Aula Magna do Reitor da Universidade Federal da Bahia contou com homenagem ao violonista João Pernambuco.
Aula Magna do Reitor da Universidade Federal da Bahia contou com homenagem ao violonista João Pernambuco.

Aula Magna do Reitor da Universidade Federal da Bahia contou com homenagem ao violonista João Pernambuco.

Desde sua reabertura em 2022, o Auditório Raul Chaves da Faculdade de Direito da UFBA vem colecionando eventos memoráveis, contemplando desde congressos, seminários, palestras, lançamentos, além daqueles que contam com programações culturais. E não foi diferente no dia 31 de agosto, quando o Reitor Paulo Miguez proferiu Aula Magna refletindo sobre o tema “Desafios da Universidade Pública” contando com uma homenagem de apresentações culturais ao compositor e instrumentista João Pernambuco, celebrando seus 140 anos de nascimento. O evento foi organizado pela direção, colegiados do Curso de Graduação e do Programa de Pós-Graduação em Direito na UFBA.

 

O professor Paulo Miguez assumiu mandato em agosto de 2022, afirmando a defesa de um ensino superior público de qualidade, “buscando excelência no cumprimento da sua missão como instituição que é a melhor aposta de futuro que a sociedade baiana tem” diz em cerimônia de posse no salão nobre da Reitoria.

Em sua fala, conduziu uma reflexão sobre o papel fundamental da instituição, abordando os desafios que permeiam seu percurso histórico. Remontando às origens da UFBA com o primeiro Reitor Edgard Santos, destacou a essência da universidade como um polo cultural e de debates.

Durante seu discurso, o Reitor revisitou sua própria trajetória como estudante na Faculdade de Direito, ressaltando a notável diversidade que se caracterizava e continua a caracterizar a instituição, sempre preservando um espaço inclusivo e representativo. Destacou a influência marcante de professores exemplares, como Machado Neto e Marília Muricy, primeira mulher aprovada em um concurso de professor na Faculdade de Direito desde sua fundação.

Ao mencionar sua participação ativa no Centro Acadêmico Ruy Barbosa, trouxe à tona a importância do engajamento estudantil e refletiu sobre os desafios que a universidade enfrentou ao longo dos anos. Enfatizou a resistência da UFBA, que, longe de ser apenas uma “universidade da balbúrdia”, emergiu como um espaço de resistência.

Também destacou em sua fala acerca do ex-reitor João Carlos Sales, a quem sucedeu e foi também ex-presidente da ANDIFES, Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, que tem como principal função promover a integração e representação dessas instituições, além de discutir políticas e estratégias para o desenvolvimento do ensino superior público no país. A ANDIFES desempenha um papel importante na articulação entre as universidades federais e interlocução com o Governo Federal. Dessa forma, o legado de Sales convida a comunidade acadêmica a refletir sobre os atuais desafios, como a questão da permanência estudantil, os desafios pós-permanência, a promoção da diversidade e a necessidade da universidade se consolidar como referência nas discussões e agente transformador na sociedade.

As apresentações culturais da noite  destacaram a memória e obra de João Pernambuco, nome artístico de João Teixeira Guimarães, um importante compositor e violonista brasileiro. É reconhecido por sua significativa contribuição para a música brasileira, especialmente para o choro e para o desenvolvimento do violão como instrumento solo. Ele foi um dos pioneiros na valorização do violão como instrumento de concerto .

Entre suas composições mais conhecidas estão “Sons de Carrilhões” e “Interrogando”, obras que se tornaram clássicos do repertório do violão brasileiro. Seu legado é fundamental para a compreensão e preservação da música tradicional brasileira e do papel central do violão na cultura musical do país.

Teve as participações do Madrigal da UFBA, sob a regência de Rafael Garbuio, e da Orquestra de Violões da UFBA, com o solista Ricardo Camponogara, que fez a primeira homenagem da noite ao compositor e instrumentista. Após a palestra, foi a vez dos violonistas e professores da Escola de Música apresentarem o repertório de canções consagradas do pioneiro.

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