Realizamos a primeira formação no Colégio Estadual Prof. Dásio José de Souza no dia 26 de Março de 2011. A data foi agendada para o sábado pela diretora da escola que alegou dificuldade em conseguir reunir o corpo docente durante a semana por conta dos professores da unidade – que estão fazendo o curso no ambiente e-proinfo – estarem na escola em dias alternados e terem pouca disponibilidade em outros horários, devido a outros vínculos empregatícios e/ou outros compromissos.

Nos deslocamos para Candeias na manhã de sábado logo cedo levando quatro notebooks e dois modens 3G para garantir o acesso dos professores no ambiente. Nesta escola, muitos ainda não entraram no curso, sequer para visualizar os módulos. Durante todo o dia só contamos com a presença de quatro professores da escola. Entre estes, um estava entrando agora no curso, pois é professor contratado, novo na escola e ainda não conhecia sobre o projeto. A ausência dos demais professores (são doze cadastrados no e-proinfo) nos preocupou, uma vez que estes já haviam confirmado presença por meio de circular interna passada pela escola, segundo a diretora.

Iniciamos a manhã fazendo um trabalho individual com cada professor, averiguando suas situações no curso, desbloqueando senhas, localizando módulos, conhecendo a interface do curso. Todos os presentes já estão devidamente cadastrados e já postaram alguma contribuição em alguns fóruns. O professor novo realizou seu cadastro e só precisa ser vinculado à sala.

Seguimos com a discussão sobre as Gerações Baby Boomer, X e Y, após assistirmos um vídeo contendo uma reportagem do Jornal da Globo. O objetivo da discussão era refletirmos sobre os conflitos que surgem quando diferentes gerações, com modos diversos de pensar se encontram no trabalho, na escola e precisam dividir os mesmo espaços. Entender como pensam as pessoas de determinadas gerações é crucial para que uma convivência harmônica se estabeleça. A discussão foi contextualizada a partir dos conflitos que alguns professores vivenciam ao ter que trabalhar com um aluno da “geração Y”, quando este quer assistir aula com o fone do celular (mp3, ipod, etc) no ouvido, quando não jogando ou enviando mensagem do aparelho. Discutimos a importância de se educar para o uso das tecnologias e em usar a tecnologia a serviço da educação transformando-as em ferramentas pedagógicas, utilizando seus objetos de aprendizagem.

Apresentamos algumas possibilidades de criação com os softwares do laptop educacional, como o jogo do editor de texto que adaptamos para apresentar ao grupo. Trocamos informações acerca de sites educacionais. Os professores relataram sobre a importância em discutir o uso da tecnologia na sala de aula; citaram alguns exemplos de situações em que os alunos deixam os celulares ligados e tocando alto o som, atrapalhando a concentração de alguns, ou até mesmo os colegas professores interrompem a aula atendendo seus telefones ignorando o tempo pedagógico dos alunos.

Discutimos o novo lugar do profissional da educação na Era tecnológica. Um exemplo comum é o professor que recebe o aluno com diversas informações acumuladas que ele deve mediar no processo de construção do conhecimento, a fim de que as leituras e as visitas na rede (internet) sejam aproveitadas durante as aulas. Um professor relatou que em um dos colégios particulares que trabalha, seus alunos assistem suas aulas com notebooks pessoais ligados a rede e acessam os conteúdos simultaneamente questionando a veracidade das informações que o professor apresenta no momento. Este tipo de atitude implica em uma nova postura, na qual o professor precisa ir para sala de aula com segurança do conteúdo trabalhado para, inclusive, questionar os sítios de conteúdos duvidosos e mediar este tipo de pesquisa.

Encerramos o encontro com o vídeo “Tecnologia X Metodologia” que nos possibilitou a reflexão acerca da importância em rever, criticar ou até mesmo mudar a metodologia de trabalho, caso contrário, as tecnologias não auxiliarão no processo educativo, apenas repetirão os modelos.