Dilza Atta
Nascida em Itaquara, com quatro anos veio para Salvador, mais precisamente para Itapagipe. A Ribeira foi o seu espaço urbano por excelência. Estudou em escola multisseriada, concluiu o normal no Colégio Santa Bernadete e ensinou um ano como professora primária.
Formada no antigo esquema 3+1, três anos de disciplinas de conteúdo lingüístico e um de formação pedagógica, de 1949 a 1952, logo passou a ensinar Português. A descoberta mais significativa, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Bahia, foi a biblioteca.
O trabalho docente mais importante da diplomada em línguas neo-latinas aconteceu no Instituto Normal da Bahia (Instituto Central de Educação Isaías Alves, ICEIA), no curso pedagógico noturno, ensinando a pessoas adultas que voltavam a estudar quase sempre mais velhas do que a jovem licenciada. Em 1955, realiza o concurso para o magistério secundário, permanecendo até 1968 quando é chamada para trabalhar na assessoria da Secretaria de Educação e Cultura. Alem do Instituto Normal, a antiga aluna fez do Colégio Santa Bernadete a sua tenda de inovações e experimentos. Ensinando e coordenando, é eleita supervisora pelos seus colegas. Eis o início da atividade de supervisão educacional. Confirmando Anísio Teixeira, quanto à natureza e função da administração escolar, “somente o educador ou o professor pode fazer administração escolar”; primeiramente, é preciso a experiência do professor na sala de aula.