Mapa das desiguadades digitais no Brasil
A Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (RITLA), o Instituto Sangari e o Ministério da Educação, divulgaram no dia 7 de agosto de 2007 o Índice de Discriminação Digital (IDD) no Brasil, nas regiões e nos estados brasileiros. O índice e as análises estão apresentados no Mapa das Desigualdades Digitais, produzido por Julio Jacobo Waiselfisz. O trabalho, que tem como base dados coletados pelo IBGE em 2005.
Dentre os dados, destaca-se:
1. As pessoas com computador no domicílio passaram de 12,5% em 2001 para 18,5% em 2005 ( crescimento de 38,4%). Pessoas com Internet domiciliar passaram de 8,3% para 13,6%, no mesmo período (crescimento de 62,9%).
2. O volume de usuários Internet no Brasil está acima de 31 milhões (17,2%), da população total, e encontra-se, na América Latina, atrás do Chile (28,9%), Costa Rica (21,3%), Uruguai (20,6%) e Argentina
(17,8%), e na 76ª posição entre os 193 países do mundo pesquisados pela União Internacional de Telecomunicação (UIT).
3. Internamente, as desigualdades são muito grandes: o índice de Alagoas (7,6%) é 5,4 vezes menor que o do Distrito Federal (41,2%). A distância que separa o grupo de menor renda (0,5% de acesso) do grupo de maior renda (77% de acesso) é bem maior ainda: 154 vezes.
4. Espaços públicos – escolas e centros gratuitos de acesso para a população – beneficiam até agora, em maior medida, os grupos privilegiados. Nos grupos de menor renda o acesso via centros gratuitos é de 0,6%, na faixa de renda mais elevada esse índice ultrapassa 4%. Entre os estudantes do ensino fundamental, só 2,5% dos mais pobres usaram computador na escola. Esse índice sobe para 37,3% no grupo de alunos de maior nível de renda.
Mais detalhes no documento…
Podemos perceber a necessidade de políticas de formação de professores para a escola pública e de envolvimento efetivo das comunidades nos infocentros, telecentros… É necessário qualificar as ações de inclusão digital.
Bonilla
agosto 23rd, 2007 at 03:37
Dados animadores, mas nem tanto!
Segundo o artigo “Internet para todos, esse é o desafio do Brasil” (http://www.cgi.br/publicacoes/artigos/artigo44.htm) esse crescimento de computadores em domicílio foi impulsionado pelo programa Computador para Todos (projeto que faz parte do Programa Brasileiro de Inclusão Digital do Governo Federal, iniciado em 2003, que barateia o preço por meio de isenção do PIS e Cofins e oferece financiamento. Agora incluindo notebooks).
Ainda nesse artigo, alguns dados são atualizados como o índice de pessoas que já utilizaram o computador, que passou de 45,2% em 2005 para 45,7% em 2006 e o índice dos que já acessaram à internet que cresceu de 32,2% para 33,3%. O que mostra que o crescimento de acesso ao computador foi maior(0,5%) do que o da internet (0,1%), e evidenciando a necessidade de uma políticas de ampliação de acesso. Kd o PC Conectado? ah! lembrei! virou Computador para Todos. E a conexão foi deixada para depois, lembrando aquela velha e conhecida história, primeiro vou resolver isso para depois resolver aquilo, sem perceber que é preciso articulação, tudo junto e ao mesmo tempo!
Um dado preocupante, bastante polêmico e que merece atenção foi a queda de 6% do acesso a computadores nas escolas (de 24,5% para 18,5%) e de 5,7% à internet (de 21,3% para 15,6%) com o aumento de 12,5% de acesso a centros públicos pagos (de 17,6% para 30,1%).
É preciso avaliar quais são as barreiras e/ou problemas que provocaram esse distanciamento. Já se é sabido a falta de qualificação dos professores, tanto de escolas públicas quanto das privadas, para trabalharem na cibercultura. Valendo-se a pena ratificar e retificar o útimo parágrafo do post comentado: Podemos perceber a necessidade de políticas de formação de professores (todos os setores) e de envolvimento efetivo das comunidades nos infocentros, telecentros… É necessário qualificar as ações de inclusão digital.
bjoks
Darlene Almada