Tecnologias Cívicas

Tecnologias Cívicas

30/08/2019; 04/10/2019

Florianópolis, SC / Salvador, BA

Marta Leonor (CEEPIA)

 

Em parceria com a professora Marta Leonor (CEEPIA), foi desenhada uma formação focada na discussão e experimentação de tecnologias cívicas (civic techs), consideradas “uma expressão da inovação política”, que segundo Hendler et al. (2016), podem ser “qualquer tecnologia usada para fortalecer os cidadãos ou ajudar a tornar o governo mais acessível, eficiente e eficaz”. Inicialmente, os encontros foram programados para acontecer quinzenalmente, com a turma do 2º ano, dentro do componente curricular Projeto de Vida. Entretanto, uma série de agendas extras atropelaram o planejamento, além da necessidade de a professora garantir saídas externas com os estudantes e realização de avaliações. Reiteradamente, a professora afirmou para Carla Aragão e Pietro Bompet, responsáveis pela condução das atividades pela equipe da Faced/UFBA, que tinha interesse na proposta e os estudantes, de modo geral, mostraram-se motivados, mas foi possível realizar apenas três encontros. 

30.08.2019 – Realização do Encontro 1, cujo tema foi “Do papel da escola na democracia às práticas de participação dos jovens: qual o seu projeto de vida, qual o seu projeto de mundo?”. Após a realização da apresentação da proposta de trabalho aos estudantes, foi feita uma dinâmica de apresentação a partir do apelido e uma curiosidade sobre si que ninguém soubesse (sonho? projeto? habilidade? hobby? medo?). Em seguida, os estudantes foram divididos em grupo para realização de um mapeamento das percepções dos jovens sobre participação/cidadania/direitos humanos, tecnologias digitais, juventudes e educação. A partir de perguntas disparadoras, os grupos registravam suas discussões em cartazes que foram rodiziados, compondo um mosaico de resposta que foi discutido em uma rodada de conversa no final do encontro. 

04.10.2019 – Realização do segundo encontro. O objetivo do trabalho era identificar as práticas de participação, mediadas por tecnologias, identificadas pelos jovens (quais e como usam?). Após um momento inicial de acolhimento que chamamos de “Como estou hoje?” (o estudante foi motivado a desenhar à mão livre um emoji (Figura G) que representasse sua emoção naquele momento), apresentamos a ferramenta do Padlet, uma ferramenta online que permite a criação de um mural ou quadro virtual dinâmico e interativo para registrar, guardar e partilhar conteúdos multimídia. Funciona como uma folha de papel, onde se pode inserir qualquer tipo de conteúdo (texto, imagens, vídeo, hiperlinks) juntamente com outras pessoas. 
A ferramenta foi apresentada aos estudantes e, em seguida, eles foram organizados em dupla para registrar como usam as tecnologias e redes sociais; se e quais os problemas que eles atribuiam a criação das tecnologias digitais e redes sociais; e se/como usavam as redes para exercer sua cidadania. Para fins de registros na plataforma, hashtags foram criadas pelos professores e pelos próprios alunos para identificação de cada nota.Três das hashtags (#EuNasRedes, #Participação e #BarrilNasRedes) foram propostas. A Figura H apresenta as notas construídas pelos alunos da turma.

 

As respostas estão disponíveis em: www.padlet.com/pietrobompet/2m1computacao.

 

Após a atividade, cada dupla recebeu um link para acessar um exemplo de grupo de jovens ou coletivos ou organizações sociais ativistas nas redes sociais. Para comentar o case, a dupla criou uma quarta hashtag a partir das experiências indicadas. Foram elas: 

Observatório de Favelas – http://www.observatoriodefavelas.org.br/ 
+Lugar – Jovens Inovadores – https://www.facebook.com/Jovenslnovadores/
Monitorando a Merenda – https://www.cgu.gov.br/noticias/2017/06/estudantes-utilizam-aplicativo-de-celular-para-auxiliar-cgu-no-monitoramento-da-merenda; 
Canal KondZilla: https://www.youtube.com/user/CanalKondZilla;
Pega Visão – Gravidez na Adolescência: https://www.youtube.com/watch?v=L4GyEzcd0Rs.
Após as atividades, foi realizada uma roda de conversa para que os estudantes comentassem suas produções no mural. Na sequência, eles iriam socializar atividades, grupos ou ações que conheciam, integravam ou tinham realizado, mas não houve tempo porque os alunos tiveram que ser liberados antes do horário previsto.