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EM MEMÓRIA DE CARLOS NELSON COUTINHO

EM MEMÓRIA DE CARLOS NELSON COUTINHO

 

Às merecidas homenagens a Carlos Nelson Coutinho, partidas de pessoas, movimentos e instituições que de variados modos foram influenciadas por seu pensamento e pelo exemplo da sua conduta pessoal e política, queremos juntar a nossa, cuja particularidade é a de ser uma palavra de saudade e gratidão de companheiros e amigos que ele semeou e cultivou na Bahia. E de solidariedade afetuosa aos que lhe sobrevivem, na família e no seu círculo mais íntimo, pessoas a quem nos dirigimos agora, compartilhando, ao mesmo tempo, tristeza pela perda e gratificação pela sorte do convívio desfrutado.

Trata-se de palavras vindas de certo lugar de nossas trajetórias de vida onde um poderoso cimento nos irmanou em juventude e nos assegurou simpatia perene, maturidade afora. Nessa hora não nos é possível pensar em Carlos Nelson sem conectá-lo a sonhos e pesadelos que vivemos juntos, no velho PCB ou no seu entorno.

Fomos todos companheiros de luta de Carlito, vários durante um tempo em que essa condição não podia ser assumida à luz do dia.  Se no presente não estamos reunidos em torno das suas derradeiras opções políticas, isso não impede, nem restringe – como jamais impediu ou restringiu em outras esquinas da sua/nossa trajetória – que circule entre nós, neste instante, um forte sentimento de convergência e sintonia. Provém ele da admiração que nos inspira essa personalidade intelectualmente referencial, politicamente agregadora, eticamente exemplar. Referência, agregação e exemplo que nos afetam de vários modos, conforme a experiência que cada um teve com Carlito.

Fala aqui quem teve a sorte de ser dele amigo (a) pessoal; fala também quem, mesmo sem o sê-lo, desfrutou, ocasionalmente, de sua companhia em inesquecíveis conversas pretensamente informais que o brilho de sua inteligência convertia em marcantes palestras; e fala também quem foi tocado mais de longe – mas não menos marcantemente – por seu texto penetrante ou por sua palavra apaixonada nos eventos públicos de que participou em nosso Estado, a sua terra. Portanto, essas palavras de despedida, além de homenagem a um parceiro querido de muitas empreitadas, são também, para todos nós, um modo de, apesar de nossa “diáspora”, sentirmo-nos coletivamente vivos e lembrados de um conjunto de ideias e valores (universais?) que por muito tempo nos uniram em ação política e que ainda hoje nos conectam em pensamento, noves fora a percepção pessoal que cada qual tem sobre a política atual.

Que o futuro, essa obsessão paciente de todo socialista ou comunista de formação democrática, seja mais compensador para com a memória de Carlos Nelson Coutinho do que foi o mundo real com que, em vida, se defrontou o otimismo da sua vontade!

Salvador, 21 de setembro de 2012

 

  1. Aleksei Turenko
  2. Amabília Vilaronga de Pinho Almeida
  3. Angela Maria de Almeida Franco
  4. Antonio Carlos Rosa Pimenta
  5. Antonio Expedito Gomes de Azevedo
  6. Antonio Silva Magalhães Ribeiro
  7. Beatriz Tourinho Sarmento
  8. Bisa Almeida
  9. Caio Mário Castro de Castilho
  10. Carlinhos Cor das Águas
  11. Carlos Alberto Matos Vieira Lima
  12. Carlos Augusto Marighella Filho
  13. Carlos Henrique de Souza Moreira
  14. Cínzia Barreto de Carvalho
  15. Claudio Dória Guedes
  16. Claudio Fonseca
  17. Daniel Tourinho Peres
  18. Domingos Leonelli Neto
  19. Eduardo José Santiago da Silva (Dida)
  20. Eduardo Santana Dias
  21. Elisabeth Maria Souto Wagner
  22. Elisabeth Regina Loiola da Cruz Souza
  23. Elísio Santana
  24. Emiliano José da Silva Filho
  25. Fernando da Rocha Peres
  26. Fernando Jorge Lessa Sarmento
  27. Florisvaldo Moreira de Mattos
  28. Frances Wanderley Landim
  29. George Gurgel de Oliveira
  30. Idalia Landim Fernandes
  31. Ieda Veiga Santana
  32. Isnaia Veiga Santana
  33. Izabela Goulart de Sant’anna
  34. João Carlos Salles
  35. Job Medrado Brasileiro
  36. José Afonso Ferreira Maia
  37. José Carlos Zanetti
  38. Lícia Maria França Cardoso
  39. Luciano Veiga de Santana
  40. Luiz Carlos Serqueira da Costa
  41. Luiz Fernando Contreiras de Almeida
  42. Marcela dos Reis Maia
  43. Marcelo Veiga de Santana
  44. Marcia Genésia De Santanna
  45. Marco Antonio Rocha Medeiros
  46. Marcos Veiga de Santana
  47. Maria Augusta Lima de Souza
  48. Maria de Lourdes Costa Souza
  49. Maria Fernanda Tourinho Peres
  50. Maria Helena Souza da Silva
  51. Maria Lúcia Cunha de Carvalho
  52. Maurício Santana Dias
  53. Miguel Kertzman
  54. Mucio Bittencourt Landim
  55. Nidalvo Quinto dos Santos
  56. Othon Fernando Jambeiro Barbosa
  57. Paulo César Miguez de Oliveira
  58. Paulo Fábio Dantas Neto
  59. Paulo Guedes
  60. Regina Tourinho Sarmento
  61. Roberto Max Argolo
  62. Rogério Ferrari
  63. Rosa Gabriella de Castro Gonçalves
  64. Sérgio Hage Fialho
  65. Sergio Veiga Santana
  66. Sylvia Maria dos Reis Maia (Lia)
  67. Urânia Tourinho Peres
  68. Waldemar Almeida de Oliveira
  69. Zenaide Landim Goutalle
  70. Zilah Costa Azevedo
  71. Zulu Araújo

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III Colóquio Justiça, Virtude e Democracia

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Colóquio Reconstruindo Habermas

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Retorno das Atividades

Nossas discussões quinzenais, que estavam previstas para serem retomadas em 06/03, finalmente terão início. Retornamos sábado, dia 08/05, às 09:30, na Pós-Graduação em Filosofia. A partir de então os trabalhos se concentram na leitura de The rule of Law, de Franz Neumann, bem como de outros textos importantes para sua compreensão. Quem tem importante trabalho sobre Neumann é José Rodrigo Rodrigues (ver link abaixo), do Núcleo Direito e Democracia do Cebrap.

Franz Leopold Neumann (1900–1954) « Visões (de José Rodrigo Rodriguez).

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