Maré Vermelha: potencial de toxicidade de dinoflagelados do litoral da Bahia

Os Seminários Novos e Velhos Saberes, atividade continuada de extensão dos programas de pós-graduação do Instituto de Biologia da Ufba (Diversidade Animal, Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental, Ecologia e Biomonitoramento e Genética e Biodiversidade) prosseguem no dia 26, às 14h00, no Salão Nobre do Instituto de Biologia com a palestra:

Maré Vermelha: potencial de toxicidade de dinoflagelados do litoral da Bahia

 Maria Cristina Mendescristina

Maria Cristina Mendes é doutoranda em Ecologia pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Biomonotiramento e retornou recentemente do Centro Oceanográfico de Vigo (Espanha), dentro do Programa Ciências sem Fronteiras. Na palestra serão apresentados os resultados obtidos no período do doutorado sanduíche, que teve como objetivos analisar a produção de toxinas através de cromatografia líquida e ensaios hemolíticos e identificação taxonômica com análises moleculares em cepas de dinoflagelados potencialmente nocivos dos gêneros Ostreopsis, Prorocentrum, Coolia e Amphidinium, isoladas do litoral da Bahia. Questões relevantes são levantadas, como por exemplo, cepas da mesma espécie apresentando perfis diferenciados de toxinas; importância de análises moleculares aliado a caracteres morfológicos para identificação de dinoflagelados.

 

Sobre a importância de unir dados morfológicos e moleculares ou o quê um pequeno peixe de água doce pode nos falar sobre evolução e conservação?

Nota

Os Seminários Novos e Velhos Saberes, atividade continuada de extensão, coordenada pelos programas de pós-graduação do Instituto de Biologia da Ufba (Diversidade Animal, Ecologia e Biomonitoramento, Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental e Genética e Biodiversidade), apresentam no dia 12 de agosto a palestra de Drª. Priscila Camelier (http://lattes.cnpq.br/5822288200392555) pesquisadora do Museu de Zoologia da Usp e do Museu de História Natural da Ufba.

priscila.svgResumo da Palestra

Para preservar, é preciso conhecer!”. Certamente, esta é uma das frases mais ditas pelos sistematas e taxonomistas, que passam anos e anos das suas carreiras debruçados sobre um ou vários táxons, buscando conhece-lo(s) o máximo possível: “Quem são? Onde ocorrem? Como estão relacionados?”. Tradicionalmente, estudos que buscam responder estas questões são baseados na análise de dados morfológicos, que nos permite descrever novos táxons, propor hipóteses de relações de parentesco, discutir a evolução de determinados caracteres e uma série de outras informações relevantes ao conhecimento do grupo analisado. No entanto, nem sempre um “estudo tradicional” é suficiente para esclarecer determinadas questões e outras fontes de dados se fazem necessárias. Com o advento e a melhoria das técnicas de biologia molecular, sequências gênicas passaram a ser uma fonte de caracteres não apenas interessante como também acessível para estudos de sistemática e conservação de espécies, por exemplo. Desde então, a reunião de dados morfológicos e moleculares em uma análise combinada ganhou destaque e esta prática vem crescendo e sendo incentivada cada vez mais quando o assunto é “entender a história evolutiva de um táxon”. Mimagoniates microlepis é uma espécie de um pequeno peixe de água doce da família Characidae, amplamente distribuída em riachos que drenam a Mata Atlântica, em bacias costeiras entre o Rio Grande do Sul e a Bahia, Alto Paraná e Alto Iguaçu. Sua distribuição ampla e disjunta, somada à reconhecida variação clinal de caracteres morfológicos motivaram a realização de um estudo combinado de dados morfológicos e moleculares (filogeografia), no qual foram abordadas e discutidas questões taxonômicas, evolutivas, biogeográficas e de conservação, que envolve não apenas a espécie estudada como também o domínio em que ela ocorre, a Mata Atlântica. É sobre estas questões, levantadas a partir da análise combinada de duas fontes distintas de dados, que iremos conversar.

É o lucro, estúpido !!! Ou peras e maçãs, qualidade das colônias de abelhas, polinização, produção, e lucro para os agricultores: tudo a ver

Os Seminários Novos e Velhos Saberes, atividade continuada de extensão dos programas de pós-graudação do Instituto de Biologia da Ufba (Diversidade Animal, Ecologia e Biomonitoramento, mestrado profissional em Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental e Genética e Biodiversidade) apresentam a palestra do Prof. Dr. Lucas Garibaldi

garibaldi

O Prof. Dr. Lucas Garibaldi é professor da Universidad Nacional de Rio Negro, Conicet (Argentina) e bolsista do Programa Ciências sem Fronteiras junto ao Labea (Laboratório de Abelhas), coordenado pela Profª. Blandina F. Viana. A palestra acontece no dia 5 de agosto, às 9h00, no Salão Nobre do Instituto de Biologia.

 

Resumo

HONEY BEE COLONY QUALITY INFLUENCES POLLINATION, CROP YIELD, AND FARMER PROFITS IN POME FRUITS

Lucas A. Garibaldi, Georg Andersson, Nancy Garcia, Benoit Geslin, Marcelo A. Aizen, Juan Aguero, Carolina Morales, Carolina Quintero, Gerardo Gennari

Despite global interest in the role of pollinators for food production, their impact on farmer’s profit, a key variable affecting farmers’ livelihood and land-use decissions, is unclear. Although average values of pollinator benefits are generally assumed, there is potential for large spatial variation, even within the same region and year, among crop species and varieties or among pollinator management strategies.

We studied how the effect of honey bee (Apis mellifera) colony management in terms of density, sanitary condition (colony quality) and location on farmer’s profit (and it’s components) varies between apples and pears in the main fruit producing region of Argentina.

Colony quality, rather than density or location, influenced apple pollination and farmer’s profit. On average, high quality colonies increased visitation rates, fruit set, fruit weight, and farmer’s profits in comparison to colonies of conventional quality. On the other hand, colony quality only enhanced fruit weight of pears, despite being planted in the same area and subjected to similar management.

In contrast to studies elsewhere in the world, we did not observe any wild pollinartors visiting apple or pear flowers. Thus, the pollination of these crops relies solely on A. mellifera, highlighting the fragility of this conventionally intensified, crop production system.

We found that simplified, conventionally intensified orchard systems can suffer large pollinator deficits affecting farmer’s profit. Given that A. mellifera was the only flower visitor in our crop systems, we could estimate the impact of it’s management on farmer’s profit without the influence of other pollinators, and found that can be very important for apple orchards. Our study shows that spatial variation in pollinator benefits can be extremely large, and that the assumption of global average values for local recommendations can be misleading.