Trânsito de Madeiras Brasileiras entre Brasil Colônia e Portugal – Séc. XVIII e XIX

Os Seminários Novos e Velhos Saberes, atividade continuada de extensão coordenada pelos programas de pós-graduação do Instituto de Biologia (Diversidade Animal, Ecologia e Biomonitoramento, Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental e Genética e Biodiversidade) anunciam para o dia 4 de março, às 14h30, na Sala 12 A (primeiro andar) do Instituto de Biologia, a palestra do Prof. Dr. Lazaro Benedito da Silva1, professor do Instituto de Biologia

Trânsito de Madeiras Brasileiras entre Brasil Colônia e Portugal – Séc. XVIII e XIX

lazaro.aiResumo

A importância que teve o pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam.) no período colonial fez com que a maioria dos historiadores abordasse largamente a sua exploração em detrimento de outras espécies de madeiras brasileiras de excelente qualidade. Com o conhecimento das terras da colônia portuguesa, a qualidade de outras espécies foi sendo descoberta e exportadas para o Reino para a construção de embarcações, edifícios e mobiliários. Com o objectivo de identificar as madeiras exportadas do Brasil colônia nos séculos XVIII e XIX e contribuir na perspectiva de dirimir as dúvidas existentes há mais de dois séculos a respeito das madeiras exportadas para Portugal, realizaram-se levantamentos sistemáticos em arquivos históricos portugueses (Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa, Biblioteca Nacional e Arquivo Histórico da Marinha) em documentos de ordens de embarque das madeiras brasileiras para Portugal, e visitas técnicas a várias instituições portuguesas (xilotecas, museus, entre outros), detentoras de materiais produzidos a partir de madeiras obtidas do Brasil no período colonial. Os documentos revelam o controle que Portugal tinha sobre a extração das madeiras brasileiras, através das fábricas reais de madeira. A partir de 1755, na sequência do terremoto que arrasou Lisboa e destruiu os armazéns de madeiras do Reino, houve a necessidade de importantes remessas de peças, dos mais diversos tipos de madeiras, para a construção de novas embarcações, em particular no fabrico de fragatas.
A terminologia utilizada para as madeiras, por terem suas características desconhecidas dos europeus, foram usadas com os nomes de origem indígena como matataúba, tatajuba, cumaru etc. Dentre essas, observou-se que as espécies mais citadas nas remessas, inclusive por categoria de uso para construção de navios foram: angelim (páo para cadaste), jetaípeba (curva), oiticica (cintado), pau-d’arco (curva), pau-d’óleo (mastro), pequi (quilha), sapucaia (curvas), sucupira (cabos, primeiros, segundos e terceiros) e pau roxo, pau-santo e vinhático, que serviram não só para a Marinha, como na reconstrução arquitectônica de Lisboa. Durante a comunicação serão apresentados, detalhadamente, os métodos e resultados desta pesquisa com nomes científicos, bem como uma discussão dos resultados e perspectivas futuras. (Pós Doc. Processo 1796-14-3, Capes)

1Instituto de Biologia – UFBA, Departamento de Botânica, Laboratório de Anatomia Vegetal e Identificação de Madeiras – LAVIM, Salvador, BA, Brasil; bsilva@ufba.br

Mitos e Realidades sobre Plantas Medicinais e Alimentos

Mitos e Realidades sobre Plantas Medicinais e Alimentos

Já no dia 19 de fevereiro, os seminários prosseguem com a palestra do Prof. Dr. Raymundo Paraná, professor associado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, e, atualmente, chefe do serviço de Gastro-Hepatologia do Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia (Ufba). O referido professor apresentará a palestra “Mitos e Realidades sobre Plantas Medicinais e Alimentos”.

Resumo

As ervas medicinais apresentam uma importância médica devido ao seu uso por grande parte da população mundial, com movimento financeiro na casa de bilhões de dólares. Os produtos usados de origem vegetal variam: medicamentos fitoterápicos ou naturais, chás, infusões,sucos, destoxificantes, todos com forte componente ilusório. Pior que isto é ainda o efeito contrário que os mesmos podem trazer, principalmente ao fígado. A palestra mostrará como esta forma de auto-medicação pode resultar em problemas de saúde para os usuários, mostrando as suas variadas manifestações clinicas.

A palestra será realizada às 14h00, no Salão Nobre do Instituto de Biologia. Como sempre todas as palestras são abertas ao público em geral.

paraná

 

Dose Tripla dos Seminários Novos e Velhos Saberes depois do carnaval

Dose Tripla dos Seminários Novos e Velhos Saberes após o carnaval

Os Seminários Novos e Velhos Saberes, atividade de extensão continuada dos programas de pós-graduação do Instituto de Biologia (Diversidade Animal, Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental, Ecologia e Biomonitoramento e Genética e Biodiversidade), anunciam uma série de três palestras a serem realizadas no Salão Nobre do Instituto de Biologia.

A primeira será a palestra do Prof. Dr. Walter K. Dodds da Universidade do Estado do Kansas (EUA). Prof. Dodds, renomado limnólogo estado-unidense. Ao longo de sua carreira, o Prof. Dodds tem estudado os efeitos da entrada excessiva de nitrogênio em rios e os efeitos que secas e cheias causam sobre as comunidades biológicas. Seus estudos buscam o entendimento de uma Ecologia Aquática, com poder de predição, permitindo a aplicação de conceitos básico da Ecologia na qualidade ambiental da água e conservação. O título de sua palestra será “Worst Problems in the World”, a qual aconterá no Salão Nobre do Instituto de Biologia, no dia 16 de fevereiro, às 10h00, em língua inglesa.

Resumo

O objetivo da palestra é apresentar uma abordagem objetiva considerando a questão: Quais são os piores prolemas do mundo? A resposta é muito difícil de ser respondida objetivamente, porque, nós humanos pensamos sempre nos problemas a partir It is difficult to be objective because humans think nos problemas em uma dimensão, seja de tempo ou espaço, bem próxima a nós mesmos, pois estas nos parecem mais importantes, que problemas que estão mais distantes ou que pertenceram a outras gerações.  A palestra pretende discutir o que as pessoas acham o que são os piores problemas do mundo, e caso V. queira contribuir com sua opinião, deixe-a aqui, preenchendo o questionário com esta pergunta, 24 horas da palestra https://docs.google.com/forms/d/1phhgjgYJO502TtTPyVqF4ba1cgARiRNYbfaD3dkSBcs/viewform). Dentro da palestra será proposta uma diretriz moral para decidir sobre os piores problemas do mundo e propor diferentes pesos para tais problemas, como estes problemas se relacionam a alguma ameaça à humanidade, e por fim, como classificá-los. A palestra terminará com as considerações sobre a natureza humana e como nós podemos resolver os problemas.

Abstract

The goal of this talk is to take an objective approach to considering the question, “What are the worst problems in the world?” It is difficult to be objective because humans think problems nearby in time and space are more important than problems further away and longer away in time (things that harm people further away or future generations). I will discuss what other people have said are the worst problems (if you would like to tell me what you think are the worst problems before the talk please fill out the form at this link 24 hours before the talkhttps://docs.google.com/forms/d/1phhgjgYJO502TtTPyVqF4ba1cgARiRNYbfaD3dkSBcs/viewform). I will then propose my moral framework for deciding worst problems, propose methods for weighting problems, how those problems relate to some potential threats to humanity, and how I rank the problems. I will conclude with a short consideration of basic human nature and how we might solve the problems.

 


​ No dia 17, às 14h00,  a doutoranda em Ecologia, do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Biomonitoramento, bolsista do Programa de Doutorado em Sanduíche na Universidade da Flórida, fara a a palestra “Pós-graduação nos EUA e Doutorado Pleno no Exterior: Desafios e Oportunidades“.

Resumo

Tema: Pós-graduação nos EUA e doutorado pleno no exterior: desafios e oportunidades

A estrutura dos programas de pós-graduação nos EUA e a trajetória rumo ao doutorado pleno no exterior serão  abordados, bem como informações sobre o processo seletivo para mestrado e doutorado nas universidades estado-unidenses, diferenças e semelhanças entre o sistema educacional de pós-graduação no exterior e no Brasil serão destacados. Também serão abordados alguns aspectos da pesquisa desenvolvida por Vanessa Dias na University of Florida com ênfase no uso da interdisciplinaridade para responder questões teóricas e aplicadas. O projeto desenvolvido por Vanessa envolve disciplinas como Biologia Molecular, Fisiologia e Ecologia Comportamental com o objetivo de entender a relação entre estresse oxidativo e enzimas antioxidantes e como a interação de ambos aspectos afeta a seleção sexual.


Já no dia 19 de fevereiro, os seminários prosseguem com a palestra do Prof. Dr. Raymundo Paraná, professor associado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, e, atualmente, chefe do serviço de Gastro-Hepatologia do Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia (Ufba). O referido professor apresentará a palestra “Mitos e Realidades sobre Plantas Medicinais e Alimentos“. Prof. Paraná possui graduação em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (1983), mestrado em Medicina e Saúde pela Universidade Federal da Bahia (1992) e doutorado em Medicina e Saúde pela Universidade Federal da Bahia (1997). Atualmente é professor associado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, e chefe do serviço de Gastro-Hepatologia do Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O professor coordena o programa de educação médica continuada em Hepatologia ” Hepatologia do Milênio ” e o Grupo de Estudos em Hepatites Virais envolvendo os centros de referencia em Hepatologia de Salvador-BA, Rio Branco-AC, Cruzeiro do Sul-AC, Porto Velho-RO.

Resumo

As ervas medicinais apresentam uma importância médica devido ao seu uso por grande parte da população mundial, com movimento financeiro na casa de bilhões de dólares. Os produtos usados de origem vegetal variam: medicamentos fitoterápicos ou naturais, chás, infusões,sucos, destoxificantes, todos com forte componente ilusório. Pior que isto é ainda o efeito contrário que os mesmos podem trazer, principalmente ao fígado. A palestra mostrará como esta forma de auto-medicação pode resultar em problemas de saúde para os usuários, mostrando as suas variadas manifestações clinicas.

A palestra será realizada às 14h00, no Salão Nobre do Instituto de Biologia, do dia 19 de fevereiro.  Como sempre todas as palestras são abertas ao público em geral.



 

Worst Problems in the World

Os Seminários Novos e Velhos Saberes, atividade de extensão continuada dos programas de pós-graduação do Instituto de Biologia (Diversidade Animal, Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental, Ecologia e Biomonitoramento e Genética e Biodiversidade), anunciam a palestra do Prof. Dr. Walter K. Dodds da Universidade do Estado do Kansas (EUA).

Worst Problems in the World

A palestra será realizada no Salão Nobre do Instituto de Biologia, no dia 16 de fevereiro, às 10h00, na língua inglesa.

doddsProf. Dodds, renomado limnólogo, ao longo de sua carreira tem estudado os efeitos da entrada excessiva de nitrogênio em rios e os efeitos que secas e cheias causam sobre as comunidades biológicas. Seus estudos buscam o entendimento de uma Ecologia Aquática, com poder de predição, permitindo a aplicação de conceitos básico da Ecologia na qualidade ambiental da água e conservação.

Resumo

Esta apresentação estabelece um conjunto de regras éticas básicas para avaliar a gravidade dos problemas, antes de passar por alguns exemplos dos principais problemas que a humanidade enfrenta em nível mundial. Pretende-se apresentar uma classificação relativa desses problemas em uma base global, baseado em a mortalidade e sofrimento humano, tanto atualmente, como no futuro.

Abstract

This presentation sets up an ethic array of ground rules to assess the severity of problems and goes through some major problems humanity faces globally. Then it provides a relative ranking of these problems on a global basis, based on mortality and suffering caused at present and potentially in the future.

Avaliação do desempenho sócio-econômico para a agricultura sustentável

Os Seminários Novos e Velhos Saberes, atividade continuada de extensão coordenada pelos programas de pós-graduação do Instituto de Biologia (Diversidade Animal, Ecologia e Biomonitoramento, Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental e Genética e Biodiversidade) anunciam para o dia 26 de janeiro, às 14h00, no Salão Nobre do Instituto de Biologia, a palestra do Dr. Lucas Garibaldi

Avaliação do desempenho sócio-econômico para a agricultura sustentável

garibaldi_2016Resumo da Palestra

Cientistas de todo o mundo estão a buscar abordagens alternativas para a intensificação ecológica com o objetivo de reduzir as pegadas ecológicas da agricultura. O exito de abordagens alternativas demanda que estas devam apresentar bons resultados em termos sociais e econômicos, mas estes aspectos não têm sido trabalhados cientificamente. A palestra pretende mostrar uma proposta com a colaboração participativa baseada em quatro pilares para juntar evidências para reduzir esta lacuna do conhecimento. Considerando que a agricultura é uma dos principais vetores envolvidos na perda de biodiversidade e contribui para a emissão de gases que aumentam o efeito estufa, tais evidências são urgentemente necessárias no contexto da iniciativa ciência-política sobre a conservação da biodiversidade, p. ex. Plataforma Internacional para Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (Intergovernmental Platform for Biodiversity and Ecosystem Services: IPBES) e mudanças climáticas (p. ex. Acordo de Paris dentro da Convenção da Onu sobre Mudanças Climáticas (United Nations Framework Convention on Climate Change: UNFCCC), e contribuiria para auxiliar legisladores e fazendeiros na tomada de decisões para o uso múltiplo efetivo da terra.

Como sempre a entrada é livre e não é necessário fazer inscrição.

Tudo o que V. gostaria de saber sobre a Web of Science e outras coisas mais do mundo das citações.

Capacitação  Web of Science & Journal Citation Reports

No dia 1 de setembro, às 14h00, juntamente com a Sembio 10, no auditório do Paf – III (Campus de Ondina da Ufba), os Seminários Novos e Velhos Saberes recebem Deborah Dias, responsável por treinamento e suporte para os produtos da Thomson Reuters no Brasil. Nesse mundo da ciência, onde a informação, embora na ponta de nossos dedos, precisa ser buscada, selecionada, guardada e interpretada, os instrumentos de busca e armazenamento passam a ser instrumentos importantes, para aproveitarmos melhor o nosso tempo. Deborah Dias, vai então nos mostrar alguns instrumentos que utilizamos no nosso cotidiano, mas que podem se tornar ainda mais eficazes para o nosso trabalho. A entrada é livre. Ideal para professores, pesquisadores e estudantes que usam este instrumento ou que gostariam de aprender a usá-lo.

A atividade é uma iniciativa do Museu de História Natural da Universidade Federal da Bahia.

Web of Science : base de dados referencial, que indexa revistas cientificas e conferências, multidisciplinar e com publicações do mundo inteiro, tem atualizações semanais.  Possui funcionalidades para análise bibliométrica para classificações, análise de produção científica e cálculo do índice H.
ResearcherID : base de dados de cadastramento de pesquisadores, que permite a análise de sua produção científica.
DII – Derwent Innovations Index : base de dados de patentes com conteúdo de escritórios de patentes de todo o mundo, e com dados desde 1963.
Biological Abstracts – base de dados de conteúdo voltado para as Ciências Biológicas.
– JCR – Journal Citations Reports : base de análise bibliométrica de revistas, de edição anual, e que calcula índices para análise da importância e influência das revistas cientificas em dado ano.
Endnote Online : aplicativo de gerenciamento bibliográfico na internet, que permite a criação de bases de dados personalizadas, e a formatação automatica das citações e referencias em arquivo MS Word.

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A biodiversidade e a segurança alimentar

Café Científico & Seminários Novos e Velhos Saberes:

O Café Científico e os Seminários Novos e Velhos Saberes apresentam no dia 14 de julho, ás 10h00, no Cinema da Ufba, no Vale do Canela, com entrada franca, a palestra de Prof. Lucas A. Garibaldi:
O que a biodiversidade tem a ver com sua segurança alimentar?
garibaldiDoutor em Ciências Agrárias, o Dr. Garibaldi é pesquisador do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (CONICET), professor da sede Andina, da Universidade Nacional de Rio Negro (SA-UNRN) e professor da Faculdade de Agronomia Universidade de Buenos Aires (FAUBA). É líder de um grupo de pesquisa em Agroecologia da Universidade Nacional de Rio Negro e tem inúmeras publicações como primeiro autor em jornais científicos arbitrados, incluindo Science, PNAS e Ecology Letters. Estas publicações podem ser encontradas em seu site: https://sites.google.com/site/lucasalejandrogaribaldi/ . Ele também é  consultor de várias organizações internacionais, incluindo a Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) e da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES). Participa como editor associado da revista Austral Ecologia Sociedade Ecológica da Argentina (ASAE) e é membro honorário do conselho editorial (Conselho Editorial), Ecologia Básica e Aplicada, jornal da Sociedade Ecológica da Alemanha, Áustria e Suíça. No Brasil, o Dr. Garibaldi participa do Programa Ciência sem Fronteira-CNPq, como Pesquisador Visitante Especial, colaborando com o Grupo de Pesquisa do CNPq em Ecologia de Comunidades de Visitantes Florais, coordenado pela Profª. Drª. Blandina Felipe Viana (IBUFBA) e com o Programa de Pós-Gradução em Ecologia e Biomonitoramento do Instituto de Biologia da Ufba.

Resumo da Palestra
Encontrar alternativas que permita conciliar a produtividade  agrícola com a sustentabilidade dos ecossistemas é um dos grandes desafios da segurança alimentar. A intensificação ecológica, que permite melhorar a produtividade agrícola por intermédio dos serviços ecossistêmicos providos pela biodiversidade, pode representar um caminho viável para essa conciliação. Contudo, as informações que poderiam sustentar tal suposição ainda são incipientes, especialmente para os dois bilhões de habitantes da terra, muitos dos quais estão subnutridos, vivendo abaixo da linha da pobreza. Nesse sentido, com objetivo de contribuir para esse debate, nós quantificamos como a produção agrícola varia com relação à diversidade de visitantes florais usando um protocolo padrão em 326 sítios, de diversos tamanhos, na África, Ásia e América Latina, onde 34 cultivos dependem da polinização animal. Nós encontramos que a densidade flor-visitante foi o indicador mais importante do rendimento da cultura, principalmente nas pequenas áreas cultivadas  onde o aumento da densidade de polinizadores reprsentou um significativo aumento na produtividade. Infelizmente, estudos recentes sugerem que as assembleias flor-visitante em agroecossistemas estão cada vez mais ameaçadas devido ao declínio da abundância e da diversidade floral, bem como do aumento da exposição dos visitantes florais aos inseticidas e parasitas. Assim, usando serviços de polinização como um estudo de caso, demonstramos que a intensificação ecológica pode criar cenários de ganhos mútuos para a biodiversidade e a produtividade agrícola em todo o mundo.
P.S. A foto do cartaz foi retirada da capa da revista Em Discussão (Revista de audiências públicas do Senado Federal Ano 2 – Nº 9 – dezembro de 2011)

Pesquisador da National Science Foundation (USA) faz palestra nos Seminários Novos e Velhos Saberes

Seminários Novos e Velhos Saberes recebem pesquisador da National Science Foundation dos EUA

O Dr. Samuel Scheiner, diretor da Divisão de Biologia Ambinetal da National Science Foundation dos Estados Unidos da América é nosso convidado, e fará uma palestra no dia 6 de julho, às 14h00, na sala 1 do Instituto de Biologia, intitulada “​Diversity Concepts and Metrics​”.

samuel_scheiner_final Mais informações sobre o professor podem ser obtidas em:

 

​Resumo

Biological diversity can be measured for various characteristics of organisms, populations and species, including abundance, phylogenetic relationships, and ecological function. When individuals exist within a spatial hierarchy (e.g., communities within landscapes), we often want to partition that diversity within and among the subunits of that hierarchy. By convention, gamma diversity is that of the whole unit, alpha diversity is that of the subunits, and beta diversity is that among the subunits. When diversity is based on abundance and calculated as a Hill number, there is a well-defined method for doing this partitioning. Both gamma and alpha diversities are calculated from the data and beta diversity is calculated as: beta = gamma/alpha. This same method has been proposed for phylogenetic and functional diversities. However, applying that method to those types of data is incorrect. That method is incorrect because, unlike abundance data, phylogenetic and functional data are context dependent. Measurements within subunits are dependent on the identity and characteristics of individuals in other subunits. Because of this, the standard partition no longer holds. Instead of starting with measures of gamma and alpha diversity and deriving a measure of beta diversity, alpha and gamma diversity are calculated independently of beta diversity. I show, using artificial data, that the behavior of the diversity partition measured in this new way is more interpretable than that using the standard partition method.

Dose dupla de Café Científico e Seminários Novos e Velhos Saberes

Nos dias 11 e 12 de forma conjunta, o Café Científico e os Seminários Novos e Velhos Saberes apresenta em dose-dupla, palestras com o Prof. Dr. Leonardo Galetto, profesor titular do Departamento de Diversidade Biológica e Ecologia, da Universidade de Córdoba (Argentina), onde ministra diversas discipinas (Diversidad Vegetal, Etnobotânica, Teoria do Conhecimento, Filosofia da Ciência e Controle de Organismos Animais e Vegetais, na graduação, e Epistemologia, Metodologia de Investigação, Fragmentação de Habitat, Néctar e Polinização, na pós-graduação.  Já orientou mais de 25 teses de doutorado e mais de 30 de mestrado, além de publicar de forma contínua artigos científicos em revistas arbitradas.

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Sua primeira palestra “Conservação da diversidade de polinizadores e produção agrícola em agro-ecosistemas, duas caras de uma mesma moeda”, no dia 11 de junho às 14h30, na Sala 1 do Instituto de Biologia da Ufba, versará sobre uma situação argentina, mas similar ao que o Brasil tem se tornado,  uma nação onde a agricultura possui grandes superfícies dedicadas a cultivos, muitos dos quais  dependem da polinização biótica para produção de sementes. Contudo, estes polinizadores se encontram afetados pela fragmentação florestal, produto do manejo de muitos agrossistemas. O desaparecimento maciço das colônias de Apis mellifera e de outros polinizadores nativos tem posto em risco a sustentabilidade de ecossistemas naturais e agrícolas. O tema central da palestra será o que acontece com a produção agrícola de cultivos dependentes de polinizadores (soja, girassol, colza) em distintos cenários (i.e., paisagens agrícolas com maior e menor biodiversidade), tendo em conta as alterações na flora e fauna circundante e os efeitos na frequência de visitas dos polinizadores.

abelhasNo dia 12 de junho, às 14h00, na Sala 1 do Instituto de Biologia da Ufba, o Prof. Leonardo Galetto, ministrará a palestra: “Fontes de incerteza em Ecologia”, nessa segunda palestra, será enfocada a questão da incerteza, como a mesmo pode ser classificada e subdividida a partir de distintos critérios. A ideia da apresentação é mostrar as diversas fontes de incerteza em Ecologia e assim poder analisar as implicações no trabalho de investigação. Alguns exemplos de incerteza linguística, aleatória, metodológica e epistêmica, discutindo as posibilidades de se reconheciminto e de algumas metodologías que permiten diminuir cada uma destas fontes de incerteza, serão apresentados e discutidos.

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O Café Científico Salvador é promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências (Ufba/Uefs), pela LDM – Livraria Multicampi, pela Tribuna da Bahia, pela Rádio CBN e pela Biblioteca Pública do Estado da Bahia.
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Já os Seminários Novos e Velhos Saberes se integram dentro dos programas de pós-graduação dos programas do Instituto de Biologia da Ufba (Diversidade Animal, Ecologia e Biomonitoramento, Genética e Biodiversidade e o mestrado profissional em Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental).
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Mini-Simpósio: A academia na resolução dos problemas ambientais

O Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Biomonitoramento através do mestrado profissional em Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental, de forma integrada com os Seminários Novos e Velhos Saberes e a Semana Sócio-Ambiental da Ufba, sob a coordenação da Profª. Blandina Felipe Viana, anuncia a realização do “Mini-Simpósio: A academia na resolução dos problemas ambientais” ser realizado no auditório da Fundação Baleia Jubarte, em Praia-do-Forte, Município de Mata de São João, entre os dias 1 e 2 de junho.

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