Linha do Tempo

O Rádio no Brasil e no mundo tem trajetórias semelhantes desde as primeiras pesquisas com a transmissão de ondas hertzianas realizadas pelo padre Roberto Landell de Moura até a digitalização do som e da instalação da primeira emissora na web. Em alguns momentos, este avanço cultural, social e tecnológico enfrentou a lentidão de um país extenso e subdesenvolvido. Porém, com o passar dos anos, o distanciamento inicial atenuou-se pela facilidade de conexão em quase todo o planeta, processo denominado de globalização do conhecimento.

Com o objetivo de traçar uma cronologia com os acontecimentos mais importantes do rádio brasileiro, foi montado um quadro, constando o ano e os fatos, a partir de literatura radiofônica, além de sites ligados ao Rádio.

Década de 20

O fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) leva a tecnologia, antes de controle expresso das Forças Armadas, para a área comercial. David Sarnoff, russo radicado nos Estados Unidos, sugere a concepção de uma caixa receptora de música à Marconi Company para a venda ao público. A idéia não vinga, mas estabelece um caminho futuro para o desenvolvimento do rádio como a primeira mídia eletrônica de massa.

Resumo da década em Áudio produzido por Alunos de Radio

1922 Primeira transmissão oficial. Realizada por ocasião da Exposição do Centenário da Independência no Rio de Janeiro (07/09), com o pronunciamento do presidente Epitácio Pessoa, seguida de audição de músicas, entre as quais, trechos da ópera O Guarani, de Carlos Gomes.
1923 Inaugurada a primeira emissora no Brasil: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, por Edgard Roquette Pinto e Henry Charles Morize, cuja missão primordial é difundir a educação e a cultura. Doada ao Ministério de Educação e Cultura em 1936, passa a chamar-se Rádio MEC. Constitui o embrião do sistema de rádios educativas no país. Em homenagem a Roquette Pinto, a data do nascimento dele, em 25 de setembro (de 1884), é instituída como o Dia Nacional da Radiodifusão.

Década de 30

Com o golpe de Getúlio Vargas o rádio foi utilizado como propaganda do governo. Neste periodo também surgiram diversas rádios de notícias.

Resumo da década em Áudio produzido por Alunos de Radio

1930 Primeiras coberturas jornalísticas pelo rádio, durante a Revolução de 30. Torna-se, nesta ocasião, conhecido o repórter e locutor César Ladeira, pela Rádio Record, de São Paulo. Posteriormente, é considerado a voz da Revolução Constitucionalista de 32, ao lado de Celso Guimarães da Rádio Cruzeiro do Sul. Coube a Ladeira introduzir um novo modelo para o rádio, com a contratação de um cast de profissionais com remuneração mensal.
1932 Criado o primeiro jingle no rádio brasileiro pelo cartunista e compositor Antônio Gabriel Nássara, com o refrão: “Oh, padeiro desta rua, tenha sempre na lembrança. Não me traga outro pão, que não seja o pão Bragança”. A padaria Bragança situava-se no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro.
– Decreto-Lei 21.111 libera as emissoras para veicularem anúncios.
– A Rádio Record de São Paulo realiza as primeiras propagandas políticas do rádio brasileiro.
1933 Rádio Escola do Municipal do Distrito Federal, obra do educador Anísio Teixeira, desenvolve aulas para o povo por intermédio do novo veículo.
1935 O Presidente Getúlio Vargas, através do Departamento de Propaganda e Difusão Cultural (DPDC), do Governo Federal, cria o programa Hora do Brasil.
As rádios Kosmos e América, de São Paulo, são as primeiras a apresentarem programas de auditório.
1936 Entra no ar a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, emissora que por anos foi a mais ouvida em todo o Brasil.
1937 Programa Hora do Brasil (que alterou o nome em 1946 para Voz do Brasil) passa a ser transmitido em rede nacional obrigatória. Nos anos 90, algumas emissoras obtiveram liminares para alterar o programa para o horário da madrugada.
1938 Formação da primeira rede nacional de rádios, a Rede Verde e Amarela, liderada pelas Organizações Byngton, realiza cobertura esportiva pioneira de um Campeonato Mundial de Futebol na França.
1939 Começam as atividades do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), órgão que tem, entre outras finalidades, exercer censura prévia sobre os programas radiofônicos.

Década de 40

A partir da estadização radiofônica implanta por Getúlio Vargas no final da década de 30, o rádio sofreu mudanças radicais. Neste período também surgiram as primeiras redações jornalísticas  voltadas para o rádio.

Resumo da década em Áudio produzido por Alunos de Radio
Adaptação da época: A vida de Carmem Miranda


1940 O governo do presidente Getúlio Vargas estatiza a Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
– As primeiras agências de publicidade começam a atuar e os programas de rádio recebem patrocinadores como Coca-Cola, Gessy Lever, Colgate, Esso, Goodyear, etc.
1941 Lançado para o professores do ensino secundário o programa educativo Universidade no Ar pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
– O ano marca a primeira edição de O Repórter Esso, boletim de notícias de cinco minutos, irradiado pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro e emissoras de outras quatro capitais (São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre).
– Também pela Nacional estréia Em busca da felicidade, radionovela cubana, pioneira no gênero, que permanece até 1943 no ar. No mesmo ano, é produzida Fatalidade, de Oduvaldo Viana, na Rádio São Paulo, primeira radionovela criada no Brasil.
1942 Rádio Nacional amplia a potência, inaugurando estação de ondas curtas com oito antenas voltadas para Estados Unidos, Europa e Ásia, transmitindo para o exterior em quatro idiomas.
1944 Criada a Associação Brasileira de Rádio (ABR). A entidade colabora para regulamentar a profissão de radialista e também com o texto-base do Código Brasileiro de Radiodifusão. Em 1962, já contemplando a televisão, foi instituído o Código Brasileiro de Telecomunicações.
1945 Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o modelo de rádio brasileiro, até então um mix europeu, passa a adotar o exemplo dos Estados Unidos.
1947 A Rádio Pan-americana de São Paulo é a primeira emissora a dedicar-se continuamente a transmissões esportivas.
1947/1948 Montadas as primeiras redações jornalísticas especialmente para o rádio. Em 1947, a Rádio Globo estrutura um departamento de notícias para o noticiário O Globo no Ar. Em 1948, a Rádio Nacional implanta a Seção de Jornais Falados e Reportagens.
– No final dos anos 40, início dos anos 50, ficam disponíveis os primeiros gravadores magnéticos de rolo, para consumo doméstico.

Década de 50

 

O ínicio da década é marcado pela chegada da televisão no Brasil. Através da iniciativa de Assis Chateaubriand, proprietário do grupo midiático Diários Associados, entra ao ar no dia 19 de Setembro em São Paulo a TV TUPI. A primeira emissora televisiva do Brasil. Para concorrer com o novo veículo, o rádio teve que se transformar.

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Adaptação da época: Rádio Almanaque Kolynos


1950 Inicia-se a concorrência com a Televisão e com a Era da Imagem. É inaugurada a PRF-3 TV Tupi-Difusora, de São Paulo (18/9). Os elencos e principais programas das rádios começam a se transferir para o novo veículo. Ao rádio cabe flexibilizar, inovar na programação.
– A notícia recebe tratamento destacado. Vários radiojornais e boletins noticiosos (sínteses) são elaborados pelas emissoras, buscando igualar-se à audiência da Rádio Nacional. A iniciativa de Carlos Palut, com a Rádio Continental, de criar unidades volantes (Comandos Continental) para que os repórteres falassem direto do local dos acontecimentos, promove uma revolução no rádio informativo.
– O rádio segmenta-se nos 30 anos seguintes e de uma programação mais eclética (estilo que predomina nas televisões abertas de hoje), especializa-se tanto nas emissoras de Amplitude Modulada (AM) quanto nas de Frequência Modulada (FM). Os estilos variam a partir dos mais populares, com esportes (predominantemente o futebol), polícia, até o jornalismo com prestação de serviço, informações e música.
1954 Rádio Bandeirantes tenta um modelo inédito: a cada 15 minutos, um é dedicado à transmissão de informações.
1955 Entra no ar a primeira rádio em FM, Rádio Imprensa, do Rio de Janeiro, que comercializava a programação em supermercados, em lojas e em escritórios.
1957 Inaugurada a Rádio Guaíba de Porto Alegre uma das primeiras emissoras a dedicar-se ao público classe AB, investindo no trinômio música-esporte-notícia. Um ano depois, em 1958, transmite a Copa do Mundo, da Suécia, sendo a primeira a contar com o retorno no estúdio
– Também entra no ar em Porto Alegre a Rádio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, primeira emissora universitária AM do Brasil, por obra de Antônio Alberto Goetze e Elyzeu Paglioli (18/11).
1957/1958 Organização do Sistema de Rádio Educativo Nacional (SIRENA), pelo professor João Ribas da Costa, que contabilizou 47 emissoras na luta contra o analfabetismo. Em 1963, foi incorporado à Rádio Educadora de Brasília e extinguiu-se.
– São comercializados em nível internacional os primeiros rádiosr receptores transistorizados com funcionamento a pilha.
1959 Rádio Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, uma das primeiras emissoras a integrar a música e a notícia, inova ao lançar o Serviço de Utilidade Pública (achados e perdidos).

Década de 60

 

Nos anos 60, o rádio adquiria novas dimensões. Algumas emissoras se dedicavam a ouvintes de classe A com músicas selecionadas, intercaladas com noticiários políticos nacionais e internacionais.

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Adaptação da época: O Pagador de Promessas

 

1961 A renúncia do presidente da República Jânio Quadros deflagra uma crise de governo. No Rio Grande do Sul, o governador Leonel Brizola utiliza a Cadeia Radiofônica da Legalidade, com mais de uma centena de emissoras liderada pela Rádio Guaíba, e garante a posse do vice João Goulart, o Jango, na Presidência.
– Decreto presidencial regulamenta em 1961 o Movimento de Educação de Base (MEB), criado por Dom Eugênio Salles, com supervisão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), embora as ações da Igreja neste campo já existissem desde os anos 50.
1962 Fundada a ABERT, Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (27/11).
– É instituída a propaganda política gratuita no rádio e na televisão.
1963 Estabelecido o Código Brasileiro de Radiodifusão
1964 O golpe militar de 31 de março, que perdurou até os anos 80, institui diversos atos institucionais que recrudescem a censura sobre os veículos de comunicação até mesmo extinguindo alguns programas radiofônicos.
– No Rio Grande do Sul, é montada a Segunda Cadeia da Legalidade para resistir ao golpe militar. É coordenada pela Rádio Difusora de Porto Alegre, mas a tentativa não dá resultado.
– Os gravadores cassetes, lançados pela Phillips no início dos anos 60, começam a chegar ao país.
1965 O Brasil é integrado ao INTELSAT, para transmissões de rádio e televisão via satélite.
1967 Criado o Ministério das Comunicações e com ele o Departamento Nacional de Telecomunicações (DENTEL), órgão encarregado de fiscalizar as programações das emissoras de rádio e de televisão.
1968 As ligações em FM, utilizadas como links para transporte do som dos estúdios aos transmissores, são proibidas. O governo decide distribuir estes canais, visando a expandir o número de emissoras, o que efetivamente ocorre em meados dos anos 70. A Rádio Difusora de São Paulo foi a primeira a transmitir regularmente em FM no Brasil (02/12/1970).
1969 Rádio Cultura AM de São Paulo é estatizada, passando a fazer parte da recém instituída Fundação Padre Anchieta.

Década de 70

 

A ditatura militar assombrava os veículos de comunicação graças ao Ato Institucional 5. O rádio não seria o único veículo a se adaptar aos tempos militares. A década consolidaria o Brasil como País do Futebol com o Tricampeonato mundial. E no final da década, a população vê os resultados da luta pela democracia.

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Adaptação da época: A Bola – uma crônica de Armando Nogueira

 

1970 Emissoras oficiais e privadas transmitem o Projeto Minerva. O programa é produzido pelo Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação e Cultura, e gerado pela Rádio MEC, do Rio de Janeiro. (04/10)
1973 Lançado pelo governo o Plano Básico de Canais em FM com incentivo à produção de radiorreceptores com faixa AM e FM. O número de emissoras em FM aumenta. O padrão seguido é o dos Estados Unidos com comunicadores de voz jovem, aplicando aos diálogos a informalidade, o humor, além de promover sorteios de brindes e rodar muita música.
1975 Governo cria a Radiobrás (Lei 6.301, de 15/12).

Década de 80

 

As rádios FM se consolidam como o novo canal de rádio. Graças automatização das emissoras, é possível escutar músicas 24 horas por dia.

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Adaptação da época: Crônica de Caio Fernando Abreu

 

1980 Inicia-se a automatização das emissoras de rádio. Até fins dos anos 90 o cartucho e a fita magnética são substituídos pelo MD (Mini disc), o disco de vinil pelo CD (Compact Disc), e o próprio rádio transmissor utilizado pelos repórteres é trocado pelo telefone celular, transformando cada profissional numa unidade móvel.
– Na área da informática, os computadores são, gradativamente, implantados nos estúdios e nas redações. Do mesmo modo, as redes nacionais de telefonia são supridas de fibras óticas, essenciais para elevar a velocidade e aumentar a qualidade das transmissões.
– A segmentação das rádios comerciais torna-se mais intensa a partir da metade dos anos 80.
1981 Começa em Sorocaba, interior de São Paulo, o movimento das rádios alternativas ou livres, que posteriormente se espalhou pelo país.
1982 Rádio Bandeirantes AM, de São Paulo, transmite o radiojornal Primeira Hora via satélite.
1983 Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, é a primeira emissora AM a implantar o estilo para transmitir noticiário radiofônico 24 horas por dia, processo que se consolida nos anos seguintes. Tentativa semelhante foi desencadeada pela JB, do Rio de Janeiro, em 1980, mas algumas versões relatam que a programação era completada por música. A experiência durou seis anos e foi descartada por falta de investimentos em profissionais e equipamentos.
– Instituído oficialmente o Sistema Nacional de Radiodifusão Educativa (SINRED), que funcionou até 1988. Em 1994, houve tentativa de reativá-lo, mas sem êxito.
1988 A Constituição Brasileira de 1988 prevê a regulamentação de vários itens que abrangem os meios de comunicação social. Entre eles: as permissões para as rádios comunitárias (regulamentada em 1998), criação do Conselho de Comunicação Social (regulamentado em 2002).
1989 Desponta a primeira rede de rádio comercial via satélite: BandSat AM. A partir de 1990, outras emissoras passam a transmitir nesta modalidade, entre elas, a Jovem Pan e Transamérica.

Década de 90

 

Marcada por grandes acontecimentos e tragédias, o rádio teve grande participação nas coberturas de grandes eventos como a Copa do Mundo de 1998.

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Adaptação da época: A voz da Felicidade de Luiz Fernando Verissimo

 

1990 Sistema de rádio por cabo é lançado, mas não se firma.
1991 No rádio AM, uma inovação: surge a primeira emissora all news do país, a Central Brasileira de Notícias (CBN). Em 1995, também seria pioneira neste estilo no rádio FM.
1993 Formada a Rede Conesul de Comunicação, agregando as rádios: Gaúcha (Porto Alegre/Brasil), Mitre (Buenos Aires/Argentina), Carve (Montevidéu/Uruguai), Ñanduti (Assunção/Paraguai) e Cooperativa (Santiago/Chile).
1995 A web comercial brasileira começa oficialmente neste ano (31/05), embora a primeira conexão tenha acontecido em 1991 e em 1994 a Embratel tenha oferecido os primeiros contatos à rede mundial. Muitas emissoras convencionais começam a experimentar as transmissões on-line pela world wide web (www) que tornou possível acoplar som, imagem e vídeo, além dos textos. As pioneiras a transmitirem a programação ao vivo foram a Gaúcha, Jovem Pan, Eldorado e CBN.
1996 Rádio CBN, de São Paulo, passa a transmitir a mesma programação do AM no FM, ampliando a audiência. A posteriori, a mesma medida é aplicada no Rio de Janeiro. Experiência pioneira no gênero foi registrada pela Rádio Eldorado em 1958.
– Surge a Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (ABRAÇO).
1997 Congresso Nacional aprova a Lei Geral das Comunicações, criando a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL).
– RadioFam da PUC do Rio Grande do Sul, web rádio universitária pioneira no País, entra na internet.
1998 Realizada a primeira transmissão experimental em DAB (Digital Audio Broadcasting) no Brasil, em Foz do Iguaçu, no Paraná, durante Congresso da ABERT, pelo sistema europeu Eureka-147.
– Decreto 26.615 regulamenta as rádios comunitárias (Lei n° 9.612, de 19/02/1998).
– Entra no ar a Rádio Totem, com sede em São Paulo, considerada a primeira emissora brasileira com existência apenas na internet.

Século XXI

 

Desde 1922, o rádio teve que se adaptar muito. Do transistor às plataformas móveis, o rádio completa noventa anos em 2012 e enfrenta um processo de reinvenção.

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Adaptação da época: O Mochileiro das  Galáxias

 

2000 – A transmissão por rádio tem um aliado e um concorrente. O aliado é o telefone celular, cujos novos aparelhos oferecem o rádio em FM, mas eliminam a transmissão em AM. O concorrente é constituído pelos tocadores de música (Ipod, MP3, MP4, etc.). Este fato, aliás, já havia ocorrido com os gravadores de fita de rolo e cassetes nos anos 60 e 70, o walkman nos anos 80 e os CDplays nos anos 90.
2003 Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, é a primeira emissora comercial brasileira a realizar uma transmissão experimental de recepção digital do Brasil pelo padrão IBOC (In-Band-On-Channel), da empresa iBiquity Digital . Outro sistema testado pela Rádio Nacional de Brasília é o Digital Radio Mondiale (DRM) desenvolvido e adotado por países europeus.
2004 O podcast, serviço de transmissão de áudio, é incorporado como mais um atrativo das emissoras na web.
2005 Primeira rede em FM com 24 horas de notícias (BandNews).
2007 Carta dos Pesquisadores de Rádio e Mídia Sonora do Brasil, iniciativa da reunião do grupo da Intercom, em Santos/SP, é divulgada, questionando o Ministério das Comunicações sobre a tecnologia e os métodos na implantação do rádio digital no país.
– Criada a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), congregando a TV Brasil, NBR (televisão a cabo), Agência Brasil e os Sistemas de Rádio (Rádio Nacional AM e FM/ DF,  Rádio Nacional AM /RJ,  Rádio MEC AM/RJ, Radio MEC AM/DF, Rádio MEC FM/RJ, Rádio Nacional do Alto Solimões – AM, Rádio Nacional da Amazônia – OC, Radioagência Nacional)
2008 Comissão da ABERT entrega ao Ministério das Comunicações relatório final dos testes com o sistema de rádio digital IBOC, realizados pelo Instituto Mackenzie, concluindo que o padrão é o único a atender às necessidades da radiodifusão sonora brasileira em OM (Ondas Médias) e FM.
2010 Ministério das Comunicações divulga padrão do rádio digital brasileiro.
Ministério das Comunicações caça a liminar que permitia veículos de comunicação de transmitir a Voz do Brasil em horários alternativos.

Elaborada pelo professor Luciano Klöckner, da Faculdade de Comunicação Social (FAMECOS), da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (FAMECOS), inspirada em material didático produzido pelo professor Sergio Stosch, da mesma faculdade. A Linha do Tempo do Rádio no Brasil com material sonoro  pode ser consultada no site www.pucrs.br/radiofam, da web rádio dos alunos da Famecos.

Referências consultadas

– Livros
ALMEIDA, Hamilton B. O outro lado das telecomunicações: a saga do Padre Landell. Porto Alegre: Sulina-ARI, 1983.
FERRARETTO, Luiz Artur. Rádio: o veículo, a história e a técnica. Porto Alegre: Sagra-Luzzatto, 2000.
HAUSSEN, Doris Fagundes. Rádio e Política: tempos de Vargas e Perón. Porto Alegre: Edipucrs, 2001, 2ª ed., (Coleção Comunicação, 9).
HAUSSEN, Doris Fagundes e CUNHA, Mágda Rodrigues. Rádio brasileiro: episódios e personagens. Porto Alegre: Edipucs, 2003 (Coleção Comunicação, 29).
MOREIRA, Sonia Virgínia. O Rádio no Brasil. Rio de Janeiro: Mil Palavras, 2000, 2ªed.
___. Rádio em transição: tecnologias e leis nos Estados Unidos e no Brasil. Rio de Janeiro: Mil Palavras, 2002.
PEROSA, Lilian Maria F. de Lima. A hora do clique: análise do programa de rádio Voz do Brasil da Velha à Nova República. São Paulo: AnnaBlume-ECA/USP, 1995.
PRATA, Nair. Webradio: novos gêneros, novas formas de interação. Florianópolis: Insular, 2009.
STOSCH, Sergio. Introdução ao Rádio: aspectos históricos. Polígrafo de aula, produzido para a Disciplina de Radiojornalismo I, da Faculdade de Comunicação Social (FAMECOS), da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
TAVARES, Reynaldo C. Histórias que o Rádio não contou: do galena ao digital, desvendando a radiodifusão no Brasil e no mundo. São Paulo: Negócio Editora, 1997.
ZUCULOTO, Valci Regina Mousquer. A programação do rádio brasileiro no campo público: um resgate da Segunda Fase histórica, dos anos 40 ao início dos 70. Trabalho apresentado no Grupo de Pesquisa Rádio e Mídia Sonora, IX Encontro dos Grupos/Núcleos de Pesquisa em Comunicação, no XXXII Congresso de Ciências da Comunicação (INTERCOM), Curitiba/PR, 04 a 07/09/2009.

– Sites

http://www.abraconacional.org

http://www.ebc.com.br

http://www.mc.gov.br

http://www.pucrs.br/famecos/vozesrad

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