Especial Repórter Esso


Iniciado nos Estados Unidos, em 1935, O Repórter Esso chegou a 15 países se tornando referência de informação. No Brasil, foi transmitido pela primeira vez em 28 de agosto de 1941, pela Rádio Nacional, no Rio de Janeiro. Durante os quase 30 anos que ficou no ar, a síntese noticiosa conquistou a audiência brasileira dando origem ao jargão: “Se não deu no Esso, não aconteceu”.

A coordenadora do Grupo de Pesquisa Rádio e Mídia Sonora da Intercom Nair Prata, professora da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), explica que foi formada uma comissão com 15 jornalistas, encarregados de produzir material sonoro relembrando a história do Repórter Esso e a influência do noticioso nas sete décadas do jornalismo no rádio. “O Esso introduziu práticas utilizadas até hoje como agilidade e antecipação das informações e técnicas de texto como frases curtas e objetivas”, destaca a professora. “O nascimento do Repórter Esso marca o surgimento do radiojornalismo brasileiro”, explica a professora Nair.“O trabalho foi desenvolvido com o objetivo de poder ser usado por qualquer rádio brasileira a partir da próxima segunda-feira, dia 22 de agosto. São produções curtas, viáveis para encaixe nas grades de programação das emissoras,” explica a coordenadora da Comissão, Maria Cláudia Santos, coordenadora de Jornalismo da Rádio Itatiaia (MG).

A Comissão sugere ainda a realização de uma cadeia informal de rádio em todo o país, com cada veículo transmitindo um programete de dois minutos sobre o assunto no domingo, 28 de agosto, exatamente às 12h55. O programete “28 de Agosto – Marco Radiojornalismo”     segue pronto para ser transmitido.

Estão à disposição para download

1- Spot Comemorativo 70 anos Repórter Esso – 70 anos radiojornalismo

2- Seis programetes para serem veiculados da segunda-feira (22) até o sábado (27) de agosto em qualquer horário da programação.

3- Programete Especial 70 anos de Repórter Esso, para ser veiculado no dia 28 de agosto às 12h55.

4- Entrevistas com estudiosos e nomes que deram voz ao Repórter Esso em diferentes estados brasileiros, além de depoimentos de ouvintes que têm na memória as lembranças da época em que O Repórter Esso ia ao ar.

 Comissão 70 anos radiojornalismo:

Coordenação: Maria Cláudia Santos

Supervisão Programetes: Tacyana Arce

Membros: Dioclécio Luz, Douglas Gonçalves, Eduardo Paiva, Gil Horta, Gisele Sayeg, Ismar Capistrano, Janine Marques Passini Lucht, Juliana Gobbi, Leandro Olegário, Leyla Coimbra Thomé, Luciano Klöckner, Nair Prata, Sônia Pessoa

SPOT

PROGRAMETES

  1. Programete segunda-feira: História O Repórter Esso 04:03”
  2. Programete terça-feira: Ouvintes do O Repórter Esso 04:39”
  3. Programete quarta-feira: Locutores que marcaram O Repórter Esso 03:35”
  4. Programete quinta-feira: Histórias Locutores O Repórter Esso 04:19”
  5. Programete sexta-feira: Herança Repórter Esso 05:00
  6. Programete sábado: Impactos Radiojornalismo 04:07”
  7. Programete domingo: 28 de Agosto: Marco Radiojornalismo 05:03”


ENTREVISTAS

Entrevista 1: Repórter Esso Fábio Peres
Fábio Peres foi O Repórter Esso de São Paulo por menos de dois anos no início da década de 60, mas viveu um dos momentos mais marcantes da história do noticioso. Em 1964, a síntese noticiosa foi impedida de ir ao ar pela Ditadura Militar. Além desse episódio, Fábio Peres conta como foi escolhido para o cargo, relembra a importância do rádio-jornal e os detalhes do Manual do Repórter Esso.
Entrevista 2: Repórter Esso Lauro Hagemann
O jornalista Lauro Hagemann foi a voz do O Repórter Esso no Rio Grande do Sul. Trabalhou no noticiário da Rádio Farroupilha de 1950 a 1964, narrando momentos importantes da história brasileira, como o suicídio do Presidente Getúlio Vargas. Nesta entrevista Hagemann conta se tornou O Repórter Esso, comenta o caráter de propaganda política ideológica e credibilidade que a síntese noticiosa tinha.
Entrevista 3: Repórter Esso Roberto Figueiredo
O jornalista Roberto Figueiredo é uma das vozes mais inesquecíveis do O Repórter Esso. Ele entrou para a história não só por substituir o locutor ícone do noticioso, Heron Domingues, mas pela emocionante apresentação da última edição do Esso, no dia 31 de dezembro de 1968. Nesta entrevista, o Repórter Esso do Rio de Janeiro explica a emoção vivida naquele dia e destaca a importância da síntese para a história do jornalismo no Brasil. Roberto Figueiredo refaz ainda a leitura da última edição do O Repórter Esso.

Entrevista 4: Prof. Dr. Luciano Klockner, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS)
O jornalista Luciano Klockner, autor do livro O Repórter Esso: a síntese radiofônica mundial que fez história, fala do contexto histórico do noticioso que marcou época no radiojornalismo mundial e brasileiro, a partir dos anos 40. O pesquisador destaca duas das principais inovações que O Repórter Esso trouxe para o rádio e finaliza dando um depoimento pessoal sobre a última edição do noticiário no rádio.

Entrevista 5: Prof. Dr. Luciano Klockner, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS)
O jornalista Luciano Klockner, autor do livro O Repórter Esso: a síntese radiofônica mundial que fez história, fala do nascimento do O Repórter Esso nos Estados Unidos e no Brasil nas décadas de 30 e 40. O estudioso relembra a trajetória do noticioso no Brasil de 41, quando começou, até 1968 quando a última edição foi veiculada. Para finalizar, o pesquisador aponta a herança deixada pelo noticioso, sendo a inspiração de informativos que existe nos dias atuais como: o Repórter CBN, Repórter Itatiaia, Agora Ipiranga, Correspondente Renner, O Globo no Ar, entre outros.

Entrevista 6: Profa Dra Sônia Virgínia Moreira 
A Profa Dra Sônia Virgínia Moreira, organizadora do livro 70 anos de Radiojornalismo no Brasil, fala sobre a importância do O Repórter Esso para a história do jornalismo no rádio brasileiro A pesquisadora analisa, ainda, como se deu a atualização da linguagem introduzida pelo noticioso no rádio e a definição, no Brasil, de um jornalismo radiofônico com fortes marcas regionais.  Sônia Virginia Moreira comenta também as expectativas em torno do futuro do rádio.

DEPOIMENTOS OUVINTES REPÓRTER ESSO
Depoimento 1: Dário de Paula – Radialista de Volta Redonda (RJ), há mais de 20 anos ar. Fala da experiência de crescido ouvindo O Repórter Esso, juntamente com a família.  “Se não fosse noticiado no Repórter Esso, as pessoas daquele meu tempo, não acreditavam na notícia”.
Depoimento 2: Gildo Flores – Radialista de Caxias do Sul (RS). “Hoje quando ouço a gravação da última edição, que foi ao ar na voz de Roberto Figueiredo, quando ele se despede pela voz embarcada pela emoção, também sou tomado pela emoção que me leva às lágrimas”.
Depoimento 3: Roberto Matte – Advogado, aos 10 anos de idade ele e a família ficavam ao redor do rádio ouvindo o noticioso. “Fica a saudade porque hoje não tem boletim informativo como ele. O rádio naquela época, por incrível que parece tinha mais cultura do que hoje”.
Depoimento 4: Nelci Canto Castro – Radialista gaúcho com cerca de 40 anos de experiência no rádio. Ele conta como substituiu um dos locutores do Esso, Lauro Hageman, na apresentação um dia, por acaso, embora fosse cinegrafista. “O Repórter Esso representava um elo com o mundo”.
Depoimento 5: Luciano Klockner – Jornalista do Rio Grande do Sul, um dos maiores pesquisadores do Brasil do Repórter Esso. Ele, ainda criança, acompanhou a última edição do noticioso na casa dos avós. “Eu me lembro dos meus tios falando: e agora onde é que eu vou escutar o Repórter Esso?” 
Depoimento 6: Aloysio Nunes Ferreira – Procurador do Estado de São Paulo, senador por SP. “Os acordes que anunciam O Repórter Esso estão muito presentes nas lembranças da minha infância.”

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