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O trabalho realizado na segunda-feira, dia 04 de maio, foi corporificar idéias de movimento presentes nas discussões entre eu, a Dani e a Sol.

Após muitas conversas sobre os pontos de convergência de nossos respectivos planos de trabalho da iniciação científica resolvemos desenvolver um espetáculo hipotético tendo “O Micro e o Macro” como temática, onde todas as nossas investigações também se encontrariam para práticas coletivas. Nós três decidimos no encontro do dia 13 de abril que o próximo passo seria sistematizar as idéias através da confecção de uma maquete.

No dia 27 de abril, eu e Sol nos reunimos em minha casa para confeccionar a maquete. Este passo foi muito interessante, pois ao “materializá-la” todas as dúvidas ou buracos nas idéias de cada uma iam se esclarecendo e íamos percebendo como estávamos em sintonia em relação à interação entre os conceitos estudos nos planos de trabalho de uma e da outra.

E finalmente na última segunda nos encontramos, eu, Sol e Filipe para dar início às investigações corporais. Explicamos para Filipe, o mais novo integrante do GP, como se estruturava conceitualmente nossa idéia de espetáculo hipotético, e apresentamos a ele a função de cada “elemento” [câmeras, robô, dançarino, projetores, celulares 3G] na composição do argumento.

Nossa prática consistiu em dois exercícios base [nomeei a minha maneira], os quais eu descrevo logo abaixo:

Câmera no Corpo:Este primeiro exercício base serviu para experimentarmos as possibilidades de relação entre a fotografia gerada pelo movimento. Imaginamos câmeras em diferentes lugares do corpo e desenvolvemos toda a movimentação a partir deste quesito. Investigamos diferentes partes do corpo, diferentes ritmos, diferentes dimensões de espaço e também variamos na quantidade de câmeras “fictícias” no corpo. 

Imagens fluídas:O segundo exercício teve o intuito de compartilharmos entre todos as corporalidades investigadas no primeiro exercício por cada um. E também experimentar restringir às mesmas 3 ações básicas que o robô terá no “espetáculo hipotético”: AVANÇAR, TOCAR E RECUAR.Primeiramente investigamos de maneira livre o modo de fazer estas 3 ações, em seguida experimentamos nos valer do último movimento do outro e assim em rede. As investigações evoluíram para um jogo cênico que continuaremos a desenvolver no próximo encontro no dia 11 de maio.

 

 

Continuidade aos estudos da câmera do ponto de vista do robô.               

Através do plano de trabalho “Dança entre agentes humanos e sistemas autômatos” a bolsista pôde dar continuidade de maneira direcionada às pesquisas iniciadas em fevereiro de 2008, quando começou a integrar à equipe da “Fase 2” deste projeto como pesquisadora voluntária.

Este plano de trabalho foi-lhe dado tanto em função da experiência adquirida quando foi voluntária da pesquisa, quanto por causa do seu conhecimento, em relação às novas tecnologias, anterior à sua entrada no Grupo de Pesquisa Tecnológica na Dança. Desta maneira durante este período como bolsista efetiva seu intuito na pesquisa foi dar continuidade aos resultados alcançados pela fase anterior (2007/2008). Para tal retomou através da catalogação para o Mapa D2 de artistas e pesquisadores, cujo trabalho é mediado pela dança/corpo e as novas tecnologias, a busca de trabalhos já realizados com agentes autômatos e humanos tendo como finalidade analisar criticamente a relação estabelecida nas obras e pesquisas encontradas.

No decurso da catalogação e análise a bolsista iniciou um trabalho que julgou complementar, o estudo aprimorado de softwares de edição de imagem em movimento, visto até então que a interação mais interessante entre os agentes pesquisados acontece através da manipulação de imagens em movimento, pois elas proporcionam maior capacidade de difusão como, por exemplo, em sites. Logo em seguida recomeçou o estudo prático do robô enquanto câmera, estudando o ponto de vista da fotografia gerada através dele em relação ao corpo em movimento e também o contrário, as possibilidades de movimento e interação com esta fotografia específica.

O próximo passo dado pela bolsista foi iniciar um estudo teórico mais aprofundado sobre os “materiais” utilizados na pesquisa, o agente autômato, o programa inteligente e sensores, e também sobre a arte de telepresença percebido que os agentes autômatos são bastante utilizados nesta vertente. Neste estudo seu objetivo foi de compreender as possibilidades reais dos materiais, para que eles possam ser aproveitados ao máximo no desenvolvimento da obra telemática Macro Mundo/Micro Mundo pretendida como resultado final deste projeto.

A importância de um grupo de pesquisa vem sendo minuciosamente percebida durante todo este período, bem como tudo o que o compõe, a orientação direcionada, a troca de informações entre os participantes, os encontros e reuniões, os experimentos e as reflexões que eles geram, e inclusive as dificuldades foram entendidas pela bolsista como algo que faz parte do todo que é o projeto, principalmente quando estes obstáculos são superados, pois isto traz a oportunidade de repensar melhor o caminho.

Através de tais resultados parciais do projeto de pesquisa “Apropriação de Linguagem Interativa no Ciberespaço” a bolsista alcançou um entendimento mais claro sobre a dança em mediação com as novas tecnologias, seus conceitos, possibilidades estéticas e configurações. Considerando tal compreensão como indispensável para dar continuidade neste projeto, o qual exige um grau de atenção muito elevado devido ao seu ineditismo e, portanto, os desafios de realização de experimentos complexos.

A bolsista almeja agora prosseguir com seu plano de trabalho de maneira mais consistente para alcançar seus objetivos específicos, tanto os novos que vieram através da reformulação dos planos, quanto os que estão fora do cronograma inicial e os que viram no decorrer deste semestre.

 

      Continuidade aos estudos, sobre o olhar do robô, iniciados no A.L.I.C.E 2007/2008           Oficina Isadora [1°semestre de 2008]