Grupo de estudo de Linguagem dos Audiovisuais

Este é um resumo de nossa leitura da introdução da obra A tela Global: mídias culturais e cinema na era hipermoderna de Gilles Lipovetsky e Jean Serroy.

Segundo os autores, quando o cinema surgi ele revoluciona a forma de ver o mundo, através de sua grande tela luminosa em uma sala escura. Um mundo construído por imagens em quadros, e cenas teatrais, é reconstruído em uma tela que surpreende com o movimento.

Até a década de 50 a tela do cinema fora a hegemônica. Porém, a partir daí muitas outras telas vão se incorporar ao cotidiano das pessoas: a televisão, a tela do computador, do celular, que são ainda atravessadas pela estética cinematográfica a qual contribui para construção de sentidos dessas práticas midiáticas.

A imagem-movimento do cinema não se limita a exibição em grandes salas, mas tem cada vez mais adentrado os mais variados espaços da ecranosfera, ou seja, a esfera ou o mundo das telas. A tela particularizada entre quatro paredes determinada espacialmente e temporalmente ganha um movimento ainda maior, perscruta todos os ambientes a qualquer hora com liberdade, e se prolifera de maneira endêmica.

A obra define quatro momentos importantes para o cinema, chamados de idades, que se inicia com o surgimento do cinema e vai até os dias atuais com suas ultimas transformações. A primeira dessas idades é chamada de modernidade primitiva e corresponde ao cinema mudo, ainda muito teatral e mímico, com pequenas comédias e dramas, é nesse período que o cinema busca para si o estatuto de arte. Em seguida, temos a modernidade clássica, indo dos anos 1930 a 1950, marcada pela produção em estúdio, pela introdução da fala e da cor, e de roteiros rígidos e narrativas simples, assinalado por grandes nomes e estrelas. A modernidade modernista e emancipadora é a fase em que surge o cinema do diretor, mais denso, nos textos, com temas diversos e polêmicos, e leves, pela naturalidade dos atores, pelas filmagens nas ruas, com ou sem roteiro; esse cinema se espalha em diversas correntes pelo mundo, dentre os anos de 1950 a 1970. E o quarto momento é o do cinema na era hipermoderna.

Os autores afirmam que esse último momento do cinema se confunde com a época da tela global, a qual não o marginalizará. Pois, o fato de outras telas estarem à disposição das pessoas não faz com que a grande tela seja esquecida, pois o cinema passa por processos em que se reinventa. Justamente por que nos apropriamos dessa linguagem de tal maneira que criamos em nós mesmos um olhar cinematográfico, que faz com que cada vez mais desejemos registar digitalmente a vida, filmando através de pequenas filmadoras ou através dos celulares.

Os autores se propõem a defender a existência de um neocinema, global, fragmentado, multiculturalista e pluri-identitário, marcado pela globalização econômica. E se propõem a responder a questões que formulam nessa introdução: sobre as mutações culturais e democráticas, as possíveis formas de expressão artísticas introduzidas pela proliferação das telas e das mídias culturais. Serão também esses objetos que nos debruçaremos em diálogo no grupo de estudo de linguagens dos audiovisuais.

Postado por Fernando Barros, faz parte também do grupo, Darlene, Raquel e Washington.

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Ronda virtual no Rio de Janeiro contra práticas criminosas no orkut

Práticas criminosas no orkut estão dando trabalho à Delegacia de Repressão aos Crimes contra Informática (DRCI), no Rio de Janeiro, que vem realizando rondas virtuais diárias na internet para rastrear páginas de conteúdo delituoso. É o que demonstra a reportagem de Evelyn Soares publicada no Jornal do Brasil (27.03), que destaco em post em Meu Tanebits. Das mais de mil queixas registradas na delegacia  em 2009 – 776 tinham relação direta com o orkut.
Os delitos denunciados vão desde pedofilia, injúria, difamação e presença de perfis de facções criminosas. A matéria relata ser comum encontrar perfis e comunidades com conteúdo agressivo, que remetem à criminalidade. Vale conferir!
Por: Rosa Meire

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Seminário direitos autorais e direito à educação

Gosto muito da discussão do Prof. Túlio Viana sobre direitos autorais. Vai ai a palestra que ele realizou no Seminário sobre Direitos autorais e direito à educação
Esta postagem também esta no blog de Tulio Viana
Por sule

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O uso social do Twitter

Bom texto de André lemos, falando sobre o uso social do twitter… Os avanços, as adaptações, o crescimento desse espaço que tornou-se uma “febre” no Brasil.  Para André Lemos aspessoas, governos e empresas começaram a passar links, informações pessoais, governamentais ou empresariais, breaking news, etc., transformando-a em uma ferramenta mais séria do que teria sido pensada pelos seus idealizadores. Hoje o Twitter é incontornável, utilizado para reforço social e comunitário, como forma de denúncia política (como recentemente no Irã) ou de ajuda humanitária (nos terremotos do Haiti e do Chile), para a circulação de informações acadêmicas, propaganda governamental e/ou empresarial, como extensão de empresas de informação, etc. Os usos são inúmeros e variados.
(leia mais…)
Por Sule

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Entrevista sobre redes sociais da internet e educação

Esse foi o tema abordado por Camila Santana, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Educação, FACED/UFBA e membro do GEC. Temas como interação, o interesse dos jovens em particpar do orkut e Facebook, a atuação da escola nesse contexto, entre outros foram abordados nesta entrevista… Vale a pena dar uma lida na reportagem…(Leia mais)

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Bruno e Luciana na mesa de abertura do I Encontro de Formação em Comunicação Comunitária

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Formação de professores no âmbito do Projeto UCA (2010-2013)

Coordenação:

Formadores:

  • Tânia Renilda S. Torres
  • Luciana Santos Oliveira
  • Josélia Domingos dos Santos
  • Liz Maria Teles de Sá Almeida
  • Marildes Caldeira de Oliveira
  • Lívia Andrade Coelho
  • Maristela Midlej Silva de Araujo Veloso
  • Daniel Silva Pinheiro
  • Tatiana Santos de Lima
  • Erica Bastos da Silva
  • Dimas da Silva Martins
  • Isa Beatriz da Cruz Neves
  • Andréa Souza Santos
  • Raquel Souza Zaidan Nassri
  • Nelson Lopes Rodrigues
  • Ivalda Rosangela Santos
  • Handherson Leyltton Costa Damasceno
  • Maria Léa Guimarães da Silva
  • Salete de Fátima Noro Cordeiro
  • Joseilda Sampaio de Souza
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Curso de Especialização Tecnologias e Novas Educações (2010-2011)

Coordenação:

  • Cesar Leiro
  • Darlene Almada Oliveira Soares

Formadores:

  • Nelson Pretto
  • Adriane Lizbehd Halmann
  • Edvaldo Souza Couto
  • Lívia Andrade Coelho
  • Maristela Midlej Silva de Araujo Veloso
  • Salete de Fátima Noro Cordeiro
  • José Américo Santos Menezes
  • Irenildes Teixeira
  • Isa Beatriz da Cruz Neves
  • Júlio Cesar Gomes Santos
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I Encontro de Formação em Comunicação Comunitária

Em Juazeiro – Ba
O evento começou com as apresentações das entidades realizadoras. Seus representantes falaram que o evento é para aproximar forças sociais e políticas que estavam dispersas. O evento é uma extensão do Seminário Comunicador Comunitário que aconteceu em dezembro passado no Irdeb e que o GEC tb esteve presente.
Considero importante lembrar que estamos em uma região sisaleira, localizada no semi-árido e marcada pelas desigualdades sociais, por tanto uma região que necessita de um meio de comunicação que favoreça a comunicação para discutir questões sociais que a aflinge.
Neste evento há uma preocupação com a criança, fato comprovado pela participação da Unicef, no sábado houve um momento específico para refletir sobre o ECA – Estatudo da Criança e Adolescente.
O resultados da pesquisa Comunicação Comunitária em Juazeiro e Região do Sertão do São Francisco – UNEB foi:
Os municípios, dentro desse perímetro, que possuíam rádios comunitárias e alto-falantes. Revelou que no universo de 175 rádios em 10 municípios, apenas 3 possuíam uma licença definitiva de funcionamento.
Essa pesquisa tb revelou que uma parte das rádios comunitárias comportam-se como repetidoras, fato que acontece por falta de conhecimento dos gestores da rádio sobre o estatuto das rádios comunitárias. A Rádio De Uauá, por exemplo, tinha uma proposta com base neste estatuto, mas hoje, por um motivo ainda desconhecido pelos pesquisadores, ela está fechada.
Essa pesquisa tb mostrou que os comunicadores comunitários consideravam que a participação popular na rádio se resume em uma ligação para pedir música ou anunciar um recado.
Foi apresentado tb o projeto Ondas Livres, que surgiu também a partir do Seminário Comunicador Comunitário no Irdeb. Com esse projeto o Irdeb pretende abrir as rádio comunitárias para o mundo, apostando na GEC – FACED – UFBA, na implatação de rádios pela Web.
Mário Sartorello disse que gostaria de ter a oportunidade de falar para o presidente Luiz Inácio que ele cometeu um equivoco em deixar Hélio Costa no Ministério das Comunicações, pois ele só apertou o cerco contra as rádios comunitárias.

Precisamos dizer mais?

Luciana e Bruno.

 

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A Revolta das Palavras Digitais

Nas minhas pesquisas sobre escrita de livros digitais encontrei na Biblioteca de Livros Digitais o livro A Revolta das Palavras Digitais, de Carlos Correia. Este livro é um manifesto sobre livros digitais e suas infinitas possibilidades e mostra como, com o uso das tecnologias, o texto pode deixar de ser rígido para ser interativo, dando liberdade ao leitor de escolher o caminho do seu percurso e explorando a criatividade do escritor em utilizar os recursos que a tecnologia dispõe para enriquecer seu texto.
Uma conversa esclarecedora com minha colega de pesquisa, Marildes Caldeira, sobre o livro citado a cima me fez descobri que o interessante do livro digital é que ele pode ser muito mais do que a mera transposição das letras do papel para a tela. Aliás, o próprio Carlos Correia, no seu site pessoal, falar que existe uma diferença entre o e-livro e ciberlivro, sendo o e-livro a transposição do livro impresso em livro virtual (na tela do computador). Já o ciberlivro é um gênero novo que apresenta na sua estrutura textual diversas possibilidades mediáticas, tornando o livro mais dinâmico. A ciberliteratura é estruturada pelo hipertexto, utilizando-se muitas vezes da hipermídia e resultando numa forte interatividade leitor-livro-escritor. Se por um lado a leitura do livro digital é cansativa, pois nos força permanecer na mesma posição corporal (em frente ao computador), além da luminosidade da tela do PC cansar a visão, por outro, essa dinamização das letras e a utilização de outros recursos como áudio, vídeo e animação com certeza tornam a leitura mais interessante, nos livrando da leitura muitas vezes maçante dos livros impressos. Isso revela uma das vantagens do livro eletrônico, ou melhor, do ciberlivro em relação ao livro impresso:  a de poder interagir com ele.
Nessa Biblioteca Digital onde encontrei o livro, também é possível encontrar outros ciberlivros, principalmente infantis, que utilizam diversas mídias. Esse formato de livro infantil com certeza torna a leitura mais interessante para a criança, porque não é estática. O pessoal de pedagogia pode com mais propriedade do que eu, que a dinamização, o colorido, a utilização de diversos recursos é mais interessante para a aprendizagem da criança. Certo? Então o ciberlivro aparece também como um recurso interessante para a aprendizagem infantil.
Para os adultos, leitores ou não de livros digitais, fica a dica para ler o livro de Carlos Correia e entrar no site dele que também é bem interessante. Carlos Correia doutor em Sistemas Audiovisuais e Multimédia, professor da Universidade Nova de Lisboa e escritor de peças de teatro e livros. Bastante premiado, vem desenvolvendo trabalhos sobre hipermídia e educação.
Então é isso.
Boa viagem à todos
Agora podem soltar os cachorros.

Raquel Maciel

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