar de um ciclo de ações pontuais sobre um mesmo tema, em  diferentes locais da nossa cidade.

O fato de estar sozinho atrás da tela de um computador enquanto se navega pela Internet, traz a falsa ideia de que o anonimato é garantido, de que as informações sobre cada internauta não é facilmente acessada por terceiros, ou que não existem pessoas mal intencionadas por lá. Então, a OFISEG vem justamente com a ideia de desmitificar e criar um espaço para discussão sobre todas essas crenças, dando uma noção a todos os participantes de como se comportar no mundo virtual, sem estar vulnerável ou comprometendo a sua integridade moral.

Esta ação contará com o apoio da SaferNet http://www.safernet.org.br/.

As inscrições estão abertas até o dia 20 de outubro. Você pode se inscrever preenchendo o formulário a seguir.

Para acessar o formulário, clique AQUI.

As atividades do Tabuleiro Digital no Litoral Sul

BOLETIM DE ATIVIDADES DO TABULEIRO DIGITAL NO TERRITÓRIO DO LITORAL SUL

1º Mutirão Audiovisual

Entre os dias 21 a 24 de junho aconteceu o 1º Mutirão Audiovisual do Terra Vista, uma ação apoiada pelo Tabuleiro Digital1 e realizada pelo assentamento Terra Vista do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, ponto de cultura Casa do Boneco de Itacaré – CBI e por oficineiros com experiência em produção audiovisual. Participaram da atividade jovens e algumas crianças do assentamento, representantes da CBI, integrantes do NEEPA, representantes do Onda Digital, do GEC e de alguns militantes do MST, totalizando 30 pessoas. O projeto Tabuleiro Digital busca promover apropriação das tecnologias da informação e comunicação, através de processos educativos para produção de conteúdo digital em software livre, favorecendo a inclusão sociodigital não apenas na cidade mas também no meio rural.
O assentamento Terra Vista possui grande relevância cultural, social e política para o território. Esta posição de destaque é fruto da filosofia educacional construída ao longo de vinte e três anos e um sonho coletivo das militantes e moradores do lugar “de que os filhos e filhas dos assentados e assentadas saíssem do assentamento como doutores.” Desde a ocupação ao latifúndio e estruturação do acampamento o que antes era pasto para os bois e capoeira abandonada foi sendo transformado em uma comunidade camponesa de exercício da cidadania. Não é a toa que o assentamento oferece diversos cusros para crianças, jovens e adultos de todo o território Litoral Sul, com destaque para o ensino fundamenal I e II, ensino médio profissionalizante, curso técnico em Agropecuária, ensino superior no curso de Agronomia para beneficiários da Reforma Agrária e a especialização em Agroecologia para Agricultura Familiar.
Durante os três dias de mutirão os participantes puderam refletir sobre a linguagem audiovisual, reelaborar práticas e princípios de produção colaborativa e contribuir com demandas de comunicação no território do Litoral Sul.Na cultura camponesa o mutirão é convocado para realizar alguma ação que sozinho seria inviável, assim os vizinhos e vizinhas a realizam em coletivo. No caso do mutirão audiovisual o trabalho era de organizar o material filmado durante a 1ª Jornada de Agroecologia da Bahia, realizada em Dezembro de 2012, e produzir pequenos vídeos para contar um pouco da história do que foi o encontro a partir do discurso dos índigenas, quilombolas e camponeses, todos produtores rurais e princípais sujeitos presentes na Jornada de Agroecologia.
Os participantes do mutirão audiovisual se dividiram em dois grupos de trabalho: o primeiro teve por objetivo selecionar os vídeos, catalogá-los e construir um roteiro e montar 5 curtas de com este material; o segundo grupo colocou em prática todo o processo de produção, desde o registro imagético e audiovisual, decupagem, roteiro e edição. Foi formada também uma turma de crianças, que não estava no planejamento inicial, mas quando nos deparamos com a quantidade de crianças e de adolescentes que permaneceram “colados” nas atividades, ficou clara a necessidade de preparar momentos adequados a esses participantes especiais, cheios de desejo de aprender. Esta turma construiu uma animação que narrou um dia de brincadeiras no assentamento. A animação foi feita usando a técnica de stop motion que usa uma sequência de fotos e gravação de audio para transformá-lo num curta.

http://www.youtube.com/watch?v=LPnJYliXOR0

1. Criado e implementado pela primeira vez em 2004, pelo Grupo de Pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologias (GEC), vem, ora se expandindo pelo Estado da Bahia, ora enfrentando sérias dificuldades, pela falta de recurso para manutenção e reposição de equipamentos, e para a permanência dos agentes de inclusão digital em seus espaços formativos. Recentemente, numa dessas dinâmicas, o projeto foi reestabelecido após aprovado pelo MEC, no edital MEC SESU 2013, como programa “Tabuleiro Digital: formação para cidadania” uma parceria entre o Núcleo de Estudos e Práticas em Políticas Agrárias (NEEPA), Onda Digital e GEC.

Além de atividades práticas o mutirão possibilitou espaços de roda de conversa visando a reflexão dos participantes sobre o poder da linguagem audiovisual na construção de um discurso. A linguagem audiovisual esteve presente desde o início da trajetória dos movimentos sociais do campo, seja nas mãos da classe burguesa com um discurso enviesado, negativo e parcial das ações e práticas dos movimentos, ou pela produção dos parceiros dos movimentos, que buscando se contrapor a tal enviesamento, propunham produzir a versão audiovisual dos trabalhadores, à serviço dos movimentos sociais. O avanço tecnológico da última década, somado às conquistas dos movimentos sociais na área de comunicação e cultura, proporcionou ao povo maior acesso aos meios de produção audiovisual. Uma vez conquistados o desafio é a apropriação da técnica e linguagem audiovisual e, a partir dai, o passo seguinte é construir não só uma linguagem, mas uma prática audiovisual que fosse realizada pelo povo e não apenas pelas organizações parceiras. “Em poucas palavras, se a história é nossa deixa que nois escreve.”

http://www.youtube.com/watch?v=m7jjltFXAaI

Estavamos construíndo narrativas sobre a 1ª Jornada de Agroecologia da Bahia e debatendo sobre o poder da linguagem audiovisual num espaço plural, com universitários, profissionais do cinema, jovens do assentamento, quilombolas e indegenas, quando os questionamentos se o Tabuleiro Digital estaria restrito ao assentamento Terra Vista ou se poderiam apoiar toda o território foram feitos. Alguns dos presentes destacaram que as demanda da comunicação eram similares em toda o território, permeado todos aqueles sujeitos. Assim, um dos desafios colocados para um projeto de extensão no território do Litoral Sul, como o Tabuleiro Digital, era de relizar ações que possam convergir em melhorias para o território e não apenas no assentamento Terra Vista como estava previsto inicialmente.

Uma dos frutos da Jornada foi a consolidação de uma rede de agroecologia chamada de Teia de Agrecologia dos Povos da Cabruca e da Mata Atlântica, como um movimento que envolveria indigenas, sem terras, pequenos agricultores, quilombolas e todas aquelas que tinha como desafio difundir o modo de vida agroecólogico e promover unidades a partir das ações práticas. Assim, o Tabuleiro Digital precisaria mais tempo para pensar como seriam ações que atendessem as demandas de tantos sujeitos, quais suas prioridades e que práticas pedagógicas usar com cada grupo, mas o desafio estava lançado, e ficaria para o próximo encontro dar resposta a essas demandas.

Como resultado do mutirão, destacamos a realização de 18 horas de oficinas, produção de quatro vídeos com materiais gravados na 1ª Jornada de Agroecologia, realizada em dezembro de 2012 no assentamento. Além de duas novas produções, um vídeo sobre o ciclo de produção agroecologico do cacau fino, um dos principais produtos do assentamento e uma animação do tipo stop motion, trabalho dos sem-terrinha. Além de publicação de 3 materias em blogs e a crianção de um canal de divulgação de vídeos na internet.

http://www.youtube.com/user/audiovisualdospovos

Boletim de atividades do Tabuleiro Digital no Litoral Sul

1º Encontro de Comunicação Comunitária e Produção Audiovisual

Entre os dias 19, 20 e 21 de Julho aconteceu no Assentamento Terra Vista, localizado no município de Arataca-BA, o “Encontro de Produção Audiovisual e Comunicação Comunitária” uma ação promovida pelo Tabuleiro Digital e realizada num esforço de estruturar a comunicação em suas comunidades, contribuindo na luta das organizações populares.

O encontro envolveu os moradores do assentamento, militantes do MST, representantes do ponto de cultura Casa de Boneco, representantes de comunidades Quilombolas de Lagoa Santa e Itacaré, juventude indígena da Aldeia Caramuru-Catarina Paraguaçu de Pau Brasil. Além destes importantes sujeitos do território Litoral Sul, estavam presentes membros do Núcleo de Estudos e Práticas em Políticas Agrárias (NEPPA), do Grupo de Ação Interdisciplinar em Agroecologia (GAIA), da Rede Mocambos e integrantes do projeto Tabuleiros Digitais, totalizando 50 pessoas.

Dentre as rodas de conversa os participantes debateram a importância da comunicação como ferramenta de luta social, sendo que divulgar a visão do movimento social de suas ações é compromisso mínimo que os comunicadores populares devem assumir. Para isso é necessário construir, dentro dos movimentos e organizações, novas perspectivas de luta, protagonizando a participação da juventude, muitas vezes destituída do direto a palavra, sendo estes os sem vozes dentre os sem voz.

Nesta perspectiva os movimentos e organizações presentes destacaram a centralidade de espaços de aprendizado onde os membros das organizações tenham a cultura digital em foco. Sendo uma demanda partilhada, foi feito o encaminhamento de consolidar um coletivo de comunicadores populares formado por diferentes movimentos e organização reunidos no evento, cujo o objetivo principal é consolidar-se enquanto uma instância pedagógica de formação de multiplicadores por todo o território. Foi definido que a apropriação da linguagem audiovisual como uma estratégia central, mas que o coletivo não seria restrito a uma única temática, cabendo rádio, blogagem, assessoria de imprensa, comercialização, mobilização de recursos e outras. Este coletivo foi chamado de Brigada Audiovisual dos Povos.

Ficou claro porém, que cursos, mini-cursos e oficinas quando desarticulados do acesso aos meios de produção digital (computadores, gravadores de áudio, filmadoras, câmeras fotográficas, a banda larga de qualidade) não são efetivos. A apropriação de qualquer tecnologia demanda a experimentação, a itinerância, o percurso, os erros, acertos. Não adianta falar de inserir a juventude como protagonista da cultura digital, com o desafio de desconstruir a deturpada ideia que a grande mídia construiu referente a luta popular, sem o acesso destes jovens as ferramentas e saberes necessários a esta edificação de contra valores dentro e fora das das organizações sociais.

Diante destes desafios foi construído coletivamente os princípios e objetivos da Brigada na perspectiva da produção audiovisual. De acordo com a carta, “no mundo novo que queremos construir, não há lugar para as velhas opressões (racismo, machismo, homofobia) e, diante disso, nos propomos a construir nossa prática, a partir da educação popular e da vivencia comunitária. Queremos criar uma ferramenta contra-hegemonica em relação ao modelo imposto, construindo assim uma linguagem cinematográfica que promova o diálogo com a sociedade a partir dos anseios das organizações que atuam nas lutas populares”.

Além da carta de princípios da Brigada de Audiovisual, durante o encontro foi encaminhada a criação de um espaço virtual de organização interna e um calendário de 2 meses de ações da Brigada de Áudio Visual dos Povos restrito aos membros do coletivo. Dentre os resultados em termos de produtos/conteúdos digitais destacamos as duas postagens em blogs (Casa do Boneco e Voz do Movimento) e um folder de divulgação do evento (1ª imagem no topo deste post).

O Projetosoftwarelivre – Bahia, na sua 2ª Edição da Cartilha de Software Livre, em Abril de 2005 faz algumas considerações a respeito do Tabuleiro Digital, demostrando a importância desse projeto no âmbito da Inclusão Digital.

Tabuleiro Digital

Projeto desenvolvido na FACED/UFBA com o Liceu de Artes e Ofícios. Trata-se de um modelo de móvel que representa mais do que uma simples bancada para suporte de computadores – inspirado em soluções do cotidiano das trabalhadoras do acarajé. O Tabuleiro Digital é reto, sem encostos, sem almofadas, projetado para uso rápido e ágil como o do tempo de comer um bom acarajé ou ler e responder meia dúzia de e-mails.

Por que um tabuleiro digital?

É simples de montar e pode não ter grandes sofisticações de acabamento. Foi desenvolvido para poder ser construído a partir de uma folha padrão de compensando, utilizando-se da sabedoria da baiana de acarajé. Basta cortar, lixar e pintar com verniz naval fosco as peças. Após a montagem, os tabuleiros podem ser dispostos em “ilhas” (agrupamento de tabuleiros isolados). É um modelo prático para adoção em espaços de acesso à internet, como infocentros, telecentros, ciberparques.

Inclusão digital é mais do que ter acesso às máquinas. É o exercício da cidadania na interação com o mundo da informação e da comunicação. O Tabuleiro Digital, tal como os tabuleiros de acarajé da cidade de Salvador da Bahia de Todos os Santos, espalha-se para proveito da comunidade universitária.

Baixe aqui a Cartilha Completa.

Prêmio ARede 2007 – Tabuleiro Digital | Na Bahia, não tem só acarajé.

ARede nº31 novembro 2007

O tabuleiro da baiana também serve para fazer inclusão digital com um projeto desenvolvido em software livre.

O tabuleiro da baiana também serve para fazer inclusão digital com um projeto desenvolvido em software livre.

O projeto está na rede. Como foi desenvolvido em software livre, é só copiar. Mas um aviso aos navegantes: o grande bizu para implementá-lo é conseguir financiamento. É uma das lições que ensinou a experiência do Tabuleiro Digital, projeto gerido pela Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (Faced-UFBA), escolhido como o melhor na categoria Setor Público Federal do Prêmio ARede 2007. Iniciado em 2004, a idéia do projeto era acabar com o mito reinante no imaginário da meninada de que cibercultura, ciberespaço eram coisas sofisticadas, o reinado dos terminais de aço escovado e quetais, como conta seu responsável, Nelson Pretto, diretor da Faced. Essas idéias afastavam as comunidades do entorno da universidade do acesso à internet. Daí, era escolher alguma expressão forte da cultura local, o tabuleiro onde a baiana vende o acarajé.

“Isso é a cara da Bahia”, destaca Pretto, acrescentando que o móvel foi escolhido justamente para desmistificar a idéia de sofisticação. “Quando navegamos desse jeito, mostramos à meninada e, sobretudo aos futuros professores — os licenciandos da UFBA — que quem entra no mundo digital, não muda de planeta”, acrescenta. A escolha do nome e imagem Tabuleiro Digital também expressa os conceitos de informalidade e rapidez que caracterizam o projeto, que se define como uma experiência de articulação educação-cultura-ciência-tecnologia. Os objetivos do Tabuleiro são favorecer a inclusão sóciodigital da comunidade acadêmica da UFBA e da população do seu entorno, em Salvador, e da comunidade do município de Irecê; criar condições para a construção de uma cidadania plena, e para o uso das tecnologias como elemento de redução das desigualdades. E mais: possibilitar aos jovens vindos das camadas populares acesso pleno ao universo da cibercultura.

O tabuleiro funciona nos pátios da Faced, em Salvador, e em Irecê, em local construído pela prefeitura. Na capital, o projeto sofreu uma “deturpação positiva”, relata Pretto: a meninada do entorno da faculdade tomou os tabuleiros. Resultado: como o acesso com conexão rápida à internet (óptica, da RNP) é livre e gratuito, os 20 computadores distribuídos em ilhas de quatro ou duas máquinas não dão para o gasto de licenciandos, funcionários da faculdade e alunos de escolas das proximidades. “A disputa é ferrada, mas todos sabem que, se quebrar, não tem mais.”

Em Irecê, o Tabuleiro tem apoio do pessoal do Ponto de Cultura Anísio Teixeira/Faced Fundamental no projeto é a auto-gestão comunitária. Na Faced, não há um setor de    gerenciamento do uso. Quando necessário, os monitores, vinculados ao Projeto Permanecer, da UFBA, atuam como orientadores. Em Irecê, face à proximidade com o Ponto de Cultura, monitores e voluntários gerenciam o andamento do Tabuleiro. Por tudo isso, destaca Pretto, a arrumação dos tabuleiros está longe de sugerir uma sala de aula. Os usuários são levados a fuçar, cutucar para aprender a usar. Mas descobriu-se um “escorregão”: um banco por tabuleiro é pouco, deviam ser dois, porque os usuários — os meninos, em particular — gostam de fazer juntos, socializar suas experiências no Orkut, jogar.
Em Irecê, a prefeitura dá guarda total ao Tabuleiro, que tem 1,2 mil usuários cadastrados e 50 computadores em ilhas de seis máquinas. Funcionam como na capital, mas com conexão menos rápida. Sob demanda, os tabuleiros também são utilizados pelas 34 escolas de ensino fundamental da localidade. O espaço conta com a colaboração dos Agentes Cultura Viva, numa ação do Ponto de Cultura Ciberparque Anísio Teixeira/Faced, que formou 50 jovens (16 a 21 anos) no primeiro semestre. Em convênio com a adminstração, por três anos (que estão se encerrando) foi ministrado um curso de graduação em Pedagogia para cerca de 150 professores em atividade no município. Segundo Pretto, foi um projeto de formação com currículo não-rígido (hipercontextual), com software livre a distância (com ajuda do Ciberparque). Uma luta da Faced, diz seu diretor, é formar um campus avançado da UFBA em Irecê. Mas, enquanto o sonho não vira realidade, o Tabuleiro já deu filhotes: duas localidades do município já foram atrás para implantar seus tabuleiros.

Do total de usuários do Tabuleiro Digital na Faced, uma pesquisa apontou que 90% se declaram negros ou afro-descendentes; a faixa etária vai de 14 a 29 anos, e a maioria reside no entorno da universidade. Os estudantes representam 93% do total: 63% cursam o ensino superior; 25% o médio. A maioria freqüenta escolas/universidades públicas; dos universitários, 58% são alunos da UFBA. Os parceiros do projeto são a Petrobras (equipamentos, recursos para a produção dos móveis e instalações), Liceu de Artes e Ofícios da Bahia (desenho e produção dos móveis), Prefeitura de Irecê (espaço, climatização, despesas de consumo e pessoal), Ponto de Cultura Ciberparque Anísio Teixeira (implantação em Irecê, monitoramento, manutenção).

Os resultados apontados incluem a popularização do uso de software livre (a distribuição Kurumim, adaptada ao projeto, e apoio ao desenvolvimento de novas versões e plataformas.“Na UFBA, com os tabuleiros, os pátios viraram ponto de encontro. É um rico burburinho com o entorno da universidade, um laboratório vivo para a formação dos professores que têm, por exemplo, que lidar com a presença de alunos do ensino médio que estão matando aula para usar os tabuleiros”, conta Nelson Pretto. E o desenvolvimento de uma grande intimidade com a internet, do espírito de solidariedade e de colaboração passa a ser patrimônio dessa humanidade que freqüenta o Tabuleiro Digital, arremata ele.

Conexões Conflituosas

Tabuleiro Digital: Conexões Conflituosas

Vídeo produzido e apresentado pelos estudantes, da disciplina Educação e Tecnologias Contemporâneas ministrada pela Professora Salete Cordeiro na Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia Faced/UFBA, no ano de 2010.

A proposta desse vídeo, é demostrar de forma sistematizada as relação de uso das maquinas do Tabuleiro Digital, no âmbito em que ele se encontra, por parte dos Usuário Externos (Não estudantes da UFBA, na sua maior parte são moradores dos bairros ao entorno da Faced) e os Usuários Internos ( Estudantes da Faced). É notório a divergência, sobretudo ideologia, no que diz respeito a inclusão sociodigital e de acesso livre a internet. Sites de relacionamento, de jogos, de entretenimento, ainda são vistos como futilidades por grande parte dos Professores e dos Estudantes.

Se adequar as transformações tecnológicas, ou se utilizar das mesmas em prol do compartilhamento de informações e conhecimentos, tendo em vista que a o Ciberespaço, estando em rede, se torna a forma mais eficiente e facial para conseguir as transformações socioeducacionais, por mais ínfima que parece, a repercussão se torna global. É necessário que saber extrair as coisas produtivas do novo, e não nos assustar e repudiar!