Prática de Resolução de Problemas Ambientais nos Seminários Novos e Velhos Saberes
As atividades finais da disciplina Prática de Resolução de Problemas se integram aos Seminários Novos e Velhos Saberes, atividade de extensão continuada dos programas de pós-graduação do Instituto de Biologia (Diversidade Animal, Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental, Ecologia e Biomonitoramento e Genética e Biodiversidade).
Dentro da grade curricular do mestrado profissional em Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental da Universidade Federal da Bahia existe uma disciplina prática denominada de Prática de Resolução de Problemas, que foi oferecida nesse segundo semestre, a partir de 4 de agosto, com carga horária de 153 horas. Para a realização da atividade foi oferecida aos estudantes uma lista de problemas ambientais, propostos pela sociedade civil, os quais foram escolhidos pelos estudantes e resolvidos ao longo do semestre, em parcerias com os proponetes, aos quais chamamos de clientes. Assim convidamos representantes da sociedade civil para participar da atividade, apresentando entre os dias 4 e 6 de agosto problema(s) ambiental(is) real(is), o(s) qual (is) foram avaliados, estudados, discutidos e resolvidos pelos alunos dentro do período da disciplina, em cooperação com os clientes.
Nesse momento de encerramento do curso, os estudantes irão apresentar os resultados de seus trabalhos, e simultaneamente apresentar uma resposta escrita sobre o problema resolvido, e o público interessado também pode participar do mesmo.
A representação da sociedade civil dentro de nossa prática é de fundamental importância para a formação acadêmica de nossos estudantes, bem como uma oportunidade ímpar de estarmos conectados com os problemas ambientais reais da sociedade.
As atividades acontecem a partir do dia 1 de dezembro, às 13h50, e prosseguem no dia 2 de dezembro, por todo o dia, no Auditório Externo do Instituto de Biologia da Ufba, Campus de Ondina, com a entrada livre para o público interessado.
É água perdida aquela que chega ao mar? Conflitos pela água e vazão ambiental.
Nota
Os Seminários Novos e Velhos Saberes, atividade de extensão continuada dos programas de pós-graduação (Diversidade Animal, Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental, Ecologia e Biomonitoramento e Genética e Biodiversidade) do Instituto de Biologia da Ufba, prosseguem no dia 31 de outubro, às 14h00, no Salão Nobre do Instituto de Biologia, com a palestra de
Dr. Nuno Caiola
IRTA Instituto de Pesquisa Agroalimentar e Tecnologia (Barcelona, Catalunha, Espanha)
É água perdida aquela que chega ao mar? Conflitos pela água e vazão ambiental
Os valores científicos de organicismo ecológico
Os Seminários Novos e Velhos Saberes, atividade continuada de extensão, coordenada pelos programas de pós-graduação do Instituto de Biologia da Ufba (Diversidade Animal, Ecologia e Biomonitoramento, Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental e Genética e Biodiversidade), apresentam no dia 28 de outubro de 2016, a palestra de Dr. Victor Levèfre, pesquisador da Université Paris-1 (França), intitulada:
Os valores científicos de organicismo ecológico
28 de outubro de 2016
Salão Nobre do Instituto de Biologia da Ufba
The hypothesis that ecological units (ecosystems, landscapes, or the biosphere itself) are analogous to organisms is generally viewed as an outdated or freak idea associated in the history of ecology with the names of Frederic Clements and, more recently, James Lovelock. Against this standard view, I propose that ecological organicism is still relevant for science : it’s the best way to justify the use of functional and health vocabulary in ecosystem ecology and it’s a good hypothesis to explain the dynamics of ecosystems. This view is developed against the idea that ecosystems are simply physical systems which all phenomena are fully explainable by physical theories.
O uso da meta-análise na abordagem de questões ecológicas
Os Seminários Novos e Velhos Saberes, atividade continuada de extensão dos programas de pós-graduação do Instituto de Biologia (Diversidade Animal, Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental, Ecologia e Biomonitoramento e Genética e Biodiversidade), apresenta dentro da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, a teleconferência:
O uso da meta-análise na abordagem de questões ecológicas
a qual será proferida, desde a Universidade de Coimbra (Portugal) pela:
Drª. Veronica Ferreira
Universidade de Coimbra
A atividade acontecerá no Salão Nobre do Instituto de Biologia da Ufba (Campus de Ondina), no dia 21 de outubro, às 10h00.
Resumo
A palestra abordará a utilização da meta-análise para abordar questões ecológicas usando um exemplo prático, para isto três exemplos serão mais enfocados (1) efeito do enriquecimento em nutrientes na decomposição da serrapilheira, (2) efeito das plantações de eucalipto na decomposição da serrapilheira e (3) efeito da contaminação por metais pesados na decomposição da serrapilheira. Outros exemplos, tais como o efeito da acidificação na decomposição da serrapilheira, também será enfocado.
Dinâmica de co-infecção em uma população do rato de esgoto, Rattus norvegicus, e a saúde pública
Nota
Os Seminários Novos e Velhos Saberes, atividade continuada de extensão dos programas de pós-graduação do Instituto de Biologia da Ufba (Diversidade Animal, Ecologia e Biomonitoramento, Genética e Biodiversidade e Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental), apresentam no dia 7 de outubro a palestra de Ticiana Carvalho:
Dinâmica de co-infecção em uma população do rato de esgoto, Rattus norvegicus, e a saúde pública
A palestra acontecerá no Salão Nobre do Instituto de Biologia da Ufba, no Campus de Ondina, no dia 7 de outubro, às 14h00.
Ticiana Carvalho é doutoranda junto ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Biomonitoramento e esteve, dentro do Programa Ciência sem Fronteiras, no Departamento de Ecoepidemiologia da Universidade de Liverpool, sob a supervisão externa do Dr. Michael Begon.Resumo
A rápida urbanização em países em desenvolvimento, com o aumento das construções urbanas de infraestrutura inadequadas e geração de favelas, tem levado a infestação dessas áreas pelo rato de esgoto Rattus norvegicus. Essas mesmas condições, que agregam pobres condições de saneamento, também são favoráveis a presença de parasitas que tem o rato como reservatório. Apesar de alguns estudos caracterizarem a comunidade de parasitas de ratos, raros são os estudos que consideram os fatores que determinam a dinâmica desses parasitas na população de ratos, que em geral são encontrados co-infectados. Nosso interesse é poder caracterizar a dinâmica de co-infecção de helmintos numa população de R. norvegicus, tendo como modelo uma área de favela urbana, que apresenta elevadas taxas de infecção humana por Leptospira spp.. Além de entender os fatores que determinam as espécies de parasitas encontradas, nós vamos investigar como a saúde dos ratos pode ser influenciada pela co-infecção e se isso afeta a excreção de leptospiras para o ambiente. Este estudo contribuirá, ainda, na identificação de espécies zoonóticas, agregando informação para a saúde pública.
Cognição Estendida
Nota
Os Seminários Novos e Velhos Saberes, atividade de extensão continuada dos programas de pós-graduação (Diversidade Animal, Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental, Ecologia e Biomonitoramento e Genética e Biodiversidade) do Instituto de Biologia da Ufba, prosseguem no dia 23 de setembro, às 14h00, no Auditório Externo do Instituto de Biologia, com a palestra de Prof. Dr. Hilton Japyassú, intitulada:
Cognição Estendida
Prof. Hilton é professor adjunto da Universidade Federal da Bahia, desde 2009, e atua nos Programas de Pós Graduação em Diversidade Animal, e em Ecologia e Biomonitoramento, possuindo experiência acadêmica na área de Zoologia, com ênfase em Comportamento, atuando principalmente dentro dos seguintes temas: evolução, plasticidade fenotípica, comportamento animal, biodiversidade. Recentemente esteve em um pós-doutoramento junto à University of Saint Andrews (Escócia).
Com a multiplicação da informação no mundo contemporâneo, o sistemas de armazenamento são cada vez mais necessários. A evolução biológica pode servir como um paradigma importante para este momento de explosão informacional, na medida em que a cognição também evoluiu no sentido de lidar com quantidades cada vez maiores de informação. Neste estudo apresentamos maneiras distintas de se conceber e organizar a informação. A evolução biológica permite evidenciar a existência de formas compactas de processamento de informação. Utilizando-se de uma interação particular entre a organização interna do sistema nervoso e a organização externa do meio ambiente, animais muito pequenos conseguem uma economia substancial de um tecido nervoso de elevado custo. Apresentamos aqui as aranhas como um caso paradigmático que permite explicar desvios na alometria entre o tamanho do cérebro e do corpo, desvios para os quais a cognição estendida pode ser a explicação mais parcimoniosa.
Maré Vermelha: potencial de toxicidade de dinoflagelados do litoral da Bahia
Os Seminários Novos e Velhos Saberes, atividade continuada de extensão dos programas de pós-graduação do Instituto de Biologia da Ufba (Diversidade Animal, Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental, Ecologia e Biomonitoramento e Genética e Biodiversidade) prosseguem no dia 26, às 14h00, no Salão Nobre do Instituto de Biologia com a palestra:
Maré Vermelha: potencial de toxicidade de dinoflagelados do litoral da Bahia
Maria Cristina Mendes é doutoranda em Ecologia pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Biomonotiramento e retornou recentemente do Centro Oceanográfico de Vigo (Espanha), dentro do Programa Ciências sem Fronteiras. Na palestra serão apresentados os resultados obtidos no período do doutorado sanduíche, que teve como objetivos analisar a produção de toxinas através de cromatografia líquida e ensaios hemolíticos e identificação taxonômica com análises moleculares em cepas de dinoflagelados potencialmente nocivos dos gêneros Ostreopsis, Prorocentrum, Coolia e Amphidinium, isoladas do litoral da Bahia. Questões relevantes são levantadas, como por exemplo, cepas da mesma espécie apresentando perfis diferenciados de toxinas; importância de análises moleculares aliado a caracteres morfológicos para identificação de dinoflagelados.
Sobre a importância de unir dados morfológicos e moleculares ou o quê um pequeno peixe de água doce pode nos falar sobre evolução e conservação?
Nota
Os Seminários Novos e Velhos Saberes, atividade continuada de extensão, coordenada pelos programas de pós-graduação do Instituto de Biologia da Ufba (Diversidade Animal, Ecologia e Biomonitoramento, Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental e Genética e Biodiversidade), apresentam no dia 12 de agosto a palestra de Drª. Priscila Camelier (http://lattes.cnpq.br/5822288200392555) pesquisadora do Museu de Zoologia da Usp e do Museu de História Natural da Ufba.
“Para preservar, é preciso conhecer!”. Certamente, esta é uma das frases mais ditas pelos sistematas e taxonomistas, que passam anos e anos das suas carreiras debruçados sobre um ou vários táxons, buscando conhece-lo(s) o máximo possível: “Quem são? Onde ocorrem? Como estão relacionados?”. Tradicionalmente, estudos que buscam responder estas questões são baseados na análise de dados morfológicos, que nos permite descrever novos táxons, propor hipóteses de relações de parentesco, discutir a evolução de determinados caracteres e uma série de outras informações relevantes ao conhecimento do grupo analisado. No entanto, nem sempre um “estudo tradicional” é suficiente para esclarecer determinadas questões e outras fontes de dados se fazem necessárias. Com o advento e a melhoria das técnicas de biologia molecular, sequências gênicas passaram a ser uma fonte de caracteres não apenas interessante como também acessível para estudos de sistemática e conservação de espécies, por exemplo. Desde então, a reunião de dados morfológicos e moleculares em uma análise combinada ganhou destaque e esta prática vem crescendo e sendo incentivada cada vez mais quando o assunto é “entender a história evolutiva de um táxon”. Mimagoniates microlepis é uma espécie de um pequeno peixe de água doce da família Characidae, amplamente distribuída em riachos que drenam a Mata Atlântica, em bacias costeiras entre o Rio Grande do Sul e a Bahia, Alto Paraná e Alto Iguaçu. Sua distribuição ampla e disjunta, somada à reconhecida variação clinal de caracteres morfológicos motivaram a realização de um estudo combinado de dados morfológicos e moleculares (filogeografia), no qual foram abordadas e discutidas questões taxonômicas, evolutivas, biogeográficas e de conservação, que envolve não apenas a espécie estudada como também o domínio em que ela ocorre, a Mata Atlântica. É sobre estas questões, levantadas a partir da análise combinada de duas fontes distintas de dados, que iremos conversar.
É o lucro, estúpido !!! Ou peras e maçãs, qualidade das colônias de abelhas, polinização, produção, e lucro para os agricultores: tudo a ver
Os Seminários Novos e Velhos Saberes, atividade continuada de extensão dos programas de pós-graudação do Instituto de Biologia da Ufba (Diversidade Animal, Ecologia e Biomonitoramento, mestrado profissional em Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental e Genética e Biodiversidade) apresentam a palestra do Prof. Dr. Lucas Garibaldi
O Prof. Dr. Lucas Garibaldi é professor da Universidad Nacional de Rio Negro, Conicet (Argentina) e bolsista do Programa Ciências sem Fronteiras junto ao Labea (Laboratório de Abelhas), coordenado pela Profª. Blandina F. Viana. A palestra acontece no dia 5 de agosto, às 9h00, no Salão Nobre do Instituto de Biologia.
Resumo
HONEY BEE COLONY QUALITY INFLUENCES POLLINATION, CROP YIELD, AND FARMER PROFITS IN POME FRUITS
Lucas A. Garibaldi, Georg Andersson, Nancy Garcia, Benoit Geslin, Marcelo A. Aizen, Juan Aguero, Carolina Morales, Carolina Quintero, Gerardo Gennari
Despite global interest in the role of pollinators for food production, their impact on farmer’s profit, a key variable affecting farmers’ livelihood and land-use decissions, is unclear. Although average values of pollinator benefits are generally assumed, there is potential for large spatial variation, even within the same region and year, among crop species and varieties or among pollinator management strategies.
We studied how the effect of honey bee (Apis mellifera) colony management in terms of density, sanitary condition (colony quality) and location on farmer’s profit (and it’s components) varies between apples and pears in the main fruit producing region of Argentina.
Colony quality, rather than density or location, influenced apple pollination and farmer’s profit. On average, high quality colonies increased visitation rates, fruit set, fruit weight, and farmer’s profits in comparison to colonies of conventional quality. On the other hand, colony quality only enhanced fruit weight of pears, despite being planted in the same area and subjected to similar management.
In contrast to studies elsewhere in the world, we did not observe any wild pollinartors visiting apple or pear flowers. Thus, the pollination of these crops relies solely on A. mellifera, highlighting the fragility of this conventionally intensified, crop production system.
We found that simplified, conventionally intensified orchard systems can suffer large pollinator deficits affecting farmer’s profit. Given that A. mellifera was the only flower visitor in our crop systems, we could estimate the impact of it’s management on farmer’s profit without the influence of other pollinators, and found that can be very important for apple orchards. Our study shows that spatial variation in pollinator benefits can be extremely large, and that the assumption of global average values for local recommendations can be misleading.