SERIA O CAMPUS PARTY BRASIL UMA SEMANA DE ARTE PÓS-MODERNA?

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Hoje farei um relatório reflexivo. Enquanto ouço música do acervo do cansado criança rebelde, cujo monitor pifou de novo. Mas, eu e Bruno incorporamos um bom e velho SVGA na bancada ao lado, agora o QG tá montado, avante!

Embora concordo e goste de uma música de science, o Chico onde ele antecipo: “computadores fazem arte”, a pergunta título me ocorreu em virtude de um bate papo de estudantes, cujo entrevero filei ontem já quase nos braços de morpheu.

Um dizia:

  • O Campus party está para o Brasil com a Semana de arte de 22, todos nós que estamos aqui estamos inaugurando a chegada de fato da pós modernidade no Brasil…

Outro, retrucava, afoito:

  • Não nos enganemos, isso aqui é só uma feira de tecnologia, e como tal talvez contribua para mostrar aos brasileiros o poder da WEB 2.0, que já chegou em outros países enquanto ainda continuamos um país de banguelas, só que agora, meu caro, banguelas desconectados…

Em meio ao interessante bate papo dessa meninada e ao frenezi digital de nerds geeks, hackers, crackers, moddings, blogueiros, astronautas e cibernautas, para não dizer de outros bichos-grilo da extensa fauna internetera, resolvi tecer minha singela e antropofágica opinião sobre esse pretenso marco divisório. Mesmo sem entender bulhufas de pós- modernidade.

Para que os incautos possíveis leitores possam ter uma idéia do meu nível de compreensão do tema, vou logo avisando: não faz muito, durante o curso de mestrado, disse para um professor estudioso do assunto, que para mim a pós modernidade estava representada no prédio do programa por uma cadeira de praia na sala de leitura. Acho que estava na pista, se levarmos em conta, por exemplo, os stands e espaços reservados às palestras aqui no campus party, acertei na mosca… eles estão cheios de almofadões, pufs, massageadores, é uma maravilha! Tô me acabando!

Mas, vamos a minha singela pitada antropofágica:

Penso que essa pós-modernidade existe uma das suas características é justamente movimentos e fluxos desterritorializados que ocorrem por meio de redes de pessoas em diferentes locais globo afora, possíveis em territórios hiperconectados. Assim, fica difícil repetir a semana de 22, territorializando ou espacializando, numa ũnica cidade brasileira algo que funcionasse como um divisor de [aguas. Diferente da semana de 22, os oswalds e as anitas de hoje não estão apenas no municipal ou na Bienal do Ibirapuera, eles espraiaram-se.

Devemos refletir também sobre o que colocou o segundo estudante, pois, embora movimentos e correntes de pensamento diversas convivam harmoniosamente num espaço patrocinado por uma multinacional das comunicações, convenhamos, não será tarefa fácil num futuro próximo manter toda essa harmonia sob as bençaos do Deus mercado.

Doriedson Almeida, Doutorando GEC;FACED;UFBA

Do campus party Brasil, em 12 de Fevereiro de 2008

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