Hector Julio Paride Barnabó nasceu em 7 de fevereiro de 1911, em Lanús, Argentina. Naturalizou-se brasileiro em 1957. Em 1921 ganhou o apelido de Carybé entre os escoteiros do Clube do Flamengo. Desenhista, ilustrador, gravador, pintor, ceramista, entalhador, muralista, Carybé produziu uma obra extensa e diversificada. Residiu em Gênova, Roma, Rio de Janeiro, Buenos Aires. Em 1950 fixa residência em Salvador a convite do Secretário de Educação Anísio Teixeira, quando realiza dois painéis para a Escola Parque.
Criou 1600 desenhos para as cenas do filme O Cangaceiro, de Lima Barreto. Produziu ilustrações para livros de Mario de Andrade (Macunaíma), Gabriel Garcia Márquez (Cem Anos de Solidão), Jorge Amado (Jubiabá), Walt Whitmann (Poesias Completas), Mira y Lopez (Los Quatro Gigantes del Alma), Daniel Dephoe (Robinson Crusoe), Castro Alves (Poesias) e Pierre Verger (O uso das plantas na sociedade Iorubá).
Em 1967 realiza O Painel dos Orixás, cedido ao Museu Afro-Brasileiro da UFBA. Em 1981 publica a obra “Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia” após muitos anos de pesquisa.
Recebeu os títulos de Cidadão da Cidade de Salvador (1963), Cavaleiro da Ordem do Mérito da Bahia (76), Doutor Honoris Causa da UFBA (1982), a Comenda Jerônimo Monteiro no Grau de Cavaleiro (1984) e a Medalha do Mérito Castro Alves da Academia de Letras da UFBA (1984).
Os murais criados por Carybé estão presentes em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Montreal, Buenos Aires e Nova York.
Em 2 de outubro de 1997, aos 86 anos, morreu do coração durante uma sessão no terreiro de candomblé Ilê Axê Opô Afonjá, em Salvador.
Curadoria: Rubens Ribeiro Gonçalves da Silva
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