Diferenciação de células-tronco: uma perspectiva de bioinformática. Uma jornada controlada pela expressão e regulação

A vez da célula tronco

As células-tronco mesenquimais humanas possuem um grande potencial, tanto clínico (medicina regenerativa), como para a investigação (modelos de enfermidades, testar medicamentos). As mesmas são pluripotentes, podem diferenciar-se em diferentes linhagens celulares e gerar diferentes tipos de tecidos, além de possuir poucas controvérsias éticas quanto a sua manipulação. Nessa sexta-feira, dia 14 de junho, às 9h00, na sala 127A, do Instituto de Biologia, acontecerá a palestra: “Diferenciação de células-tronco: uma perspectiva de bioinformática.  Uma jornada controlada pela expressão e regulação”, a qual será ministrada por Lucia Spangenberg, do Instituto Pasteur de Montevidéu, Uruguai.

A palestra enfocará o modelo de adipogênese: o processo de diferenciação de células mesenquimais em células de gordura, empregando a explicação de padrões de expressão gênica e regulação pós-transcricional, que ocorre durante este fenômeno, nos permite compreender mais a fundo os mecanismos que levam ao comprometimento da célula.

O enfoque é bioinformático, onde os dados utilizados referem-se aos experimentos de sequenciação massiva (Next generation sequencing), que permitem analisar a expressão de todos os genes transcritos ao mesmo tempo em um dado momento. Compara-se não só a expressão gênica entre as condições da célula não diferenciada (controle) e induzida (após três dias de iniciada a diferenciação), como também se avaliam os tipos de frações de RNA: polissomal e total.

 O RNA associado ao polissoma (aquele que está por ser transduzido) se corresponderia melhor com o nível de proteína, dado que grande parte do RNA total não chega nunca à transdução. O mesmo pode ser tanto degradado, como bloqueado por vários elementos regulatórios, como por exemplo, os microRNAs. Comparando ambas as frações, assim como todos os fenômenos que levam à produção de transcritos alternativos, pode-se inferir efeitos de regulação pós-transcricional e, assim, compreender melhor os fatores que levam à diferenciação.

 

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