Oi pessoal,
Demorei de achar o blog do gec mas finalmente encontrei.
Tenho algumas notinhas para colocar por aqui mas farei isso aos poucos. Pra começar vou colocar um pequeno texto q fiz sobre uma festa popular aqui de Aveiro – portugal.
DIFERENTES CULTURAS…
Conhcer a cidade de Aveiro é algo que não se pode deixar de fazer ao visitar Portugal. Aveiro situa-se na região Centro de Portugal há cerca de 250 km Lisboa (duas horas de trem) e a 58 km da cidade do Porto (40 min de trem) e conta com 73 335 habitantes. Para chegar a Aveiro saindo de Lisboa de trem é preciso ir até a estação de Santa Apolônia (esta que fica na parte antiga de Lisboa) ou na estação Oriente no novo Parque da Nações.
Aveiro possui encantos paisagisticos e culturais particulares ao longo das quatro estações do ano. A paisagem diferenciada se dar por conta da Ria formada apelo récuo do mar a partir do século XVI e do estuário de quatro rios que nela desaguam tendo uma única comunicação com o oceano num canal que corta o cordão litoral entre as praias da Barra e S. Jacinto.
Desta forma a Ria cria novos cenários a cada estação pois algumas ilhotas podem surgir no verão e, às vezes, desaparecerem nos períodos de forte chuva quando o índice pluviométrico eleva-se bastante. È ao lado da Ria que encontra-se a Praça do Peixe que durante o dia serve como ponto de venda de peixes e aves aquáticas próprias da região. A noite torna-se um local de agitos com os bares e casas noturnas que ficam nos arredores da Praça. É também próximo a Praça do Peixe que encontrar-se o Bairro da Beira Mar, onde acontece a Festa de São Gonçalo, padroeiro da cidade, que é carinhosamente chamado pelos aveirenses de São Gonçalinho. A festa em homenagem a este santo é iniciada no dia 05 de janeiro na Capela de São Gonçalinho com muita festa e animação popular. São realizadas eucaristias para os devotos, seguida de apresentação de bandas, vendas de comidas típicas, queima de fogos e shows musicais. Mas esta festa tem uma particularidade, ou especialidade, que são as cavacas. Trata-se de uma espécie de bolacha feita de claras de ovos, farinha e coberta com açúcar. Estas cavacas são arremessadas do alto da Capela de São Gonçalinho para o povo que fica a tentar agarra-las usando redes, guarda-chuvas ou as mãos. Os arremessadores são pagadores de promessa que, por terem alcançado alguma graça do santo, jogam as cavacas. Há quem chegue a jogar numa só noite 20Kgr de cavacas em agradecimento pelo pedido atendido. São Gonçalinho em geral é invocado para resolver problemas ósseos ou matrimoniais.
Não fossem pelas cavacas, poderiamos até imaginar que estavámos em uma cidade do interior do Brasil, talvez da Bahia, festejando a devoção cristã. Também na Bahia as festas da igreja católica são realizadas com missas, novenas, procissão, lavagem, barracas de comidas e bebidas típicas e queima de fogos. È a mistura da crença e do profano, santo e do orixá, da missa ao culto.
Enfim são as diferentes culturas expressas na tradição de povos distantes geograficamente mas originados de uma mesma raiz – a portuguesa. Contudo estas creças não estão na mídia, não são divulgadas pelos grandes jornais. Talvez acontecimentos como estes possam circular em algum jornal ou folheto local ou se a cidade for visitada por alguma personalidade notória a reportagem poderá chegar a outros locais no mundo. Esta porém é uma realidade que a cada dia está se modificando com a rede mundial de computadores. Hoje as noticias locais tornam-se instantaneamente globais por meio dos blogs, fotologs e comunidades no orkut. Vivemos atualmente uma nova fase da comunicação o que torna possÍvel contar para todos que possam acessar a rede, sobre as cavadas de São Gonçalinho e também saber sobre o desabamento do metro em São Paulo mesmo estando em Portugal. Mas isso ainda é privilégio de poucos e no Brasil diria de muitoS poucos que podem conectar-se com o mundo virtual e ser não apenas um receptor de informações mas também um produtor de novos saberes.
Neste sentido as soluções que precisamos buscar para o inserção da população brasileira no mundo digital não está apenas na criação de programas de inclusão que, embora atendam a uma parcela da população, ainda é pouco para o universo dos excluídos. Desta forma pensar em política pública para a TV digital que possa ofecerem conexão a internet não pode ser apenas uma utopia de alguns pesquisadores e comunicadores sociais. Ter uma TV digital para apenas assistir melhores e diferentes cenas do BBB é “fazer mais do mesmo” isso não irá modificar a forma de produzir e comunicar culturas e conhecimentos. Ainda podemos fazer muita coisa, o jogo não acabou perdemos apenas uma partida (com a escolha do modelo japonês) mas não o campeonato cujo prêmio poderá ser uma sociedade mais justa com melhores condições social e digital para todos.
Simone de Lucena Ferreira
slucen@ufba.br
gostei
Ola Simone, achei legar o texto e as noticias suas e sobre esse belo norte de Portugal. Sugiro fazer mais links nos textos e isso poderia valer para todos…
nelson pretto