As Escolas Radiofônicas para educação de adultos rurais nasceram na Colômbia e no Brasil na década de 1950, expandindo-se ao longo da década de 1960. Apesar de apresentar características próprias de cada país, há aspectos que vinculam seu surgimento e os objetivos da formação de adultos rurais na América Latina em geral, e nesses países em particular, com as agendas de organismos internacionais que promoveram o uso do rádio para fins educacionais em países do “terceiro mundo”. O artigo analisa as dinâmicas transnacionais que acompanharam o nascimento e a implementação dessas escolas, as características do uso do rádio como meio educativo e os objetivos de formação previstos nessas propostas, em conexão com as diretrizes dos organismos internacionais. Na Colômbia, é abordado o caso da Rádio Sutatenza de Ação Cultural Popular e no Brasil, é analisada a experiência do Movimento de Educação de Base (MEB). As fontes utilizadas são documentos institucionais que descrevem as propostas metodológicas das escolas radiofônicas e os princípios teóricos nos quais se baseiam, jornais, relatórios e manuais produzidos tanto pelas instituições em questão quanto por organismos internacionais. Como referência teórica utiliza os estudos de Raymond Williams sobre cultura e comunicação, e de Eugenia Roldán Vera e Eckhardt Fuchs sobre estudos transnacionais em educação. Confira o artigo na íntegra clicando aqui.
