A biodiversidade e a segurança alimentar

Café Científico & Seminários Novos e Velhos Saberes:

O Café Científico e os Seminários Novos e Velhos Saberes apresentam no dia 14 de julho, ás 10h00, no Cinema da Ufba, no Vale do Canela, com entrada franca, a palestra de Prof. Lucas A. Garibaldi:
O que a biodiversidade tem a ver com sua segurança alimentar?
garibaldiDoutor em Ciências Agrárias, o Dr. Garibaldi é pesquisador do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (CONICET), professor da sede Andina, da Universidade Nacional de Rio Negro (SA-UNRN) e professor da Faculdade de Agronomia Universidade de Buenos Aires (FAUBA). É líder de um grupo de pesquisa em Agroecologia da Universidade Nacional de Rio Negro e tem inúmeras publicações como primeiro autor em jornais científicos arbitrados, incluindo Science, PNAS e Ecology Letters. Estas publicações podem ser encontradas em seu site: https://sites.google.com/site/lucasalejandrogaribaldi/ . Ele também é  consultor de várias organizações internacionais, incluindo a Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) e da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES). Participa como editor associado da revista Austral Ecologia Sociedade Ecológica da Argentina (ASAE) e é membro honorário do conselho editorial (Conselho Editorial), Ecologia Básica e Aplicada, jornal da Sociedade Ecológica da Alemanha, Áustria e Suíça. No Brasil, o Dr. Garibaldi participa do Programa Ciência sem Fronteira-CNPq, como Pesquisador Visitante Especial, colaborando com o Grupo de Pesquisa do CNPq em Ecologia de Comunidades de Visitantes Florais, coordenado pela Profª. Drª. Blandina Felipe Viana (IBUFBA) e com o Programa de Pós-Gradução em Ecologia e Biomonitoramento do Instituto de Biologia da Ufba.

Resumo da Palestra
Encontrar alternativas que permita conciliar a produtividade  agrícola com a sustentabilidade dos ecossistemas é um dos grandes desafios da segurança alimentar. A intensificação ecológica, que permite melhorar a produtividade agrícola por intermédio dos serviços ecossistêmicos providos pela biodiversidade, pode representar um caminho viável para essa conciliação. Contudo, as informações que poderiam sustentar tal suposição ainda são incipientes, especialmente para os dois bilhões de habitantes da terra, muitos dos quais estão subnutridos, vivendo abaixo da linha da pobreza. Nesse sentido, com objetivo de contribuir para esse debate, nós quantificamos como a produção agrícola varia com relação à diversidade de visitantes florais usando um protocolo padrão em 326 sítios, de diversos tamanhos, na África, Ásia e América Latina, onde 34 cultivos dependem da polinização animal. Nós encontramos que a densidade flor-visitante foi o indicador mais importante do rendimento da cultura, principalmente nas pequenas áreas cultivadas  onde o aumento da densidade de polinizadores reprsentou um significativo aumento na produtividade. Infelizmente, estudos recentes sugerem que as assembleias flor-visitante em agroecossistemas estão cada vez mais ameaçadas devido ao declínio da abundância e da diversidade floral, bem como do aumento da exposição dos visitantes florais aos inseticidas e parasitas. Assim, usando serviços de polinização como um estudo de caso, demonstramos que a intensificação ecológica pode criar cenários de ganhos mútuos para a biodiversidade e a produtividade agrícola em todo o mundo.
P.S. A foto do cartaz foi retirada da capa da revista Em Discussão (Revista de audiências públicas do Senado Federal Ano 2 – Nº 9 – dezembro de 2011)

Pesquisador da National Science Foundation (USA) faz palestra nos Seminários Novos e Velhos Saberes

Seminários Novos e Velhos Saberes recebem pesquisador da National Science Foundation dos EUA

O Dr. Samuel Scheiner, diretor da Divisão de Biologia Ambinetal da National Science Foundation dos Estados Unidos da América é nosso convidado, e fará uma palestra no dia 6 de julho, às 14h00, na sala 1 do Instituto de Biologia, intitulada “​Diversity Concepts and Metrics​”.

samuel_scheiner_final Mais informações sobre o professor podem ser obtidas em:

 

​Resumo

Biological diversity can be measured for various characteristics of organisms, populations and species, including abundance, phylogenetic relationships, and ecological function. When individuals exist within a spatial hierarchy (e.g., communities within landscapes), we often want to partition that diversity within and among the subunits of that hierarchy. By convention, gamma diversity is that of the whole unit, alpha diversity is that of the subunits, and beta diversity is that among the subunits. When diversity is based on abundance and calculated as a Hill number, there is a well-defined method for doing this partitioning. Both gamma and alpha diversities are calculated from the data and beta diversity is calculated as: beta = gamma/alpha. This same method has been proposed for phylogenetic and functional diversities. However, applying that method to those types of data is incorrect. That method is incorrect because, unlike abundance data, phylogenetic and functional data are context dependent. Measurements within subunits are dependent on the identity and characteristics of individuals in other subunits. Because of this, the standard partition no longer holds. Instead of starting with measures of gamma and alpha diversity and deriving a measure of beta diversity, alpha and gamma diversity are calculated independently of beta diversity. I show, using artificial data, that the behavior of the diversity partition measured in this new way is more interpretable than that using the standard partition method.